Crack, estou fora
Por: Fernanda Fraga • 5/11/2015 • Seminário • 1.395 Palavras (6 Páginas) • 159 Visualizações
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
20ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA CELESTE GOBBATO
CENTRO DE REFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
PALMEIRA DAS MISSÕES - RS
Crack, não se envolva
para não ficar envolvido
Palmeira das Missões
Abril de 2010
INTRODUÇÃO
Crack é uma droga altamente estimulante, fumada como pedra em cachimbos. Entra no corpo por intermédio dos pulmões, atingindo o cérebro mais depressa do que quando aspirada, desequilibrando a química cerebral mais rapidamente e deixando o equilíbrio hormonal do cérebro em desordem.
É uma droga de fácil acesso, sem cheiro, de efeito imediato e leva ao aprisionamento do usuário, tornando-o dependente dela.
Hoje vivemos uma epidemia do consumo de crack, este está presente em todas as cidades brasileiras.
O QUE É CRACK
Em 1980 a pasta de coca foi transformada numa forma nova, chamada base livre, o que possibilitou ser fumada , ou seja, o crack nada mais é do que uma nova via de consumir a cocaína, porém seis vezes mais potente que ela. A fumaça do crack vai para os pulmões e assim passam para a corrente sanguínea mais rápido. Devido haver pouca quantidade de cocaína nas pedras, é mais barato que a cocaína, de fácil acesso, por isso alcança todas as classes sociais. Porém, o custo baixo é ilusório (em média de R$ 5,00), já que o usuário sente necessidade de fumar de vinte a trinta vezes por dia.
Geralmente a porta de entrada para o uso do crack é o uso de outras drogas, em que o usuário recorre a ele por falta de dinheiro para manter seu vício, o degrau mais baixo.
A palavra “crack” deriva do verbo “to crack” que significa quebrar, devido o som que a pedra faz quando é aquecida no cachimbo de crack, esse som é causado pelo bicarbonato de sódio.
EFEITOS, COMO AGE E O VÍCIO
O crack é mais potente do que qualquer outra droga, tem poder muito maior de gerar dependência por ser estimulante, porém, é a forma de uso e não a composição que torna-o potente. Além da dependência física, pode causar morte devido a sua ação, principalmente no sistema nervoso central e cardíaco.
Geralmente, o crack é fumado em um cachimbo de vidro (ou improvisado), onde o usuário aquece a parte de baixo do cachimbo, conseqüentemente o crack começa a evaporar, produzindo uma fumaça que é aspirada para dentro dos pulmões, passando para a corrente sanguínea.
Muitas vezes esse cachimbo é uma lata de alumínio, o que pode causar intoxicação pelo metal, já que o alumínio é aquecido junto com o crack, causando danos maiores ao cérebro, pulmões, rins e ossos.
A fumaça do crack gera lesão nos pulmões, o que faz com que os dependentes tenham maiores chances de problemas e doenças respiratórias como pneumonia e tuberculose, tosses, falta de ar e dores fortes no peito. Podendo degenerar o sistema esquelético.
O usuário torna-se totalmente dependente, ao ponto de não poder controlar suas vontades e desejos, pois o uso do crack altera quimicamente parte do cérebro.
Após se espalhar pelo corpo, essa droga age no cérebro, na parte chamada “área tegmental ventral” (VTA). Onde passa a interferir num neurotransmissor químico do cérebro, chamado dopamina, cuja função está ligada nas respostas do corpo referentes a prazeres (é liberado quando executamos uma tarefa prazerosa, como comer algo que gostamos). Assim que liberada pelo cérebro, a dopamina viaja através das células nervosas, ligando-se a um receptor em outra célula nervosa (neurônios), produzindo um sentimento bom. Normalmente, assim que enviado esse sinal, a dopamina é reabsorvida pelo neurônio que a liberou.
O uso do crack faz com que esse ciclo interrompa-se, evitando a reabsorção natural, fazendo com que a dopamina continue a estimular o receptor, causando sentimento fixo de empolgação ao usuário.
Ele age mais rápido do que a cocaína, entre dez segundos, porém seus efeitos duram menos, aproximadamente doze minutos, depois desse tempo aparece uma intensa depressão, surgindo necessidade de repetição, provocando intensa dependência.
O crack deixa muitos efeitos de grande significado e perigosos no corpo. Após o seu uso, todo o organismo passa a executar as tarefas em função dele.
O crack eleva a temperatura corporal, destrói neurônios e provoca degeneração dos músculos do corpo, conhecido como rabdomiólise. Causa aceleração dos batimentos cardíacos podendo chegar a convulsão, aumenta a pressão arterial, aumenta os riscos de um derrame cerebral e infarto.
Afeta também o sistema digestivo do usuário, causando náuseas e dores abdominais.
O usuário quase não come e nem dorme, emagrece rapidamente, perde hábitos básicos de higiene e cuidados com a aparência. O uso do crack dilata as pupilas, causa suor intenso, tremores, excitação, insônia, inapetência, menor aptidão física e mental.
Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder, falar mais que o normal, idéias paranóicas, alucinações, agressividade e aumento da auto-estima temporariamente; oscilações de humor, deficiência de memória e de concentração, frustração e dificuldade de relacionamentos afetivos.
O uso do crack também diminui o desejo sexual, os homens têm dificuldades para conseguir ereção, já algumas mulheres recorrem a um comportamento promíscuo para conseguir manter o vício, deixando-as suscetíveis a doenças sexualmente transmissíveis.
Quando é inalado com álcool, as duas substâncias podem combinar-se no fígado formando uma substância tóxica e potencialmente fatal, o cocaetileno, que faz com que aumenta ainda mais os batimentos cardíacos, levando a resultados letais.
TRATAMENTO
No momento em que um viciado resolve parar de consumir o crack, ele passa por uma crise de abstinência. A abstinência causa apatia, irritabilidade, ansiedade, necessidade intensa da droga, agitação, raiva, isolamento social, fadiga, depressão, desorientação geral e desgaste físico (exaustão).
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