A Controladoria e Auditoria

1. Controladoria e Auditoria

        A controladoria é vista como um órgão que fornece informações para todas as áreas de uma organização. Ela atua no processo de gestão, induzindo à eficácia e a harmonia organizacional. De acordo com Frezatti (2009), a controladoria pode ser resumida de duas maneiras, mensuração e informação. Sendo elas complementares, enquanto uma identifica, calcula e interpreta os aspectos físicos e operacionais da entidade, a outra prepara relatórios para divulgação a seus usuários.

A atividade final da controladoria não é específica para cada organização, o que difere isso é a maneira que cada empresa realiza suas atividades, utilizando artifícios que atendam às necessidades da organização, conforme Borinelli (2006). Complementando, Lunkes, Gasparetto (2010) afirmam que a controladoria demanda definições objetivas e claras compreendendo suas funções básicas.

O controle interno pode ser definido como um sistema que compreende o plano de organização, as responsabilidades, deveres e todas as medidas adotadas pela organização, verificando assim, a exatidão e fidelidade das informações contábeis de acordo com Crepaldi (2010).

Já auditoria, é caracterizada com área de Ciências Contábeis, que tem como principal objetivo garantir veracidade das informações contidas e divulgadas nas demonstrações financeiras das organizações (Santos, 2009). A mesma é baseada em uma série de medidas e procedimentos que visam atestar as divulgações realizadas por determinadas empresas (Almeida, 2002).

De acordo com Cardozo (1997) e Crepaldi (2010), a auditoria pode ser divida conforme sua formas de intervenção, sendo elas auditoria interna e externa. A auditoria interna avalia de forma independente a empresa, analisando as operações para a administração (Crepaldi, 2010), pode também ser caracterizada com o objetivo de proteger os ativos e produzir dados confiáveis (Almeida, 2010). Já a auditoria externa tem por objetivo emitir relatórios e opiniões sobre as demonstrações contábeis, observando e assegurando se essas demonstrações revelam realmente a situação financeira da entidade e se seguem os princípios contábeis adequados (Almeida, 2010)

1. Principais ferramentas, funções, aplicabilidade.

A controladoria tem com sua principal função estabelecer a direção e implementação de sistemas de informação, coordenação, avaliação, motivação, acompanhamento e planejamento. Sendo necessária para otimizar resultados, utilizando-se de informações fidedignas.

Algumas de suas ferramentas utilizadas para o gerenciamento das atividades organizacionais são: Balanced Scorecard, Gestão Estratégica. Gestão de Custos, Sistemas de Informações e Gestão Financeira. Essas ferramentas são utilizadas para analisar os dados organizacionais, e após análise emitir relatórios que sirvam de apoio para a tomada de decisão dos gestores.

As ferramentas mais utilizadas pela controladoria são Fluxo de Caixa, um mapeamento onde os custos fixos e variáveis ficam evidentes, permitindo assim, um controle efetivo sobre determinadas questões; Custeio Direto ou Variável, método usado para alocação dos custos aos produto, utilizado para eliminar distorções na apuração dos custos ocorridos em problemas com rateios; Custeio por absorção, apura o valor dos custos de serviços ou bens, tendo com base os custos da produção (custos direto, indiretos, fixos e variáveis); Balanced Scorecard (BSC) é um modelo de gestão estratégica, utilizado para auxiliar na mensuração dos progressos das empresas em direção a suas metas.

Para Junior, Pestana e Franco (1997), a Controladoria aperfeiçoa os resultados econômicos da organização, realizando a definição de um modelo de informações baseado e um modelo de gestão. Basicamente, o papel da controladoria é dar suporte a administração da empresa, fornecendo informações relevantes para facilitar o processo decisório.

A auditoria tem como sua função principal certificar a fidedignidade das demonstrações contábeis e relatórios emitidos pela organização, fazendo a utilização de critérios que possam evidenciar e assegurar os valores presentes nas demonstrações. Ela utiliza-se de procedimentos que permitem garantir a inexistência de valores (Crepaldi, 2004).

De acordo com Franco, Marra (2000), a aplicabilidade da auditoria pode ser: fiscalizar a eficiência dos controles internos, assegurar maior correção dos registros contábeis, opinar sobre a adequação das demonstrações contábeis, dificultar desvios de bens patrimoniais, entre alguns outros pontos.

Auditoria externa é caracteriza por Franco e Marra (2011) como sendo realizada por profissional liberal, sem vínculo de emprego com a entidade auditada (auditor independente) que pode ser contrato para auditoria eventual ou permanente. Já auditoria interna, de acordo com Crepaldi (2013), é o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e informações da entidade.

Paralelamente, controladoria e auditoria são complementares, sendo as duas essenciais para o bom funcionamento da organização. A controladoria possui como função básica o controle dos dados da organização, fazendo sua convergência para que possa aprensentá-los aos gestores da melhor maneira possível, sendo capaz de facilitar o processo decisivo. Em complemento, a auditoria analisa esses relatórios emitidos pela controladoria, e posteriormente dá o seu parecer sobre as informações neles contidas. Garantindo fidedignidade ao ou não aos dados contábeis emitidos pela organização.

3 - Exigência de Mercado.

3.1 - Exigência de mercado auditor:

O mercado de trabalho para o auditor está cada vez mais propício e competitivo, A auditoria independente é uma área muito promissora no rol de profissões do universo business. Não só para analisar fraudes, mas para melhorar suas práticas de gestão e financeiras, aproximando da realidade dos mercados internacionais, facilitando as transações e parcerias. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos concluiu que a profissão de auditor interno estará entre as cinco principais carreiras em ascensão em 2018.        Para ser um auditor, é necessário ter formação em ciências contábeis, atividade que rege a técnica da auditoria e também as normas da profissão, além do Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e, também, é exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para todos os que desejarem obter registro naquele órgão para atuar em Auditoria Independente no âmbito do Mercado de Capitais. Optar por uma carreira na área de auditoria significa cercar-se de grande responsabilidade, normas profissionais e metodologia de trabalho patenteada por uma marca de auditoria experiente no mercado, além, é claro, de um bom e estruturado plano de carreiras. Ressaltando o mercado como um cenário positivo para a atuação do auditor, a concorrência também é muito acirrada. Desse modo, para se destacar profissionalmente, o diferencial é a formação do profissional. Manter-se atualizado e alinhado com as alterações das normas, certificações e legislação, além das boas práticas exercidas e adotadas pelo mercado torna-se fundamental.