Trabalho Teoria geral do Processo Livro Acesso a justiça.
Por: Kronicadaalma • 18/11/2018 • Ensaio • 5.900 Palavras (24 Páginas) • 308 Visualizações
Os desafios da formação acadêmica do Serviço Social com a emergência da modalidade Educação à Distância: inquietações profissionais.
Resumo
Artigo surgiu com a as inquietações como profissional que atua na formação acadêmica e na produção científica e na intervenção em vários espaços sócio ocupacionais. Desde a década de 2000 acompanho as discussões sobre a oferta do Educação à Distância no Bacharelado em Serviço Social e as inquietações sobre, muitas vezes a superficialidade que se abordam o tema, aliado a falta de pesquisas que possam sustentar as afirmações feitas e principalmente as questões envolvidas das relações profissionais com alunos e trabalhadores advindos dessa modalidade nos parecendo que já construímos uma subcategoria de alunos e professores e todas as possíveis faltas éticas que possam serem cometidas ou serão se não nos aprofundamos nessa temática. Os desafios para a categoria estão postos diante do neoconservadorismo vivenciadas nas relações sociais do Brasil hoje.
Palavras Chaves: Serviço Social, formação profissional e Educação à Distância
Introdução
A Educação Superior no Brasil a partir do final década de 1990 e início da década de 2000 tem a intensificação da internacionalização do Capital inserido na sua agenda de financiamento e a oferta de Ensino Privado aumentado de forma significativa a oferta de Educação à Distância como novidade em cursos de Graduação, Bacharelados, Licenciatura historicamente na modalidade presencial ocasionando manifestações contrarias das categorias profissionais organizada, para alguns essa luta barrou, mas a maioria dos curso o Ministério da Educação autorizou e chancelou a modalidade em razão das metas de aumento da taxi de estabelecidas pela UNESCO/ONU e outros pelos organismos internacionais.
O Serviço Social foi um desses cursos que na década de 2000 houve crescente oferta dessa modalidade e entrada vertiginosa de alunos nessa formação. Os órgãos de categoria CFESS, ABPESS e a representação dos Estudantes ENESSO organizaram campanhas permanente, para coibir a abertura desses cursos, luta essa feita junto ao MEC e posteriormente campanhas para desestimular profissionais e alunos na modalidade. Criando campanhas, emitindo resoluções para garantir condições de execução de Estágios Supervisionado e outras que pudessem normatizar a formação acadêmica.
O avanço das ofertas dos Curso na modalidade Educação à Distância e a definição do MEC em manter essa modalidade para com o Serviço Social, um novo desafio se descortina à categoria, para além de negar, e conhecer como se dá esse processo de organização dos conteúdos, quem são os trabalhadores/alunos que estão diretamente ligados a formação acadêmica, qual a produção intelectual que vem sendo construída por esses trabalhadores, que campo de trabalho para o Serviço Social está posto nessa modalidade e quais os desafios a serem vencidos para que possam garantir a formação dentre os parâmetros das Bases Curriculares Nacionais do Serviço Social? Quais tecnologias educacionais envolvidas que podem contribuir na modalidade presencial? Qual é o perfil de formação acadêmica dos envolvidos, quantos grupos de pesquisa estão em funcionamento para dar sustentação a formação acadêmica e a extensão? Quais as condições de trabalho que está posto nesse espaço sócio ocupacional?
Ainda, auais os desafios que a modalidade presencial terá que vencer diante desse quadro que se apresenta no número de ofertas de vagas? Que formação acadêmica se projeta a partir desses modelos puros (presencial e EAD) ou o híbrido - Semipresencial em funcionamento. Como podemos pensar na própria flexibilização que o MEC autoriza, para curso reconhecidos além dos 15% do Estágio Supervisionado Obrigatório, 5% de Atividades Complementares e 20% sendo realizado a Distância, totalizando 40% da formação acadêmica de forma não presencial ou fora da sala de aula padrão?
Questões essas que a categoria e a academia precisam urgentemente discutir e produzir conhecimento para dar sustentação as lutas necessárias a formação profissional, a defesa do projeto ético-político dos assistentes sociais no momento e que neoconservadorismo avança.
Dos desafios a serem enfrentado para a formação acadêmica do Serviço Social
O Serviço Social, profissão especializada entre as outras, nasce após a Revolução industrial do século XVIII e que atende à demanda do capital para atuar nas manifestações da questão social. Inserida nas lutas da classe trabalhadora para ver suas condições de vida e de seus direitos sociais atendidos em uma sociedade em que o Estado é o mediador dessa relação capital/trabalho. Estado este permeado por membros dessas duas classes sociais e que, conforme as forças presentes, pende para umas dessas classes, com mais probabilidade para os capitalistas.
O Serviço Social, como todas as profissões demandadas pelo capital, como especialidade da formação superior generalista procura intervir junto aos indivíduos e grupos vulneráveis advindos da classe operária, tem sua formação no Brasil iniciado na década de 1930, com uma forte vinculação aos quadros da Ação Católica baseado no Serviço Social Franco Belga com a função de controle da moral e costumes, formação acadêmica atrelado aos ensinamentos do pensamento Católico.
Nas décadas em que se sucedem o Serviço Social ira sofrer influencias norte americana com o acesse de literaturas que serão veiculados na formação acadêmica introduzindo a discussão de instrumentos e técnicas e as disciplinas das ciências sociais, propiciando uma formação de cunho científicos com fortes elementos dos usos de técnicas na intervenção.
Esse Serviço Social está atrelado a uma lógica de sociedade que os indivíduos têm papeis rígidos e que a moral religiosa tem forte impacto na vida social, Faleiros, ao discutir esse tema, afirma que essa prática profissional: “se alicerça tanto no processo conservador de manutenção da ordem como no processo renovador [...] de mudança do comportamento em função das normas de higiene social, controle biopsíquico, recuperação dos indivíduos” (2005 p. 13)
Após a década de 1950 com a abertura dos cursos de Serviço Social nas Universidades Públicas e a introdução das disciplinas das ciências sociais, que contribuíram para uma formação mais genérica dentre as ciências sociais aplicadas, intensifica-se a discussão sobre o Código de Ética Profissional e uma base curricular para atender as demandas que a profissão tem principalmente pelo aumento dos espaços sócio ocupacionais em Políticas Públicas e na esfera privada. Promovidos pelos encontros da categoria que cada vez mais se organiza e vai construindo os atuais espaços de lutas da categoria, como seus Conselhos Regionais de Serviço Social - CRESS, o Conselho Federal de Serviço Social – CFESS, bem como a discussão sobre a formação acadêmica que posteriormente ser fará representado pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em serviço Social – ABPESS e por último a organização estudantil a Executiva Nacional de Estudantes em Serviço Social - ENESSO
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