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TRABALHO DE CIÊNCIA POLÍTICA E FUNDAMENTOS DO DIREITO ELEITORAL

Por:   •  27/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.311 Palavras (18 Páginas)  •  113 Visualizações

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CIÊNCIA POLÍTICA E FUNDAMENTOS DO DIREITO ELEITORAL

  1. Introdução
  • Direito Romano – Germânico
  • Civil Law ≠ Common Law
  • Gregos inventaram a política que consiste em pensar, discutir, decidir e fazer o que é importante (bom) para a cidade e seus cidadãos.
  • O fim da atividade política é promover a felicidade dos cidadãos. O cidadão feliz vai defender a cidade para mantê-la em boa qualidade.
  • Romanos se “beneficiaram” do pensamento grego.
  • Império Romano promulgava leis a serem observadas por todos. Direito primário é a Lei.
  • Arcabouço legal é característico de países que seguem o modelo romano -> civil law (Brasil, França).
  • Países que não tiveram a influência romana apoiam-se no costume e jurisprudência. É o modelo anglo-saxão -> commom law (Inglaterra, Estados Unidos, Canadá)
  • As primeiras formas de governo foram elaboradas por Platão e depois por Aristóteles, com conceitos como: monarquia, aristocracia, tirania, oligarquia.

  • Direito é uma ciência social aplicada. É a manifestação do poder do Estado.
  • Sociedade é o conjunto de relações estabelecidas entre semelhantes. Relações políticas, religiosas, comerciais, etc.
  • Para a Ciência Política, a sociedade está associada ao Estado. Não há um sem o outro.
  • Sociedade tem interesses arbitrários, por isso pode ser representado por um contrato que regula o interesse entre as partes.
  • O Estado é criado pelo bem comum, sendo composto por 3 elementos:
  • Soberania: controle / poder de se autodeterminar no Estado. Capacidade de se autodeterminar frente a outro Estado. P.ex.: Porto Rico -> não é um Estado, pois está vinculado aos EUA. As forças armadas existem para proteger o Estado frente a outro.
  • Território: possuir espaços físicos, com controle do próprio território. A justiça não pode agir em outro país sem a devida solicitação ao outro território.
  • Povo: soberania visa proteger o espaço e o povo que a abriga. Povo é o cidadão, aquele que participa do processo político. Estrangeiros integram a sociedade. População e povo são diferentes frente a Ciência Política. Povo é segundo a constituição todo o “votante”, pois todo poder emana do povo. População tem sentido censitário.
  • Poder do Estado é a organização da força. Estado moderno detém legitimamente o poder, força. Detém o monopólio do uso da força. É o único que pode aplicar a violência de forma legitima.
  • Do ponto de vista da Ciência Política, o direito é o mecanismo de controle social, tanto na esfera pública como na privada.
  • Constituição delimita a ordem jurídica. É o fundamento do ordenamento jurídico.
  • Particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe.
  • Hans Kelsen: pirâmide jurídica

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  1. Base do Ordenamento Jurídico
  • Sócrates (469 a.C a 399 a.C)
  • Atenas (Grécia)         -> polis = cidade

-> política = assuntos da cidade

  • Cidadãos – homens com posses (não escravos, nem mulheres, nem pobres)
  • Governado por deuses. Tudo era explicado pelos deuses (Zeus - governante dos demais deuses / Hera – deusa que protegia casamentos (irmã e esposa de Zeus) / Apolo - deus da luz, poesia e da música / Atena - deusa da sabedoria, etc.).
  • O comércio com outros países (regiões) faz com que se perceba que a vida não é explicada pela mitologia, nem mesmo subordinada aos deuses. Isso gera uma crise, um caos (palavra grega!).
  • Em Atenas era admitido que os filósofos ensinassem em público. Assim, Sócrates começou influenciar a juventude. E começaram entender o mundo pela racionalidade, uma vez que seu método era de questionamento.
  • Sócrates foi condenado por corromper a juventude. Mas antes da execução, ele se suicida.
  • Frases de Sócrates: “Sei que nada sei”. “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo”.
  • Sócrates não escreveu nada. Apenas ensinava / questionava.

