O Ultimo Dia de Um Condenado
Por: Alline Meirelles • 14/5/2020 • Trabalho acadêmico • 499 Palavras (2 Páginas) • 175 Visualizações
O Autor
Para que possamos entender o contexto a fundo do livro “O último dia de um condenado a morte”, precisamos entender o pensamento crítico e político da obra e também a visão do escritor quanto a isso.
Victor Hugo viveu em Paris de Napoleão, e refletia em suas obras a oposição que fazia ao governo.
Não tinha uma defesa de posição socialista, porém tinha o pensamento libertário, e criticava duramente as misérias sociais da época.
EM sua principal obra Les Miserables narra a história de um sujeito que foge da prisão e através do trabalho reconstrói sua vida, trazendo prosperidade para a região, além do auxílio as pessoas com sua fortuna através de obras de caridade.
Isso é interrompido por um policial que decide interferir de forma arbitrária nas atividades privadas da sociedade civil.
“Os Miseráveis, portanto, traz claramente a filosofia política de Victor Hugo. É um mundo onde há cooperação - e não luta - entre as classes; onde o empreendedor desempenha uma função essencialmente benéfica para todos; onde o trabalho é a via principal de aprimoramento pessoal e social; onde a intervenção estatal por motivos moralistas - seja do policial ou do revolucionário obcecado pela justiça terrena - é um dos principais riscos para o bem de todos que será gerado espontaneamente pelos indivíduos privados.“
A partir de 1849 o autor divide períodos para suas obras, entre política, religião e filosofia humana e social.
Victor Hugo não era um autor defensor do pensamento socialista, pelo contrário, devido às suas obras ele era um dos autores com mais bem remunerados, e com isso viveu uma vida financeiramente confortável, porém doava uma parte de seus rendimentos às obras de caridade, pois sempre associou o enriquecimento pessoal a responsabilidades sociais que isso agrega.
Victor Hugo terá contrário à pena de morte por entender que isso era apenas um método de repressão higienista do governo e não uma forma justa de punição para o crime cometido.
Analisando hoje a pena de morte por guilhotina, foi algo que ganhou fama durante a revolução francesa e foi extinta em 1977, o que é muito recente visto a evolução desde a sua criação em 1792.
Neste período diversos métodos de pena de morte foram criados e extintos, porém a crueldade da guilhotina persistiu como uma forma de punição por crimes praticados.
A pena de morte é utilizada como exemplo para a sociedade, porém podemos entender que isso não é tão efetivo, visto que não há extinção dos crimes que são passíveis desse tipo de pena.
A Obra
A obra em si é dividida em três partes.
O Prólogo é claramente uma crítica ácida ao governo e ao método de punição utilizado à época.
Ele critica fortemente a utilização da pena de morte como exemplo para sociedade.
Não há efetividade nesse método, pois a violência, que até então era o motivo da aplicação da pena de morte não foi eliminada da sociedade.
Não houve o progresso esperado, então ele entende que não é apenas um método punitivo, é um método usado para a eliminação de pessoas e para a “diversão” da população.
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