O Relaxamento de Prisão
Por: Lucas Henrique • 15/9/2021 • Artigo • 1.122 Palavras (5 Páginas) • 64 Visualizações
EXCELÊNTISSÍMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA
VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CURITIBA DO ESTADO DO PARANÁ
EXCELÊNTISSÍMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CURITIBA DO ESTADO DO PARANÁ
VITINHO, RG..., CPF..., brasileiro, filiação...., solteiro, profissão....,endereço eletrônico...., residente e domiciliado na rua..., n º...., vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que subscreve, que recebe suas intimações no endereço....., com fundamento no Art. 5º LXVI, CF/88, combinado com o art. 321 do Código de Processo Penal, requerer, com base nos fatos e fundamentos legais abaixo:
RELAXAMENTO DA PRISÃO
I – DOS FATOS
Em data.., hora.., local..., conforme segue no Auto de Prisão em Flagrante, realizada pela Policia Judiciária contra o requerente, na região do Batel, na cidade de Curitiba/PR, área que conforme noticiava as emissoras de rádio e televisão e em jornais locais da região, que naqueles dias, estavam ocorrendo vários furtos de veículos naquela região.
O requerente transitava pelas ruas, procurando por emprego ou algum “bico” que poderia fazer em algum restaurante ou lanchonete local, quando ao avistar um veículo que já há horas estava estacionado no meio fio da rua, tinha em seu interior uma luz acesa, e este fato lhe chamou a atenção, causando estranheza e curiosidade.
Passou por diversas vezes perto do veículo para ver se tinha alguém dentro e como não havia, resolveu adentrar ao veículo e desligar a luz, com a intenção de que o proprietário talvez pudesse lhe dar alguma recompensa ou um agradecimento por não ter ficado sem a bateria do veículo.
Porém, como o veículo é importado o mesmo não sabia qual botão deveria apertar para desligar a luz, passou a procurar dentro do veículo um botão que a desligasse, sem sucesso, quando de repente dois indivíduos, fizeram a abordagem dando voz de prisão ao requerido, que sem ter noção do que estava acontecendo fora acusado de furto do referido veículo, que até então só pensava em ajudar o dono para ganhar uns míseros “trocados”.
Acontece Vossa Excelência, que ao ser feita uma pesquisa sobre o veículo, foi constatado que esse veículo tinha sido apreendido por policiais daquele Distrito e que estava à disposição da Policia Judiciária daquela área.
Vemos, portanto, e estamos diante de um caso de FLAGRANTE PREPARADO, pois os agentes de posse do veículo colocaram o mesmo em local e condições para que qualquer pessoa pudesse tentar o furto, mas que seria o agente no caso em questão o requerente, acusado de furto.
II – DOS FUNDAMENTOS
Diante a análise dos fatos, percebe-se a ilegalidade da prisão, uma vez que o acusado nada fez que comprove algum furto, noutra via e analisando os fatos hora narrado, em que os agentes da Lei, preparam um flagrante no anseio de capturar o acusado, acabaram cometendo um erro. Uma vez previsto o CRIME IMPOSSÍVEL, em nosso Ordenamento Jurídico, mais especificamente no Art. 17, CP, em concurso com a SUMULA 145, STF, onde versa:
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