A Segurança Internacional
Por: rodriguinhodf • 16/9/2019 • Exam • 579 Palavras (3 Páginas) • 249 Visualizações
- Como as visões construtivista e (neo)realista se complementam/convergem em matéria de Segurança Internacional, e qual a diferença entre o Construtivismo Convencional e o Construtivismo Crítico?
As visões construtivistas e neorrealista se complementam, pois ambas apresentam uma abordagem voltada ao conceito de segurança militar estatal, tendo como objeto referente sua própria defesa. Também, o construtivismo convencional retoma aspectos levantados pela teoria neorrealista acerca da estrutura internacional. Sendo que essa estrutura é formada pela ação dos agentes em busca da manutenção da balança de poder. Além disso, os realistas e construtivistas percebem conceitos acerca dos interesses nacionais construídos discursivamente através de representações, sejam estes países, elementos linguísticos ou pessoas. Sobre a diferenciação entre os construtivistas convencionais e os críticos, tem-se que os convencionais têm uma visão divergente entre a identidade do agente e o objeto referente (no caso, o Estado), bem como suas análises. Já o construtivismo crítico analise mais afundo a segurança da identidade dos agentes, e também possui abordagem epistemológica tocando em temas como a teoria social e sociologia histórica.
- Como as visões do Pós-Colonialismo (1), da Teoria Crítica (2), e do Feminismo (3) se diferem dos tradicionalistas/realistas?
O Pós colonialismo se difere dos tradicionalistas/realistas através da percepção de que o terceiro mundo apresenta especificidades em relação ao que é abordado pela escola pós-colonialista. Tais percepções se baseiam no pensamento de que a segurança é também orientada pela proteção de seus indivíduos e não do seu Estado. O pensamento pós colonialista foca na constituição discursiva do objeto referente (a sociedade), ao invés das estruturas materiais. Além disso, segundo os pós colonialistas, é impossível definir um conceito global de segurança. A teoria crítica possui uma visão pessimista da segurança global, pois ela implica que a segurança dos homens, mulheres e comunidades sofrem com a insegurança do mundo moderno. Essa insegurança faz com que o objeto referente (o indivíduo) precise de um local de fala para, dessa forma, apontar as falhas da segurança no seu contexto de vivência, pois a partir do momento em que o indivíduo conquista esse espaço para expor suas vulnerabilidades, este poderá conseguir a emancipação do Estado, assim, cuidará de sua própria segurança tendo a liberdade de ser pacífico, levando progressivamente à segurança global. O feminismo determina em seu estudo a expansão do objeto referente de modo a alcançar também as mulheres, incluindo-as em setores de segurança não militares. Isso é feito através de visões emancipatórias que, em diversos níveis, admitem todas as experiências femininas e suas dificuldades como um objeto relevante e que deve ser levado em consideração pelo Estado.
- Na sua opinião e com base no texto: para os próximos 10 anos, o Brasil deveria adotar prioritariamente noções tradicionais de segurança ou noções como a de Segurança Humana? Justifique.
Para os próximos 10 anos, o Brasil deveria centrar sua pauta de segurança em prol dos pontos abordados pela teoria da segurança humana. Esta teoria apoia seus esforços na construção do bem-estar do povo, sendo este o objeto referente, dando para os Estados os esforços de defender sete elementos de análise que são pautadas na segurança econômica, alimentar, saúde, ambiental, pessoal, comunidade e política. É percebida uma relevância crescente no uso desta teoria por parte dos Estados por esta ser um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (as ODS) da ONU, que mostra o caminho ideal de desenvolvimento e proteção da sociedade por meio dos Estados, ao invés da percepção tradicional aonde o Estado e o setor militar tem uma forte importância e relevância nas agendas estatais.
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