A LOGÍSTICA INTERNACIONAL

37 – LOGISTICA INTERNACIONAL

Em um mundo cada vez mais globalizado e sem fronteiras, encontrar um diferencial competitivo se torna cada vez mais necessário para a sobrevivência das empresas no mundo todo. Uma das opções que já sem sendo usado por muitas empresas a algum tempo é potencializar os esforços da logística nas práticas de comércio exterior e operações internacionais. A integração dos diversos setores da empresa, e o pensamento comum na redução de custos, qualidade de produção e fluxo rápido de informações, vem sendo utilizando pelas empresas nas cadeias internacionais de suprimentos e distribuição. Para muitas empresas a utilização conjunta dos conceitos de comércio exterior com as ferramentas da logística se apresenta como uma das únicas formas de maximizar lucros e minimizar custos sem comprometer a qualidade dos serviços oferecidos aos clientes e demais parceiros.

Machado (2008), explica que uma logística bem aplicada ajuda a empresa na redução de custos e aumenta os produtos ou serviços oferecidos ao cliente. Podendo torna-se um diferencial competitivo em seu mercado de atuação seja esse nacional ou transnacional. Esse é o caminho utilizado por vários setores da economia brasileira como o automobilístico, o de grande varejo e o de encomendas como é o caso dos Correios.

Machado (2008), ainda explica que não só empresas vêm investindo em logística, mas sim países inteiros.  Nações como os Estados Unidos e Japão utilizam há muitas décadas esses conceitos de logísticas em escala global e também vem pesquisando e desenvolvendo novos conceitos. Suas superioridades competitivas são vista quase a todo instante em nosso mercado globalizado, e foram um fator determinante em seu desenvolvimento econômico.

Outro fator que justifica a utilização das práticas da logística internacional é justamente o controle de custos. Em comércio internacional, mas do que em qualquer outra etapa do processo logístico os custos relativos ao transporte internacional apresentam valores altíssimos. Essa vantagem é obtida através de uma boa administração que pode englobar desde uma planta de produção compacta, estoques reduzidos, número de produtos adequados com o objetivo de vendas para obter economia em escala e centralização da compra de matéria prima, até o uso adequado da integração modal e do melhor incoterms. E com todo esse esforço produtivo a empresa poderá oferecer um produto ou serviço de melhor qualidade e preço para seu cliente, obtendo uma grande vantagem competitiva contra seus concorrentes.

Segundo Neto (2008), a logística vem incorporando idéias de vários departamentos da empresa, como marketing, qualidade, finanças e planejamento, tornado-se uma área multifuncional para a organização, contribuindo muito para uma gestão eficiente. Colocando no mesmo plano as necessidades internas e externas da empresa e a atenção necessária para os clientes. Portanto a logística passou do conceito de operacional para estratégico dentro a empresa e deve receber total atenção em uma tomada de decisão do alto escalão da empresa.

     Neto (2008), ainda explana que a logística permite uma melhor visão geral da empresa inclusive da cadeia produtiva, podendo analisar de forma sistemática os fluxos da cadeia produtiva. O que mais chama atenção neste cenário são as cadeias internacionais de distribuição e abastecimento onde clientes e fornecedores se encontram espalhadas pelo globo, não podendo as empresas abrir mão desta parcela do mercado.

Para Fleury (2006), fatores como estabilidade econômica, mercado globalizado e a onda de privatizações, impulsionaram o processo de mudanças da forma de administração. O comércio internacional brasileiro cresceu cerca de 50% em três anos, abrigando as indústrias a se adaptarem ao mercado exterior. A privatização da infra-estrutura como ferrovias, rodovias e portos, gerou uma demanda muito grande por logística internacional, área pouco explorada e quase sem nenhum conhecimento no Brasil.

Ainda de acordo com Fleury (2006), a logística no Brasil está por fazer uma revolução, e isso em termos de práticas empresariais de eficiência, qualidade e infra-estrutura de transportes e comunicação, que são elementos necessários para a logística moderna. A logística internacional  é bem provável que seja a mais beneficiada neste processo de mudança, principalmente em função da enorme demanda reprimida por este serviço As empresas brasileiras correm riscos com as mudanças que precisam ser implementadas, devido à falta de experiência, neste cenário a concorrência é global

Esse tópico tem por finalidade estabelecer os procedimentos operacionais e de atendimento relacionados com a troca de mensagens, mercadorias e valores entre correios e operadores internacionais. Abrange procedimentos necessários complementares à operacionalização dos serviços internacionais, tais como: regras de comércio exterior, endereçamento, indicadores de serviço, guarda, armazenagem, devolução e regras de negócio dos serviços internacionais.

Seu principal objetivo é facilitar a busca de informações para o atendimento ao cliente do correio internacional e também tornar claros os procedimentos operacionais dos serviços, incentivando as empresas a realizarem mais negócios internacionais por intermédio dos Correios. Para tanto, faz-se necessário a oferta de serviços versáteis que atendam as necessidades das  empresas em suas transações comerciais com os diversos países.

Os correios de cada país colocam à disposição de seus clientes e dos demais parceiros  uma estrutura logística integrada e bem desenvolvida, ampliando e fortalecendo o conceito de unidade  postal internacional.

O princípio da liberdade de trânsito é enunciado no artigo primeiro da Constituição da União Postal Universal. Consiste no compromisso de encaminhar sempre pelas vias mais rápidas e pelos meios mais seguros que utiliza para os seus próprios objetos, as malas fechadas e os objetos de correspondência a descoberto que lhe são entregues por outro correio.

Além disso, existe um segmento mercadológico de elevada matriz de custos, altos riscos, e lucratividade minimizada pela alta competitividade. Para que se mantenha nesse segmento de mercado, com lucratividade, faz-se necessária uma atuação completa, desde a persistente busca por uma parcela maior de mercado até uma contínua revisão do fluxo operacional com vistas ao aumento da eficácia e diminuição dos custos.

Destaca-se, dessa forma, a importância desse material no contexto das estratégias da Empresa, que sinaliza a cada dia maior direção para o mercado internacional, como ampliação de sua abrangência e também como preservação de seu mercado interno.