A Negociação e Administração de Conflitos
Por: Aline Asmir • 24/2/2022 • Trabalho acadêmico • 1.578 Palavras (7 Páginas) • 130 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de análise | |
Disciplina:Negociação e Administração de Conflitos | Módulo: |
Aluno: Aline Asmir | Turma: NACMBAEAD-24_15112021_6 |
Tarefa: Analisar de acordo com os métodos estudados de negociação e administração de conflitos cenas de um filme escolhido. | |
Introdução | |
Como todo conhecimento, a negociação é uma arte que pode ser aprendida e aprimorada enquanto seu constante uso. Durante esse estudo iremos analisar cenas do filme Coach Carter. A narrativa conta a história de um ex aluno recordista Ken Carter, voltando ao antigo colégio como coach de basquete. Curioso atentar para o fato de que Coach Caerter faz além do que todos os outros professores que desacreditam no sistema e nos alunos. Ele condiciona o treino do basquete, uma parte importante para a comunidade e atletas ao bom desempenho na escola. | |
Desenvolvimento – análise do processo de negociação representado no filme eleito | |
No filme, Coach Carter se mostra além de um professor, um ser humano interessado no futuro dos alunos de periferia, em não vê-los na rua, vendendo drogas, ou em gangues; o que já o torna um diferencial dos outros professores que se mostram acomodados e pouco interessados em fazer com que algum aluno se destaque. Coach Carter faz um contrato com os alunos/ jogadores que para que fosse seu treinador, eles deveriam manter uma nota mediana (que os ajudaria a precisar de uma média mais baixa para passar na faculdade), frequentar as aulas todos os dias, sentar na primeira fila e usar gravatas nos dias de jogos. Em contrapartida, os professores deveriam dar a ele o relatório de frequência e notas dos alunos. Desnecessário falar da pouca aderência tanto dos alunos quanto dos professores às regras, proém aos poucos Carter foi se posicionando e mostrando o valor de suas regras. Por fim, os alunos não só se renderam as regras como priorizaram os estudos aos jogos, entendendo como isso poderia beneficiá-los mediante aos ganhos que poderiam ter no futuro. O filme passa uma história de superação, resiliência e disciplina.
Coach Carter – Podemos classificá-lo como negociador, principal parte envolvida em toda a narrativa. Por já ter ampla experiência no basquete, diversos recordes, passa uma imagem de segurança e impõe o respeito dos jogadores. Rápido no raciocínio e argumentação diante dos conflitos com alunos, professores, conselho e pais. Alunos – Podemos classificá-los de início como oponentes. Possui uma interação de confiança, porém em alguns pontos ainda são conflitantes. De início há uma barreira grande a ser quebrada, até mesmo por que os alunos não tiveram uma figura que fosse responsável com eles a um nível de se importar com a educação, que não fossem parar nas ruas. Para eles, aquilo era o senso comum e eles eram a voz de autoridade, logo com a chegada do treinador, houve o conflito. Com o tempo, a barreira foi sendo quebrada, as idéias e instruções do coach foram sendo aceitas sem conflitos. Diretora – Classificamos também como oponente, pois existe a confiança no trabalho de Coach Carter, mas há o conflito de não querer causar atrito com a comunidade professores. Professores e conselho que vota a favro de reabrir o ginásio – Classificamos como adversários. Fica claro que não há nenhuma relação de confiança nem no trabalho proposto do treinador, nem nos jogadores, a única intenção ali é não causar problemas, ou trabalho. Manter a comunidade satisfeita.
Podemos dizer que algumas fontes de poder definidas por Cohen foram apresentadas no filme, são elas:
Ken Carter também soube usar táticas de pequenas concessões por exemplo, quando o jogador pediu para entrar no time e não conseguiu concluir a série de exercícios no prazo, o time se prontificou a concluir os exercícios faltantes por ele. Isso foi uma concessão, pois o acordado inicialmente não foi esse. Também utilizou a tática da falsa retirada, quando o comitê votou para que ele reabrisse o ginásio e ele se opôs a isso e disse que se assim fosse, se demitiria. Não era uma ação que ele gostaria de ter, mas neste caso, o comitê votou contra a atitude dele, porém os alunos foram de acordo com seus valores.
Podemos perceber no filme que o treinador utiliza de todos os artifícios possíveis na negociação. É muito claro a forma de se comunicar e saber passar a mensagem de forma clara como ao se referir aos alunos como senhor e exigir que o trate dessa forma. A mudança de intonação na voz é nítida quando quer demosntrar sua autoridade. Também percebe-se que a forma de se comunicar não verbal é efetiva no exemplo de solicitar que os jogadores usem terno e gravata ao se apresentarem aos jogos, mostrando assim uma seriedade no assunto.
O filme todo mostra uma realidade onde uma aproximação dócil não teria dado tanto resultado, portanto julgo positivo todo o comportamento do treinador durante o processo, desde a imposição do respeito através das punições e atitude dura, como no contrato, e rigidez em faze-los entender que o objtivo de tanto esforço tinha uma causa muito maior. Acredito que um ponto que talvez pudesse ser melhorado seria uma abordagem um pouco mais educacional digamos com os pais. Pelo ambiente em que vivem não era normal mesmo ver os filhos indo para faculdade ao invés das ruas, mas mostrar que seriam capazes de ter um futuro, de ser mais do que eram ali talvez tivesse tido um resultado mais amigável e quem sabe mais colaboração.
Considero muito difícil achar um líder tão empenhado no crescimento profissional quanto o que vimos no filme. Em várias empresas pelas que passei o mais normal é ver gestor sem feedback, gestor que tem medo de passar conteúdo e você tome o lugar dele. O contrário também se faz verdadeiro, em meu último emprego, a empresa dava de graça treinamentos pelo menos uma vez por mês para os funcionários e quase todos reclamavam de ir. Eu sempre fui, mesmo quando não era gestora e sempre procurei passar isso ao time, conhecimento você leva com você, não é legado da empresa. É um bem seu, algo que você está construindo, portanto é necessário ter interesse de ambas partes no crescimento profissional. | |
Considerações finais | |
O filme analisado nos mostra a lição de um grande mestre da negociação, além da usabilidade da empatia, valores e ética, que muitas vezes hoje se perde na negociação, princiaplemnte quando conflitos estão envolvidos. A narrativa pode ser considerada um excelente guia na arte da negociação e habilidade na tratativa de pessoas e desenvolvimento de soft skills. | |
Referências bibliográficas | |
CASTRO, Marcela. Negociação e Administração de Conflitos. FGV Aretê Coaching – 6 lições de negociação com Coach Carter -https://aretecoaching.com.br/2019/10/11/6-licoes-de-negociacao-com-o-filme-coach-carte/ - Acessado em: 08/01/22 |
...