Imunidades Parlamentares à luz da Constituição Federal – Garantia ou Privilégio?
Por: Simone741 • 10/5/2017 • Projeto de pesquisa • 1.458 Palavras (6 Páginas) • 360 Visualizações
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Faculdade Regional de Alagoinhas
Campus Alagoinhas
Imunidades Parlamentares à luz da Constituição Federal – Garantia ou Privilégio?
Alagoinhas-BA
2016
SIMONE FONSECA
Imunidades Parlamentares à luz da Constituição Federal – Garantia ou Privilégio?
Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito.
Professor/Orientador: Marcio
Alagoinhas-BA
2016
1- RESUMO
O presente projeto de pesquisa apresenta e discute os aspectos relevantes relativos à efetiva constitucionalidade das Imunidades Parlamentares e a linha tênue entre a garantia e o privilégio. O texto é produzido sob uma perspectiva crítico-analítica, visando um parâmetro prático das garantias constitucionais concedidas aos parlamentares em razão de sua função, e da intenção do legislador ao estabelecê-las, bem como apurar como tais imunidades funcionam na prática. O estudo dos dispositivos constitucionais, somado ao levantamento de dados e à análise de casos práticos possibilita a formulação de um posicionamento crítico sobre os privilégios parlamentares e seus reflexos em âmbito político e social.
Palavras-Chave: Imunidades Parlamentares, Constituição, Garantias, Política.
2- INTRODUÇÃO
2.1 TEMA: Imunidades Parlamentares à luz da Constituição Federal – Garantia ou Privilégio?
2.2 Delimitação do tema
Muito se discute sobre a (in) constitucionalidade das Imunidades Parlamentares e outros privilégios constitucionalmente garantidos aos políticos em razão da sua função. Trata-se de tema controverso em razão da suposta função garantista dessas Imunidades, que seriam fundamentais para que o Parlamentar exerça satisfatoriamente sua função de representação do Povo.
Por outro lado, é cristalino que tais garantias muito fogem ao indispensável. Muito mais do que assegurar o exercício pleno da representatividade, tais privilégios funcionam, por vezes, na prática, como verdadeiro apadrinhamento constitucional, ferindo, fatalmente, o Princípio da Isonomia e outros princípios constitucionais basilares.
3 - JUSTIFICATIVA
A necessidade de discussão acerca da efetiva constitucionalidade da Imunidade parlamentar justifica-se não no texto constitucional em si, ou nos seus reflexos, mas na maneira como essas imunidades são aplicadas na prática, transformando-se em privilégios.
Antes de meras regalias políticas, a aplicação prática das imunidades parlamentares abre portas para uma série de ilegalidades, como será demonstrado adiante.
4 – OBJETIVO GERAL
O presente artigo visa promover um estudo esquematizado das normas constitucionais acerca da Imunidade Parlamentar, para estabelecer um parâmetro lógico entre a intenção do legislador constitucional e os resultados que tais normas produzem em âmbito social e político.
4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Promover um estudo elucidativo acerca das normas constitucionais sobre as Imunidades Parlamentares;
- Identificar a finalidade pretendida pelo legislador constitucional quando da criação de tais normas;
- Avaliar, quantitativo e qualitativamente os prejuízos sofridos em âmbito social, por meio de índices e estudos de caso;
- Estabelecer relação causídica entre as imunidades parlamentares com aplicabilidade prática distorcida e os problemas políticos enfrentados pelo Povo;
5- PROBLEMA DA PESQUISA
Qual o limite entre de constitucionalidade, na prática, das Imunidades Parlamentares e seus reflexos?
6- HIPÓTESES
- As Imunidades Parlamentares têm natureza puramente garantista, e são essenciais para o efetivo cumprimento da representatividade e da gestão política por parte dos parlamentares;
- Embora carreguem um bom propósito, as Imunidades Parlamentares, na prática, servem para promover privilégios inconstitucionais aos Representantes do Povo.
7- METODOLOGIA
A Pesquisa será desenvolvida na comarca de Alagoinhas – BA, entre os meses de Novembro/2012 e Abril/2013. A Metodologia adotada será quantitativa-qualitativa, por meio do emprego dos seguintes recursos:
- Material Bibliográfico (Doutrina, Revistas Jurídicas, Artigos Científicos, etc.)
- Estudo de Caso (Entrevistas, Colheita de depoimentos, etc.)
- Análise de dados
8- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A doutrina dominante classifica as Imunidades Parlamentares como indispensáveis ao correto funcionamento da engrenagem legislativa brasileira, pois serve para fortalecer a liberdade parlamentar em exercício da função.
A Constituição Federal dispõe sobre tal instituto, em seu art. 53, in verbis:
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
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