O Liberalismo
Por: eunhaeni • 11/5/2018 • Relatório de pesquisa • 1.823 Palavras (8 Páginas) • 188 Visualizações
Universidade do Vale do Itajaí
CEJURPS – Centro de Ciências Sociais e Jurídicas[pic 1]
Curso de Relações Internacionais
LIBERALISMO
ACADÊMICOS: Esthéfani Gonçalvez
Fernanda de Camargo
Matheus Maia
Professor: Luiz Rebello
Balneário Camboriú (SC), 26 de março
Liberalismo foi um dos produtos filosóficos do Iluminismo Europeu que teve grande impacto no formato das sociedades industriais modernas, ocorreu durante a transição da democracia nos dois hemisférios. Defende um governo limitado e racionalidade industrial, crendo que o Estado não pode intervir na vida os indivíduos. Defende liberdade política, democracia e direitos constitucionalmente garantidos e privilegia a liberdade e igualdade do indivíduo perante a lei.
O liberalismo também discorre sobre a competitividade na sociedade civil e como o capitalismo de mercado promove o bem-estar por realocar com mais eficiência os recursos escassos dentro da sociedade. Com o fim da guerra fria, foi acentuada a influência das teorias liberais das relações internacionais na academia, que até então era desacreditada. Para Fukuyama, com o colapso da união soviética, fica claro que a democracia liberal não tinha nenhuma ideologia com quem competir. O final da guerra fria representou o triunfo do ‘estado ideal’ e a uma forma particular de política economia, o capitalismo liberal. Ele também crê que a forma de governo e política de economia é o destino final de toda a raça humana que acabara por colocar uma série de desafios para a ortodoxia dentro das relações internacionais.
Os eventos de 11/9 levou a uma reflexão por Fukyuama sobre a resistência de várias sociedades sobre a dominação ocidental, esse caminho já não parece tão certo, porém, revive o pensamento dos anos 90, que a disseminação de ordens políticas internas legítimas acabaria por pôr fim ao conflito internacional. Esse pensamento neo-kantiano assume que certos Estados, com uma democracia liberal, constitui um ideal que o resto do mundo vai copiar. Nesse momento há uma grande troca de princípios legitimadores entre os países, que continua após a Guerra fria, há também uma diminuição da violência, “que um mundo feito de democracias liberais deve ter menos incentivo para a guerra sendo que todas as nações irão se reconhecer como legítimas”.
Essa abordagem é rejeitada pelos neorrealistas, que dizem que a anarquia natural do sistema internacional tende a homogeneizar o comportamento da política externa socializando os estados no sistema de políticas de poder, não há uma autoridade que regule o comportamento de cada um.
Indo contra a visão anarquista do comportamento das relações internacionais, Doyle’s argumenta que há um aumento no numero de países que aprenderam a resolver seus conflitos sem violência.
Os liberais seguem a linha de pensamento de Kant quando dizem que a paz é um estado que pode ser perpétuo. As leis da natureza que ditam a harmonia e cooperação entre as pessoas, a guerra, pelo contrário, é irracional, que não é produto da peculiaridade humana. As guerras foram projetadas por uma “classe guerreira” empenhada em ampliar seu poder e riqueza conquistando outros territórios e também as guerras fazem os governos aumentarem taxas, expandir seu aparato burocrático e controlar os cidadãos, estes, por outro lado, são amantes da natureza que são colocados em conflito por ditadores que não os representam.
Para os liberais, a doença da guerra pode ser tratada com dois remédios, democracia e livre comércio.
Segundo Doyle a democracia liberal é única em sua vontade e habilidade para estabelecer a paz, essa pacificação na relações internacionais entre estados liberais é o produto direto do compartilhamento de suas políticas de ordem baseado nos princípios democráticos e institucionais. As democracias, apesar de tudo, mantem um saudável apetite para conflitos com governos autoritários, como por ex os conflitos no leste asiático.
As diretrizes e principais bases para estabelecer relações harmoniosas entre povos liberais e não liberais sob uma lei comum dos povos, leva a teoria liberal internacional em uma direção mais sofisticada porque ela reconhece explicitamente a necessidade de um pensamento utópico para ser realista.
Intervenção Humanitária
Pode-se perceber que as formas de intervenção humanitária seguem um tipo de padrão, levando em direção a um sistema de justiça global. O prisma ideológico da Guerra Fria destacou a natureza duvidosa das intervenções no período moderno, houve um otimismo pós Guerra, porém, com a recente onda de antiocidentais, o terrorismo islâmico, dilemas intelectuais e reversões políticas são situações pelas quais não estavam preparados.
Referente a intervenção estatal na economia, naquela época, está foi necessária, pois ajudou que funcionasse o livre comércio, trocas comerciais, que sempre foram políticas do Estado, este, protege os "embriões" industrias da competição externa, até estarem prontos para lutar pelo seu espaço no mercado em pé de igualdade.
Os governos ocidentais se tornaram mais preocupados com a eficiência da produtividade e menos com o bem estar e justiça social, o poder de regular o mercado foi corroído, os meios pelos quais sociedades poderiam ser gerenciadas para reduzir as desigualdades diminuiu consideravelmente.
Segundo a teoria liberalista, deve ser permitido troca de dinheiro e bens sem preocupação, deve haver poucas restrições legais em relação ao comércio, um mercado global aberto, aí somente o livre comércio maximizará a economia, porém, o "protecionismo" penaliza o desenvolvimento das nações, os excluindo da entrada no mercado global.
Para Smith, a "mão invisível" de forças do mercado direciona todos os membros da sociedade em todos os estados, para a posição mais vantajosa da economia.
As formas de comércio de comércio internacional mudou muito nas últimas décadas, a ideia do Estado negociando uns com os outros de forma discreta se tornou quase sem uso, agora, mais de 40% de todo o comércio ocorrem dentro das empresas, gerenciadas de forma centralizada, esse tipo de ação vai contra a vantagem comparativa. Com todas essas mudanças, os governos acabam tendo que facilitar os vínculos entre as empresas, o que seria contra a teoria neoliberal.
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