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RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA: AÇÕES PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ETICORRACIAIS

Por:   •  21/3/2016  •  Artigo  •  8.573 Palavras (35 Páginas)  •  567 Visualizações

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RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA: AÇÕES PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ETICORRACIAIS

Lio Celso Vieira

Professora orientadora:  Maria Benedita da Silva Prim

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Pedagogia (PED- 0640) – Trabalho de Graduação

28/11/15

RESUMO

O presente trabalho procura mostrar a inclusão do tema de História e Cultura Afro-brasileira, com isso desmistificando a respeito da religiosidade afro-brasileira, e a importância do estudo desse tema, no ambiente escolar. Partindo desses pressupostos educadores tem o dever de trazer a temática pra dentro de sala de aula, pois o Brasil, é multicultural, com uma vasta diversidade religiosa, com isso abordei as religiões de Matriz Africanas, do modo que temos uma ressalva na religião Umbanda e Almas e Angola. A educação tem que esta bem amparada no que se de respeito à formação docente nessa temática, para não passar informações idôneas e nem de achismo, pois estamos falando da contribuição o povo africano, conosco.

Palavras-chave: Educação. Diversidade Religiosa. Religião de Matriz Africana.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz temática, A Religião de Matrizes Africanas: Ações para Educação das Relações Eticorraciais, mais concretamente abordando os seguintes subtemas, Breve Histórico a Educação Inclusiva na Perspectiva das Diversidades Religiosas Constituídas no âmbito escolar; Leis Federais e Estaduais; Concepção de Ensino Religioso e Escola Laica; As Religiões de Matriz Africana e o Ensino Religioso; Currículo Voltado para o Enfrentamento da Intolerância Religiosa; Conhecendo a Umbanda; Como Surgiu a Umbanda; Umbanda no Brasil; Almas e Angolas; A Formação de Professor- Lei 10; 639/03.

            O objetivo desses é trazer o conhecimento da história e cultura dos negros no Brasil, com isso o desenvolvimento das relações étnico racial, no ambiente escolar, sem

nenhuma discriminação, racial, social, religiosa. Partindo desse pressuposto foi sancionada a Lei 10.639/03, aonde se dispõe da obrigatoriedade do ensino de Historia e Culta Afro-Brasileira, nas escolas.

 

Visando essa proposta da lei, traz no trabalho a temática de religiosidade, como tema, com tudo isso vem abranger o conhecimento da religião Umbanda e uma das ramificações da mesma que se denomina Almas e Angola, que hoje só se cultua no estado de Santa Catarina.

A Umbanda tem em sua matriz formadora todas as etnias, classes sociais e culturas que deram origem ao provo brasileiro.. Seu caráter inclusivo abarca uma imensa variedade de visões e formas de vivenciar o Sagrado. Esta vivência se fez e se faz por meio da mediunidade e do sacerdócio, que são dois fundamentos, imprescindíveis para o Movimento Umbandista, constituindo e mantido por uma tradição essencialmente oral, percebida na rito-liturgia de cada templo.

É inegável a importância do sacerdote e a sua formação em qualquer religião e para a Umbanda, bem como as Tradições Afro-Brasileiras, não poderia ser diferente principalmente se levarmos em conta a oralidade existente em ambas.

Almas e Angola constitui-se num ritual onde se cultua os Orixás (forças da natureza que influenciam o homem e seu ambiente). A forma do culto aos Orixás está ligada à mitologia africana, mais precisamente da região de Angola, embora a nomenclatura usada nesse ritual tem muita influência da região de Ioruba (Kêto e Nagô). A própria palavra Orixá é um exemplo disso.

Segundo a mitologia, Orixá é uma força energética da natureza que influencia e comanda os caminhos do homem e do seu meio ambiente.

2 BREVE HISTORICO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA PERSPECTIVA DAS DIVERSIDADES RELIGIOSAS CONSTITUÍDAS NO AMBITO ESCOLAR

No decorrer da historia da humanidade, observa-se que as concepções sobre as deficiências foram evoluindo “conforme as crenças, valores culturais, concepção de homem e transformações sociais que nos ocorreram diferentes momentos históricos” (BRASIL, 2001, p.25).

Em meados do século XIX encontra-se a fase de institucionalização especializada: aqueles indivíduos que apresentavam deficiência eram segregados nas residências, proporcionando uma “educação”, “protegendo” o deficiente da sociedade, sem que esta tivesse que suportar o seu contato.

A partir do século XX, gradativamente, alguns cidadãos começam a valorizar o publico deficiente e merge a nível mundial através de movimentos sociais de lutas contra a discriminação em defesa de uma sociedade inclusiva. Nesse período histórico corroboram as criticas sobre as praticas de ensino da época, conduzindo também questionamentos dos modelos análogos do ensino aprendizagem, gerando exclusão no cenário educacional.

Conforme esclarece JANNUZZI (2004, p.34):

A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental prossegue a desencadear algumas ações visando à peculiaridade desse alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas, há surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros de reabilitação.

Nesse contexto, ao final do século XX, movimentos sociais, políticos e educacionais, estudiosos, associações e conferencias propõem aprofundar as discussões, problematizando os aspectos acerca do publico súdito, resultando em reflexões diante das praticas educacionais.

A Declaração de Salamanca (1994, p.6) caracteriza a inserção dos indivíduos que possuem NEE com uma politica de justiça social, conforme explicita:

[...] as escolas se devem ajustar a todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Neste conceito, terão de incluírem-se crianças com deficiência ou superdotados, crianças da rua ou crianças que trabalham crianças de populações remotas ou nómadas, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais.

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