Gestão de Finança Publica
Por: Milena Mello • 23/3/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 11.054 Palavras (45 Páginas) • 317 Visualizações
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SUMÁRIO
1 CONCEITO E EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO 2
1.1 Orçamento Público no Brasil 4
2 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO 5
2.1 Plano Plurianual 5
2.1.1 Tramitação do PPA 6
2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO 6
2.2.1 Tramitação da LDO 7
2.3 Lei Orçamentária Anual – LOA 8
2.3.1 Princípios orçamentários 9
2.3.2 Vinculação legal entre orçamento e planejamento: a compatibilidade com o Plano plurianual 12
3 CICLO ORÇAMENTÁRIO 13
3.1 Elaboração 14
3.2 Discussão e Aprovação 17
3.2.1 A participação na elaboração da Lei Orçamentária 19
3.2.2 Orçamento Participativo 20
4 RECEITA 21
4.1 Classificação da Receita 21
5 DESPESA 22
5.1 Classificação da Despesa 22
6 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 24
6.1 Detalhamento do Orçamento x Orçamento Sintético 24
6.2 Créditos X Dotações 24
6.3 Programação de Desembolso 24
6.4 Licitação 24
6.5 Execução da Despesa 25
6.6 Execução da Receita 25
6.7 Caráter Autorizativo da LOA 26
6.8 Créditos Adicionais 26
6.9 Controle e Avaliação da Execução Orçamentária 27
6.9.1 Controle Externo 28
6.9.2 Controle Interno 28
6.9.3 Controle Popular 28
6.9.4 Acompanhamento e Fiscalização no Orçamento Participativo 29
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 30
Conceito e evolução do Orçamento Público
O orçamento público possui diversas dimensões: política, jurídica, contábil, econômica, financeira e administrativa. O conceito de orçamento evoluiu ao longo do tempo acompanhando a mudança em suas funções, o que reflete as evoluções administrativas do poder público e as características do sistema político vigente.
Nesse sentido, podemos entender o art. 12 da Carta Magna, outorgada pelo Rei da Inglaterra João Sem Terra em 1217, como o embrião do orçamento:
“Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino, senão pelo seu conselho comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios para esse fim serão razoáveis em seu montante.”
O conselho comum, órgão representativo da nobreza, foi a gênese do parlamento inglês e interessava-lhes limitar o, até então, enorme e discricionário poder do Rei em matéria tributária. Iniciava-se a separação entre o dinheiro público e o do governante.
O orçamento, enquanto instrumento formal, dito tradicional, surgiu na Inglaterra somente em 1822, sob um contexto de forte liberalismo econômico e pensamento contrário ao crescimento das despesas públicas. Essa tendência à formalização expandiu-se para a França e Estados Unidos, posteriormente, acompanhando o surgimento dos regimes democráticos. Nesse contexto, as despesas públicas e o próprio governo eram vistos como um mal necessário. Tendo como principal função o controle político e dando poder aos órgãos representativos frente aos Executivos. Tratava-se de uma “lei que fixa a despesa e estima receita”, sendo considerado um demonstrativo contábil de autorizações legislativas.
Já ao final do século XIX, o Estado começou a abandonar o ideário de neutralidade econômica, passando a atuar na correção das distorções do mercado e na coordenação de programas de desenvolvimento. O orçamento como uma simples peça contábil não era suficiente, verificava-se a necessidade de um instrumento que subsidiasse a administração dos negócios do Estado, auxiliando o Executivo nas etapas do processo de administração da receita e da despesa: programação, execução e controle. Assim, o orçamento passa a ser entendido como:
“um plano que expressa em termos de dinheiro, para um período de tempo definido, o programa de operações do governo e os meios de financiamento desse programa.”[1]
Desenvolveu-se a partir daí, principalmente com as experiências americanas a partir da década de 30 e com a Segunda Guerra Mundial, o conceito de orçamento de desempenho (perfomance budget). O orçamento passa a apresentar os propósitos e objetivos para os quais os créditos se fazem necessários, os custos dos programas propostos para atingir aqueles objetivos e dados quantitativos que meçam as realizações e o trabalho levado a efeito em cada programa.[2]
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