A NEGOCIAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS
Por: 35358833854 • 5/11/2018 • Trabalho acadêmico • 818 Palavras (4 Páginas) • 1.540 Visualizações
Atividade individual Matriz de análise | |
Disciplina: NEGOCIAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS | Módulo: MÓDULO 04 |
Aluno: | Turma: MBA_NACEAD-24_13082018_2 |
Tarefa: | |
Introdução | |
Trata-se a presente atividade da analise da dinâmica da negociação representada no filme O lobo de Wall Street (2013), de Martin Scorsese. Referida análise busca contemplar a identificação dos atores da negociação, suas fontes de poder, ferramentas e táticas utilizadas, a avaliação das etapas da negociação, seus aspectos positivos e sugestões de melhorias, além de descrever a comunicação verbal e não verbal percebida bem como estabelecer um paralelo com a realidade dos profissionais de Direito. Este trabalho foi desenvolvido segundo proposta do Módulo 4 da disciplina Negociação e Administração de Conflitos, integrante do curso de MBA Executivo em Gestão e Business Law ministrado pela Fundação Getúlio Vargas. | |
Desenvolvimento – análise do processo de negociação representado no filme eleito | |
O Lobo de Wall Street, sucesso de bilheteria do cineasta Martin Scorsese, é baseado no livro autobiográfico do ex-corretor da bolsa de valores Jordan Belfort. Com roteiro de Terence Winter, a película conta a história de Jordan Belfort desde quando era um corretor de classe média baixa, passando pela fundação de sua própria empresa bilionária, a Stratton Oakmont, até a sua prisão, anos mais tarde. O filme termina mostrando que, depois de cumprir sua pena, Belfort tornou-se orador motivacional, “guru” de vendas, palestrante e escritor. Mais do que o retrato da vida luxuosa e promíscua que Belfort levava, o filme apresenta o dom do protagonista em vender e, consequentemente, negociar (ainda que o resultado de suas vendas e negociações prejudicassem o cliente e tenham o levado para cadeia). A primeira análise que se faz da negociação é em relação a classificação das partes envolvidas, dos atores da negociação. Neste sentido, detecta-se como personagens da negociação o próprio Jordan Belfort, que assumia alternadamente o papel de decisor ou negociador sendo certo que, devido ao seu próprio perfil, nunca era de observador. Haviam também os clientes da empresa com uma postura passiva bem como a equipe de Belfort que atuava, na maioria das vezes, como observadores. Uma vez identificados os personagens passamos a observar quais eram as fontes de poder existentes, as ferramentas e as táticas aplicadas. A fonte de poder mais evidente tratava-se de um poder aparente, baseado em informações falsas ou ilícitas (privilegiadas). Tais informações eram sempre distribuídas com ferramentas e técnicas de persuasão como por exemplo o tom de voz, o carisma, a energia na fala, a empatia, a autoconfiança e excelente argumentação. Esta forma de dialogar emocionava e motivava o interlocutor. Tal técnica, além das negociações de vendas, também era aplicada com sua equipe de forma a influenciá-los e convence-los de seguirem executando as atividades propostas por Belfort sem questionar. O personagem trabalhava no ganha-ganha, pois acreditava que a motivação, engajamento e trabalho da equipe traria benefício a todos.
Outro aspecto a ser analisado na técnica de negociação de Jordan recai especificamente quanto as etapas da negociação. Observa-se que o personagem construía cautelosamente o planejamento de sua negociação. Isso porque, ele sempre sabia com quem estava lidando, tinha profundo conhecimento dos interesses da parte contrária e clareza em seus objetivos. Desenhava seus argumentos de forma a sempre ter o controle da situação e poder conduzir o resultado da maneira que lhe aprouvesse. A linguagem verbal e corporal presentes nas negociações também merecem destaque. Utilizando-se de discursos em tons exagerados, falando sempre com muita energia e entusiasmo, Belfort olhava nos olhos e aproximava-se da parte contrária no intuito de estabelecer uma identidade positiva. O personagem realmente sabia como proceder em uma abertura de negociação, sabia como conquistar a outra parte. Analisando todo o contexto do filme e a estratégia de negociação adotada por Belfort e sua equipe, excluindo-se por certo o fato dos personagens estarem fundamentando suas negociações em crimes, não é exagerado concluir que tais técnicas seriam muito bem aceitas em tribunais do Júri, negociações de contrato e sustentações orais. A técnica de aproximar-se de seu interlocutor e fazer com que ele confie em seu discurso é de fato algo que, sob domínio de um advogado, traria ao profissional muitos resultados positivos visto que os ouvintes se convenceriam com maior facilidade da tese defendida. | |
Considerações finais | |
Apesar do resultado das negociações de Belfort terem gerado prejuízo a diversas pessoas, as técnicas e ferramentas observadas que foram utilizadas pelo negociador eram sempre muito certeiras e perfeitamente aplicadas pelo personagem. Apesar de serem fruto de uma falta de ética, este mesmo procedimento se utilizado de forma ética e legal com certeza faria com que Belfort ou outro negociador colhesse bons resultados. | |
Referências bibliográficas | |
Carvalhal, Eugênio do. Negociação e Administração de Conflito Eugênio do Carvalhal... [et al.].-5.ed. - Rio de Janeiro: Editora FGV, 2017 O Lobo de Wall Street. Direção: Martin Scorsese, Produção: Paris Filmes, 2013. Consultado em 19 de setembro de 2018.
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-que-o-lobo-de-wall-street-pode-te-ensinar-sobre-negocios/75378/. Acessado em 20 de setembro de 2018. |
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