A Sociedade de Risco Urich Beck
Por: sandrita08 • 7/4/2021 • Trabalho acadêmico • 4.663 Palavras (19 Páginas) • 651 Visualizações
SOCIOLOGIA
Ulrich Beck: Sociedade de Risco
Relação de Dominação: O homem é tido como dono do mundo que ele tenta controlar a natureza através de Deus, mas com a modernização existe a necessidade de progresso, produzindo cada vez mais sem dar a devida importância a finitude dos recursos naturais e juntamente a isso o aumento populacional, a maior expectativa de vida que consequentemente aumenta o padrão de consumo.
Transição: ele defende que a modernidade passa por uma mudança histórica assim como ocorreu da sociedade feudal para a industrial, essa modernidade a qual ele se refere é da sociedade industrial clássica para a sociedade industrial de risco, ou seja, a pós modernidade (ruptura com os valores moderno) ou hipermodernidade (a modernidade reforçada).
No sec. XIX – do mundo tradicional a natureza que podia conhecer e controlar e também de privilégios estamentais.
No se. XXI -a modernização perdeu seu contrário seus problemas são auto referenciais.
A modernidade para anular as limitações impostas pelo nascimento oferece as pessoas uma posição na estrutura social em razão das suas próprias escolhas e esforços cria-se um novo tipo de destino em função do perigo do qual nenhum esforço pretende escapar.
A transição foi da sociedade feudal para a sociedade industrial clássica que podemos chamar de ( modernização simples) chegando onde estamos hoje na sociedade industrial e risco ou modernidade reflexiva.
Modernidade reflexiva: O enfrentamento da modernidade clássica em lidar com problemas como da escassez e dos modos de produção em larga escala presente ainda em países em desenvolvimento. Não foi o que ocorreu na modernidade reflexiva que sua produção social de riqueza é acompanhada sistematicamente pela produção e distribuição de riscos ( ex: importação de pneus usados), problema enfrentado por países desenvolvidos e em desenvolvimento.
A modernização reflexiva significa uma possibilidade de autodestruição criativa em toda a era da sociedade industrial e o sujeito dessa destruição é a vitória da modernização ocidental.
Nesse estágio em que o progresso pode se transformar em destruição em que uma modernização destrói e a outra se modifica é o que chamamos de modernidade reflexiva.
Para Karl Marx, o capitalismo é o seu próprio coveiro, mas também pode significar algo diferente porque não estamos falando de crise e sim as vitorias do capitalismo que produzem uma nova forma social, ou seja, não é mais a luta de classes e sim a modernização normal e a adicional que dissolve os contornos na sociedade industrial.
Podemos observar 2 momentos o da modernidade simples e da modernização reflexiva.
Apesar desta mais recente ser uma ruptura também não corre o risco de desaparecer como aconteceu com o feudalismo, pelo contrario ela vai se adaptando, se reconfigurando, por isso “reflexiva” por essa reinvenção constante e isso acontece para a própria não padecer de seus próprios males.
Nessa sociedade os riscos políticos, econômicos e industriais tomam cada vez maiores proporções escapando do controle das instituições de controle e proteção da sociedade industrial o processo de modernização volta-se contra ele mesmo com seus problemas.
Sociedade de risco: A sociedade moderna é marcada pelo individualismo e não mais pelo pensamento coletivo e as escolhas são calcadas no sucesso individual financeiro ignorando a sociedade como um todo.
O termo sociedade de risco descreve a maneira pela qual a sociedade moderna se organiza em reposta ao risco, que esta ligado a esse processo de modernização desenfreado que se atribui mais o valor nas decisões, certezas e probabilidades esta relacionado também a tematização no presente de perigos futuros, percebidos com o resultado da civilização.
É uma nova ética de responsabilidade planetária, orientada para o futuro os riscos se tornam a causa e o meio de mudança social a partir dos riscos a sociedade é organizada.
A ciência soluciona alguns problemas mas também cria outros.
Urich Beck refere o risco ao perigo associado a um componente decisório e esse risco é o perigo inerente a alguma coisa que se decide enfrenta (é uma probabilidade). O reconhecimento da onipresença é a constatação da sua normalidade é o elemento central.
A modernização trouxe consequências que esta arriscando as condições básicas de vida por via desse processo. Trata-se de uma civilização que ameaça a si mesmo por sua incessante busca de riqueza e acompanhada de uma incessante produção de riscos expressa a acumulação de riscos ecológicos, financeiros ( bolhas), militares, bioquímicos entre outros que tem grande impacto no mundo como um todo.
Características sobre a sociedade de risco:
- Riscos em estágios avançados da produção e não são percebidos pela população dependem da aceitação da opinião popular (radiação, pilhas, baterias, gases do gado).
- Com a distribuição e incremento dos riscos com efeitos boomerang (vem e vai) cedo ou tarde esses riscos afetam quem os produziu ou seus criadores (Chernobyl).
- A expansão/aumento dos riscos não altera a lógica capitalista, pois o desenvolvimento se faz necessário, os negócios geram necessidades insaciáveis, ou seja, a economia tem necessidades próprias independente das necessidades humanas (só fazem a substituição dos produtos ex: sacolas e canudos).
- A consciência dos riscos adquire uma nova relevância política, sua disseminação está vinculada ao potencial político de uma sociedade. (Ex: Frango Salmonela e Agrotóxicos, países aceitam e não aceitam).
- Os riscos socialmente conhecidos deixam de ser dados técnicos e se tornam dados de construção política. Se trata da disputa que define os riscos, não apenas dos efeitos de saúde, mas também dos efeitos colaterais sociais, econômicos e políticos. O potencial político das catástrofes, sua prevenção e seu manejo podem acabar envolvendo uma reorganização do poder e da responsabilidade. (Ex: aquecimento global).
Sobrevivência e reconhecimento do perigo se contradizem, é esse fato que torna a disputa em torno de medições, valores máximos aceitos e efeitos de curto e longo prazo.
Sociedade de risco mundial: a desigualdade social sempre foi pensada na distribuição de bens (rendimento, educação, moradia, etc.), e não na distribuição dos males que é feito pela sociedade do risco mundial (risco climático, radiação nuclear, financeiro). Normalmente a distribuição de bens é pensada no âmbito nacional já os males ultrapassam barreiras nacionais muitas vezes se tem o desconhecimento dessas movimentações.
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