Como melhorar o ensino médio brasileiro?

COMO MELHORAR O ENSINO MÉDIO BRASILEIRO?

Esse trabalho teve como base o tema da prova de redação do vestibular da UFPR de 2013. Recentemente, a UNICEF lançou um documento chamado “10 desafios do Ensino Médio no Brasil”, mostrando as principais barreiras, junto com as respectivas soluções, da escola no nosso país. Não é de se impressionar que este tema tornou-se discutível nos últimos tempos. Estudos recentes mostram que 1,7 milhão de adolescente de 15 a 17 anos estão fora da escola. Dos que a frequentam, mais de 30% estão com atraso escolar.  Ao ouvir esses adolescentes, constatou-se que uma das principais causas da evasão escolar é falta de contato direto dos alunos com os conteúdos estudados. Explicar conteúdos que não fazem parte do dia a dia de alunos torna o aprendizado muito abstrato. Quando falamos de jovens de baixa renda, que compartilham a escola com empregos e se encaixam na faixa dos economicamente ativos, o aprendizado que não entrete e não chama a atenção é dificilmente absorvido.

Muitos jovens não veem sentido na escola.  Para a maioria deles, apenas matemática e língua portuguesa trazem algum aprendizado significativo. Visando a isso, o Porvir, um programa de inovações na educação, instala em escolas ao redor do Brasil o programa de ensino integral, onde alunos passam o dia na escola, tem disciplinas diferenciadas e podem focar os estudos extracurriculares em temas de seu interesse. Além disso, muitas escolas públicas oferecem cursos técnicos, que mantêm os jovens que ingressaram no mercado de trabalho na escola, onde agregam conhecimentos referentes a área de atuação.

Segundo dados do IBGE, os jovens entre 15 e 17 anos representam a faixa etária que mais utiliza a Internet no país. É nesse aspecto que mora uma das deficiências da escola. Professores estagnados nas décadas passadas e, até mesmo, desanimados com seus empregos, não utilizam a tecnologia a seu favor e tornam as aulas pouco atrativas. Alunos entrevistados em uma pesquisa expressaram sua “indignação” falando que seus professores não fazem a mínima ideia do que seja Twitter e outras redes sociais. Utilizando recursos tecnológicos, os professores tiram os conteúdos do papel e mostram outro lado dos conteúdos para seus alunos.  Utilizando vídeos e plataformas para integrar os conteúdos a realidade são ferramentas para tornar as aulas melhores.

Aulas práticas são, por unanimidade, as preferidas. Por isso, é importante incentivar a participação em olimpíadas científicas. Além de serem desafiadoras, abrem muitas portas em relação a bolsas de estudo, vagas em universidades mundo afora e prêmios em dinheiro.

O desafio final é preparar o jovem para o mundo pós-escola. Mostrar que o mercado de trabalho exige, cada vez mais, profissionais qualificados e frisar que o ensino escolar é o mínimo necessário para o ingresso neste espaço, além de incentivar o autoconhecimento, a descoberta de talentos e vocações e o desenvolvimento do senso critico, atuando como formadores dos profissionais do futuro.