  • Platão (427 a.C a 347 a.C)
  • Platão escreveu as ideias de Sócrates.
  • Mundo inteligível (ideia) -> Platão
  • Mundo sensível (sentidos) -> Aristóteles
  • Para Platão, meus sentidos não revelam a realidade das coisas. Só se pode atingir as ideias (a realidade) através da racionalidade.
  • Nada é causa de si mesmo. É preciso buscar o retorno so ser!
  • Dentre suas obras, destaca-se “A República” que tenta descrever as formas de governo que ele observa e uma forma ideal de governo.
  • É considerado um idealista, pela primazia das ideias.
  • O Mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego Platão, que consiste na tentativa de explicar a condição de ignorância em que vivem os seres humanos e o que seria necessário para atingir o verdadeiro “mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos.
  • Entre suas interpretações, o Mito da Caverna ilustra a importância da investigação para “sair da caverna” e entender melhor o mundo. Isso gera uma crise do pensamento mítico e início do pensamento racional.
  • Livro “A República”
  • Governo deve ser realizado pelos filósofos.
  • As decisões pragmáticas de ordem pública devem ser orientadas por filósofos, pois segundo Platão, só os filósofos detinham o pensamento crítico (no sentido de questionamento visando conhecimento).
  • O mundo é insuficiente. Busca-se o inteligível.
  • A filosofia indica como o homem deve viver sua vida, orienta a virtude do pessoal / individual. Enquanto a política orienta a vida em sociedade.
  • Dimensão pessoal -> cultivo da virtude -> bom / virtuoso -> livre / feliz
  • Dimensão social -> cultivo da cidadania (política) -> eudaimonia (estado pleno de alegria)
  • O cidadão feliz defende sua sociedade, protege sua pátria.
  • Exercer a política é buscar a felicidade. Dessa forma, não é possível ser feliz na injustiça.
  • Retórica (arte de argumentar) era a prática do discurso, mas sem questionamento e sem saber o que é justo ou injusto.
  • Platão criticava o uso indevido do discurso, uma vez que com Sócrates foi usado para promover a injustiça.
  • Não confundir com o sentido atual de retórica. A retórica (na época de Platão) não promovia o debate que é fundamental para a política, defendendo com habilidade o pensamento.
  • Sofistas eram pagos para defender as ideias, sem nem mesmo conhecê-las.
  • O termo platônico é referencia ao que nunca existiu, ideal inatingível, utópico (u = não / tópico = lugar)

  • Aristóteles (384 a.C a 322 a.C)
  • Aluno de Platão.
  • Define as formas de governo (monarquia, aristocracia, tirania, oligarquia, democracia, demagogia)
  • Não existe mundo inteligível.
  • Existe mundo das coisas!
  • Aristóteles é mais pragmático. Seu interesse pelo ‘mundo das coisas’ o faz conhecer como funcionam ‘as coisas’, os regimes políticos.
  • Livro “A Política” trata de discutir a essência e as características dos regimes políticos.

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Um só

Poucos

Massa

Formas Retas

(para muitos, para todos)

MONARQUIA

ARISTOCRACIA

REGIME CONSTITUCIONAL

Formas Defeituosas

(para si mesmo)

TIRANIA

OLIGARQUIA

DEMOCRACIA

  • Constituição na Grécia é um termo amplo e semelha-se a regime político.
  • O fim / objetivo da política é o bem comum.
  • Democracia tem conotação diferente da atual. Para Aristóteles, a democracia é ruim, pois o povo pensa apenas por si (sem analisar a coletividade). Vários significados usados por Aristóteles para a palavra democracia:
  • Uma maioria de pessoas livres, porém pobres, são os donos do poder (visão negativa, pois os pobres atuam em benefício deles mesmos).
  • É o mais estável dos regimes, menos corruptível, e que permite alternância entre o povo (visão positiva).
  • A denominação de ‘democracia’ que usamos atualmente, era para Aristóteles a soberania popular (regime constitucional).

