Os Estudos da Violência e da Criminalidade

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E SEGURANÇA PÚBLICA.

A polícia de London deve prender prostitutas ou ajudá-las?

Evelyn Figueiredo da Silva

Estudos da Violência e da Criminalidade

                                                                     Tutor: Prof. (que atua no fórum)

Niterói

2021

A POLÍCIA DE LONDON DEVE PRENDER PROSTITUTAS OU AJUDÁ-LAS?

               A polícia de London, ao invés de prender as prostitutas, deve combater o problema em sua raiz, qual seja, ajudar essas mulheres a acessarem serviços para tratamento de dependências, sobretudo quanto ao vício de álcool e drogas, além de tratar da saúde mental, que são, em regra, as principais molas propulsoras desse tipo de atividade, já que são motivadas a vender o seu próprio corpo para sustentar seus vícios, que incluem álcool, drogas e até mesmo sobreviver.

                A polícia não deve prender as prostitutas, ainda que o código criminal defina tal atividade como ilícita, haja vista a existência de uma linha tênue que divide o lícito do ilícito, em que a classificação desse último, dependia do grau de exposição em que a prostituição é praticada, qual seja, quando a atividade era demasiadamente visível ou havia reclamação a polícia atuava. Tanto que a atuação da polícia na repreensão à prostituição dependia da disponibilidade de recursos, e isso era colocado em segundo plano quando as demandas por outros serviços subiam.

               Em decorrência disso, as estatísticas sobre a prostituição não são fidedignas, tendo em vista que os números estavam mais relacionados ao custo da operação de repreensão da atividade do que propriamente sobre a atividade.              

                  Claro que de certa forma, a sociedade tem uma parcela de razão ao não admitir o comércio sexual de maneira tão explicita como vem sendo realizado em algumas comunidades, por isso a presença da polícia é requerida para tentar frear o comércio sexual, que na visão da grande parte da sociedade é vista como um “problema”, já que degrada a área comercial, não sendo raro o encontro de parafernália de drogas nos becos e ruas da área, afugentando comerciantes, que preferem ser instalar em outros locais a ficarem estabelecidos numa zona de prostituição.

                  A partir de 1970, houve mudanças na prostituição de ruas em London. Muitas dessas mudanças foram decorrentes do comércio clandestino de drogas, o que desencadeou o aumento significativo de induzimento de mulheres à prostituição, pois as mulheres se tornaram cada vez mais vítimas de seus próprios vícios, alimentados com os ganhos oriundos da prostituição, literalmente um círculo vicioso. Além disso, para piorar a situação que já se encontrava em colapso, nos anos 80 e 90 teve a implantação de novas drogas no mercado, que é o caso da “ cocaína”, “metafetamina” entre outras.

                  Ocorre que, a polícia de London em 2005, sob pressão, teve que ceder ao clamor da sociedade diante do aumento visível e crescente de prostitutas.

                   Surgiu aí, um grande desafio para a polícia de London, que seria tornar o patrulhamento mais visível e mais frequentes para obrigar as prostitutas a executarem suas atividades de uma forma mais discreta.

                       Até porque havia necessidade de se buscar o equilíbrio na aplicabilidade da Lei para atender os anseios da sociedade e coibir as mulheres que se prostituem utilizando-se principalmente da comunicação explicita, tida como crime, e ao mesmo tempo não impedir a prostituição discreta que não se enquadra como crime.