COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DISCIPLINA: COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

PROFESSOR: JULIO CESAR CABRERA MEDINA

ALUNA: CAROLINNE ARAÚJO CAIAFFO DE ALMEIDA

Relação Bilateral Estados Unidos e Cuba na cooperação Norte-Sul – o renascimento de uma nova etapa para a abertura do comércio e diplomacia

Resumo: O artigo vai tratar acerca da cooperação internacional Norte-Sul entre Estados Unidos e Cuba para a atual preservação das relações diplomáticas e comerciais, indicando os principais pontos que trouxeram o fim do embargo e os reflexos para o começo de uma nova era entre ambos os Estados. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, em que as repercussões demonstram que a cultura econômica global de cooperação entre os dois Estados é um dos mais importantes instrumentos capazes de apaziguar e de evitar o retrocesso na diplomacia e comércio há tanto tempo estagnados causado por um antigo quadro de conflitos durante a Guerra Fria, além do dever de educar e conscientizar a opinião pública e a sociedade civil da necessidade de uma real cooperação entre países com ideologias extremamente distintas. O artigo também se destina a análise inter-regional no que tange ao dever de cooperar internacionalmente para fins de avanços econômicos e sociais e também apontar o que ainda falta para que a relação Estados Unidos e Cuba consiga atingir um nível de integração mais intenso.  O paper conclui que a decisão de ambos os Estados de reestabelecer uma relação diplomática desenvolvimentista após tanto tempo de inércia se faz por meio da cooperação internacional, e mostra que ainda há inúmeras possibilidades e desafios a serem conquistados.

Palavras-chave: Cooperação internacional; embargo; Estados Unidos; Cuba; abertura comercial; desenvolvimento.

Abstract: This article will deal about the North-South international cooperation between the United States and Cuba to the current preservation of diplomatic and trade relations, indicating the main points that brought the end of the embargo and the consequences for the start of a new era between the two the states. This is a literature search, in which the impact shows that the global economic culture of cooperation between the two states is one of the most important instruments to appease and avoid retrogression in diplomacy and trade for both, caused by an old framework of conflict during the Cold War, in addition to the duty to educate and raise awareness among the public and civil society of the need for real cooperation between countries with different ideologies. The article is also intended to make an inter-regional analysis in relation to the duty to cooperate internationally for economic and social progress purposes and point out what remains so that the relationship the United States and Cuba will achieve a level of deeper integration. The paper concludes that the decision of both countries to re-establish a developmental diplomatic relationship after so long inertia is done through international cooperation, and shows that there are still many opportunities and challenges to be conquered.

Keywords: International Cooperation; embargo; U.S; Cuba; trade liberalization; development.

1. Introdução

        O momento em que se arrastou o tumultuado conflito entre os Estados Unidos e Cuba teve início durante a Guerra Fria. A retirada de Fulgencio Batista do poder em Cuba, a relação entre os dois países ficou mais esquentada.

        Cuba aparentava ter tendências comunistas com o novo governo em vigor, de Fidel Castro ao estreitar suas relações com a União Soviética. O governo americano reconheceu o governo de Fidel, mas a partir do momento em que ele subiu os impostos para o país e outras medidas protecionistas, os Estados Unidos responderam com uma retaliação econômica, ou seja, baniu a exportação de produtos para Cuba e o então presidente John Kennedy vingou o tão conhecido embargo econômico, que só foi tocado novamente em 2015, com Barak Obama.

        Juntamente com o fim do embargo, cidadãos que se encontravam presos em ambos os países foram soltos. O ato foi encorajado pelo Papa Francisco e teve sua admissão 18 meses após diversas reuniões com os chefes de estado.

1. Desenvolvimento

No momento da Guerra Fria, a posição geográfica dos países definia em que “lado” os Estados deveriam estar no contexto político. Imperialmente, os Estados Unidos detinham mais influência na América Latina e do Norte, enquanto que a Rússia estava mais ligada à Europa.

O começo de todo o conflito se explica pela presença muito forte da União Soviética em Cuba, país localizado no Caribe, próximo dos Estados Unidos e sua zona de influência. Dos muitos países latino-americanos que concentraram sua atenção no desenvolvimento de fortes relações com os países EUA ou muito democráticas, Cuba tomou a rota alternativa, com a revolução liderada por Fidel Castro e começou a impor uma abordagem mais socialista, o que levou a grandes diferenças de opinião que iniciou a guerra fria entre Cuba e os Estados Unidos.

        Mais uma razão para a diferença foi o fato de que os EUA queriam ter uma enorme influência na América Latina, somente no sentido de proteger os países de influências comunistas, tudo isso incluindo intervenções militares nos países e os países também apoiam cujos governos se concentraram em esmagar os movimentos revolucionários.

        Em 2015, o Presidente Barak Obama se reuniu com o presidente da República de Cuba para então desfazer o silêncio que havia entre as duas nações por mais de meio século. Várias sanções sobre o embargo foram assinaladas e são uma visão mais completa e detalhada do ocorrido. Algumas delas:

        - 19 de Outubro de 1960: Estados Unidos impõe embargo às exportações para Cuba (exceto medicina, alimentação), estende embargo às subsidiárias estrangeiras de empresas dos Estados Unidos, reduz a quota de açúcar cubano em mercado norte-americano a zero, carga listas negras navios que transportam carga de e para Cuba a partir de transporte (Doxey 1980, 35; Losman 1979, 21, 26; Lowenfeld 1977, 33)

        - Janeiro de 1961: EUA-Cuba relações diplomáticas são cortadas; US restringe as viagens a Cuba. (Newfarmer 1982, 128; e Krinsky Golove 1993, 111)