  1. Legalidade e Legitimidade do Poder Político
  • Legalidade: conformidade com a lei, está de acordo com a lei. Há materialidade para verificar. É mais aparente... é a derme!
  • É a observância das leis. Atuar de acordo com as regras jurídicas.
  • Autoridade é reconhecida quando age de acordo com a constituição.
  • Visa proteger a sociedade do abuso do poder.
  • Legitimidade: é a qualidade do que é legítimo. É o exercício do poder com o consentimento do povo. Inclui a razão, moral, valores, virtudes. É mais abstrato.... é a epiderme!
  • É o conjunto de valores que justificam a legalidade (o poder legal).
  • Análises para entender legalidade e legitimidade:
  • Crise HISTÓRICA: ascensão do neonazismo. Hitler preso em 1929. Governo legal, mas sem valores. Ilegítimo ainda que legal.
  • Consideração FILOSÓFICA: crenças pessoais. Regras morais.
  • Fundamentos SOCIOLÓGICOS: carisma, tradição, racionalidade.
  • Aspectos JURÍDICOS: fiel observância dos princípios.
  1. O que é ciência?
  • Até o mundo moderno, tudo girava em torno da autoridade, sem possibilidade de questionamento. Na ciência moderna é que se começam os questionamentos – métodos indutivos, experimentações, desafiar as autoridades dos antigos. Ciência é método, rigor, aprimorar conhecimentos.
  • O que nos faz como pessoas:
  • Filosofia: investigar através da razão. Questões mais profundas do conhecimento humano.
  • História: o que já foi realizado, sendo um norte para construir a sociedade.
  • Antropologia: entender o homem na sua cultura.
  • No Sec. XIX surgem uma série de ciências surge uma série de ciências que antes eram explicadas apenas pelos filósofos.
  • Auguste Comte: pai do positivismo, separado em 3 fases:
  • Teológica
  • Metafísica
  • Científica
  1. Ciência Política e as dificuldades terminológicas
  • O objeto de análise da ciência política é muito mutável
  • Dada sua instabilidade, importante analisar a ciência política sob o prisma filosófico e sociológico.
  • Prisma Filosófico: em sentido lato, tem por objeto o estudo dos acontecimentos, das instituições e das ideias políticas ao longo do tempo (abstrato)
  • Prisma Sociológico: Max Weber. Racionalização do poder, legitimação das bases sociais, influência da natureza burocrática, essência dos partidos (substancial)
  • Diferenças:
  • Ciência Política -> mais abrangente
  • Teoria Geral do Estado -> mais restritivo
  1. Políbio (220 a.C a 146 a.C)
  • Analisa a realidade da política de Roma antiga
  • O sucesso ou fracasso de um povo é explicado pela sua constituição (lembrando que, aqui, constituição é sinônimo de regime político).
  • 3 tipos de constituição:
  • Monarquia
  • Aristocracia
  • Democracia
  • Segundo Políbio, uma constituição mista é a melhor.
  • Descreve detalhadamente cada um dos regimes:
  • Autocracia
  • Monarquia -> governo é aceito espontaneamente pelos súditos
  • Tirania
  • Aristocracia -> governado pelos sábios e justos
  • Oligarquia
  • Democracia -> acontece por meio das assembleias dos centúrias, composta por 193 centúrias divididos em 05 classes. A 1ª classe é composta pelos mais ricos. Votos não eram individuais, mas por classes.
  • Oclocracia -> poder da plebe, para satisfazer suas vontades, no ímpeto da paixão, violência, fúria, não tem autoridade. Diferente de anarquia (esse termo não existia na Roma antiga), que é um exercício autentico de liberdade, sem bagunça.
  • Atenção!! Não podemos acreditar que ocorria um regime misto. Trata-se de um discurso, uma ideologia da aristocracia romana.
  • Defende que há um equilíbrio de forças políticas na sociedade romana. Equilíbrio é necessário, pois cada um pode colaborar ou oferecer obstáculos ao outro.
  • Descreve as atribuições e o poder que cabe ao consulado, ao senado e ao povo.
  1. Maquiavel (1469 a 1527)
  • Livro “O Príncipe” (1532)
  • Separou a moral da política
  • Contexto turbulento / guerras na Itália
  • Principal objeto do livro é como conquistar e conservar um Estado
  • Política é regida por uma lógica própria que envolve cálculos, bem como a participação dos cidadãos, filosofia, felicidade
  • Seus pensamentos são baseados em suas experiências e na análise histórica (a história se repete)
  • Rompe com a tradição cristã
  • Não pensa o homem a partir de definições filosóficas ou teológicas, mas a partir de seus comportamentos concretos.
  • Rei medieval         -> leis do seu reinado em consonância com a fé.

                -> Reino – lei de Deus

                -> Política – religião

                -> Soldado de Cristo tem a missão de expandir e defender a fé. Hoje,                 exemplo desse modelo são os estados islâmicos.

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