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Os impactos da atual pandemia

Por:   •  16/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  788 Palavras (4 Páginas)  •  151 Visualizações

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Os impactos da atual pandemia.

Iniciando a análise dos impactos da pandemia do Covid-19 na política monetária do Brasil temos primeiramente que considerar os dados do Relatório de Inflação de dezembro de 2019 do Banco Central do Brasil (BCB), texto que nos foi fornecido como material complementar, e perceber que existia uma expectativa de um cenário bem favorável para o crescimento do país e para a política monetária.

No Relatório de Mercado Focus de dezembro de 2019 (mesmo período do Relatório de Inflação citado) conseguimos enxergar um crescimento do PIB, mantendo a taxa Selic em 4,5% e a inflação caindo para 3,6%. Se olharmos esses dados juntamente com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) é possível tirar algumas conclusões que pontuaremos no decorrer do texto.

Conforme o próprio site do Banco Central nos informa, o IBC-Br tem como objetivo mensurar a evolução da atividade econômica do país e contribuir para a elaboração da estratégia de política monetária.

Existem diferenças entre o IBC-Br e o PIB, porém analisando um período maior (1 ano) é possível fazer uma estimativa do PIB. Nesse mesmo site podemos visualizar no gráfico do IBC-Br um crescimento gradual desde 2017 e quando chegamos perto do final de 2018 para 2019 esse crescimento é mais acentuado. Quando buscamos o Relatório de Mercado Focus de dezembro de 2019 há uma coerência com o valor esperado de PIB que subiria para o patamar de 2,28%.

O PIB também é o resultado de uma política monetária estável e controlada. Quando ponderamos os dados de IPCA e Selic do mesmo Relatório de Mercado (dez.2019), vemos uma taxa de juros baixa assim como a inflação que estava abaixo da meta. Valores baixos de Selic podem aumentar o consumo pois as taxas dos bancos ficariam mais baixas, aumentando o crédito na praça, impulsionando o poder de compra e assim teríamos um acréscimo das produções e consequentemente o PIB subiria.

Esses aspectos citados no parágrafo anterior mostram uma política monetária assertiva.

Quando analisamos os gráficos de PMC (Comércio Ampliado), podemos ver uma aceleração no crescimento. O mesmo pode ser notado no gráfico de Setor de serviços (PMS). Ou seja, todos esses fatores têm impacto positivo no PIB, uma vez que PIB é fluxo de dinheiro. Se tem dinheiro girando, está gerando PIB.

Posteriormente, será necessário analisarmos o Relatório de Mercado de março e abril de 2020, período em que já estamos no isolamento social e com o comércio parcialmente fechado. Só assim poderemos concluir quais foram os impactos da pandemia na política monetária do Brasil.

As orientações da OMS e as políticas de isolamento social têm o objetivo de achatarem a curva epidemiológica, porém como efeito colateral temos a acentuação da curva de recessão pois você restringe cada vez mais a oferta de trabalho e acarreta sérias consequências nas indústrias, principalmente a automobilística. Sem indústria e sem comércio, a expectativa Focus para a projeção do PIB começou uma queda abrupta no início do mês de março.

Se pegarmos para estudar a dispersão da máxima e do mínimo do PIB em fevereiro e depois no final de março temos uma dispersão quatro vezes maior o que afirma esse cenário de incertezas de uma crise dessa magnitude, haja vista que uma dispersão maior significa que as expectativas de mínimo e máximo para o PIB estão mais distantes sendo possível diversos cenários.

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