Defesa de Antígona
Por: Thiago Ribeiro • 26/11/2015 • Resenha • 467 Palavras (2 Páginas) • 908 Visualizações
Defesa de Antígona
Estamos diante de Creonte, rei de Tebas, homem tirano, impostor e impiedoso que para se assegurar no poder, impunha aos seus súditos, na condição de representante do Estado, leis que provocam junto à sociedade total indignação, chegando ao ponto de desprezar a opinião popular principalmente partindo das mulheres.
Diante do caso concreto, nos reparamos com Antígona, filha de Édipo e Jocasta, e consequentemente sobrinha de Creonte.
Ao rebelar-se contra as normas impostas por Creonte em relação ao sepultamento de seu irmão Polinices, que morreu juntamente com Etéocles em batalha pela sucessão do trono de Tebas.
Segundo a lei Polinices não poderia ser sepultado, por ser considerado inimigo do Estado, não podendo neste caso receber as honras devidas de um funeral.
De forma destemida Antígona, lembra-se do dever familiar-religioso e costumeiro e resolve sepultar o corpo de seu irmão Polinices a fim de evitar que sua alma permaneça vagando durante 100 anos às margens do rio que levava ao mundo dos mortos.
Deparamos então com Antígona representando os desejos e anseios da sociedade se desvinculando de uma ordem nada razoável vinda de Creonte, e cumprindo um dever familiar e religioso ao sepultar dignamente seu irmão Polínicles. Antígona realmente descumpriu a ordem de Creonte, porém, justificando que as leis impostas por Creonte não eram leis que os deuses tinham que em algum dia foram prescritas aos homens. Por tanto as leis divinas estavam sendo cumpridas por Antígona.
Notamos então que o ordenamento jurídico vindo por partes de Creonte, totalmente for a de sintonia com o espírito de justiça presente na sociedade.
O próprio Creonte chegou e perguntar a Hémon; por acaso não está, Antígona violando a lei ao que Hémon respondeu: “o povo de Tebas não concorda com você.”.
Conclusão: Verifica-se a existência do pluralismo jurídico quando Antígona invoca ao seu favor as leis naturais, costumes e leis baseadas nas tradições religiosas.
Acusação de Antígona
Antígona em um ato de rebeldia cometeu o crime de desobediência civil.
Tebas era governada por Creonte, homem integro que criava leis no intuito de manter a ordem pública. Todas as leis produzidas pelo legítimo Creonte eram justas,portanto todo o cidadão tinha o dever moral de cumpri-las fielmente, para o bem da sociedade.
Se cada individuo desconhecer as leis, fazendo prevalecer sua vontade própria, instala-se um estado caracterizado pela anarquia.
Neste contexto, Antígona rebelando-se contra a ordem legítima de Creonte, proporcionou um cerimonial fúnebre ao indigno Polinices, o qual tenta invadir e destruir Tebas, em decorrência a tal desobediência varias tragédias aconteceram, como a morte da própria Antígona, consequentemente de Hémon, Euridice e outros.
O ato de desobediência civil, tão grave, que o próprio ato produziu a pena devida à transgressora, restando aos cidadãos de bem o exemplo de que o positivismo da lei deve estar presente em todas as ações da sociedade, a fim de evitar tragédias como esta acometida em Tebas.
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