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Perseguições Contra Religiões De Matriz Africana

Por:   •  26/4/2024  •  Trabalho acadêmico  •  1.306 Palavras (6 Páginas)  •  91 Visualizações

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Sumário

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

CURSO DE BACHARELADO

DIREITO

PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

RACISMO RELIGIOSO

PERSEGUIÇÕES CONTRA RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA

Leila Luvezutto de Souza

São Paulo

2023

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO        ...........4-5

OBJETIVOS        6

PROBLEMÁTICA        7

METODOLOGIA        8

REFERÊNCIAS INICIAIS        9


MANOEL DE XANGÔ

“... De Manoel de Xangô distante corre fama,

Pois dele o povo diz coisas tão singulares,

Que bem pouco há descrer do quanto se proclama.

Desse babalaô de exóticos esgares.

Entanto em se lhe vendo a vez primeira crê-se...

De uma pobre criatura, apenas, se tratar,

Porque nada de mais nos falsos gestos lê-se,

Que o pai- de- santo venha ao menos revelar. “

(RESENDE, 2000, p.58).


APRESENTAÇÃO

Antes de qualquer coisa, quero pedir a benção aos meus guias espirituais, pois sem eles não chegaria até o presente momento que vos escrevo. A eles peço força para tratar de um assunto de extrema importância para toda comunidade negra e para nossa cultura no enfrentamento de tais práticas racistas.

Adianto que não faço parte da comunidade negra, muitas pautas deste assunto tomarei cuidado para não tratar de forma hipócrita, justamente por não ter vivência nesta comunidade em “termos”. Meu alcance se trata de tudo que vi e vivencie dentro dos terreiros de umbanda.

Acrescento que o presente trabalho vem da necessidade de expor a presença do racismo religioso, no tocante às religiões de matriz africana e demonstrar a grande distinção naquilo que achamos ser intolerância religiosas daquilo que vos chamo de racismo religioso.

Trarei neste TCC, traços históricos que possui ligação a nossa escravidão, como por exemplo: nossas oferendas estas são deixadas em esquinas, deixadas próximas as árvores e algumas incluso embaixo destas árvores. Este exemplo fornecido, vem da época que os escravos fugiam, aqueles que haviam conseguido colocava alimento para aqueles que viam de fuga de seus feitores. A cachaça inclusive servia para aliviar a dor no corpo e dar algum segundo de prazer, as velas eram colocadas em volta dos alimentos, para que os animais não se aproximassem e não consumissem aquele alimento.

Hoje em dia, o rito permanece sendo realizado pela religião afro como forma de agradecimentos, como para agradar nossos ancestrais e santos e também serve como alimento para moradores de rua, animais que ali estejam passando. A intenção deste alimento é alimentar, alimentar algo, alguém, PRESTAR A CARIDADE, dentro de nossa crença e de nossa maneira.

Devido ao medo dos Senhores, que adorarei destrinchar sobre; transformaram as oferendas em algo ruim, pois eles acreditavam que era ruim, tal prática gerou terror e abominação de religiões crista, e por se tratar de algo histórico este preconceito vem sido trazido de forma ruim por muitos e muitos anos, sem qualquer conhecido, trazendo uma discriminação grosseira a religião.

Hoje, vemos tantas igrejas, tantos templos, tantos lugares que deveriam ser sagrados, servindo apenas manipulação e explorando a fé alheia, para manutenção do seu “templo” e do seu poder diante da comunidade que se encontra. Não posso e não irei generalizar todas as religiões, trato e irei abordar fatos históricos e os trarei para nossa realidade nos tempos atuais, e como nossas leis tem funcionado e não funcionado.

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OBJETIVOS

O objetivo geral deste trabalho é realizar uma análise crítica, expondo o conflito entre as religiões de matriz africana e o direito fundamental a liberdade religiosa, relatando como a legislação permeia o processo de desenvolvimento dessas práticas religiosas.

Trazer e justificar para melhor delimitar o meu trabalho a diferença de intolerância religiosa de racismo religioso, “em resumo o racismo religioso nada mais é do que o redirecionamento de argumentos racistas para o campo da religiosidade negra, como sugere Claudiane Lima (2012), no sentido de rebaixá-la, em relação a outras manifestações religiosas, ou colocá-la no campo da demonolatria, justificando assim quaisquer atos contra os adeptos de RMAs (raízes africanas e indígenas bem ressaltadas). Em outros termos, o racismo religioso ataca aquilo que os corpos negros produziram culturalmente no campo da religião.”

Ao se tratar de intolerância religiosa;

 A expressão "intolerância religiosa” tem sido utilizada para descrever um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas às crenças, rituais e práticas religiosas consideradas não hegemônicas. Práticas estas que, somadas à falta de habilidade ou à vontade em reconhecer e respeitar crenças de terceiros, podem ser consideradas crimes de ódio que ferem a liberdade e a dignidade humanas. (Sidnei Nogueira, autor livro Intolerância Religiosa).

PROBLEMÁTICA

Se colocarmos na ponta do lápis, existe de fato liberdade religiosa?           Mas é claro! Mas só para aqueles que segue a diretriz cristã, este sim podem ser considerados. Podemos então dizer, que existe Liberdade de crença e de culto? Sim, claro! Inclusive temos a Lei Geral das Religiões (PLC 160/2009), ora, se a Igreja Católica possui o Estatuto Jurídico da Igreja Católica (Vaticano, 13 de novembro de 2008), nestas normas possui como é a importância do ensino religioso, sobre casamento e entre outros.

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