A EDUCAÇÃO PARA A PAZ POR INTERMÉDIO DE UM ENSINO HUMANIZADO
Por: carlapatricia123 • 12/11/2017 • Dissertação • 1.297 Palavras (6 Páginas) • 188 Visualizações
FACULDADE AGES
EDUCAÇÃO PARA A PAZ POR INTERMÉDIO DE UM ENSINO HUMANIZADO
Bahia
2015
CARLA PATRÍCIA ALVES SALES
EDUCAÇÃO PARA A PAZ POR INTERMÉDIO DE UM ENSINO HUMANIZADO
P. U. apresentada no curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade AGES como um dos pré-requisitos para a obtenção das nota parcial das disciplinas: Estudos Aprofundados no Ensino da Literatura, Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Geografia, sob a orientação do professor Maurício Ramonnd.
Bahia
2015
O contexto educacional com o passar do tempo sofre alterações, e esse constante processo de mudanças interfere diretamente na função social da escola em cada época, de modo que, faz-se necessário a cada tempo modificar suas ações educativas, bem como seus fins e objetivos no intuito de adequar-se às novas demandas sociais.
Nesse sentido, compreender a missão da escola perante as novas configurações da sociedade, torna-se essencial para avaliar a sua tarefa diante das implicações que emergem do processo educativo. Assim sendo, é imprescindível à instituição escolar a compreensão de que na atual conjuntura brasileira do século XXI, o que a população está precisando é o encaminhamento de ações inerentes do desenvolvimento humano, posto que, as escolas devem ser lugares que propiciem o aprendizado e o desenvolvimento global de todos os alunos.
Acerca disso, Silva (p. 12) ressalta que “ter clareza da função social da escola e do tipo de homem que se constrói é fundamental para realizar uma prática pedagógica socialmente comprometida”. Na visão da autora a escola precisa engajar-se em causas sociais, especialmente pelo fato dos contrastes num país onde há desigualdades absurdas de ordem social, econômica e cultural.
Por isso, é de suma importância os envolvidos na educação criarem novas consciências e dispensarem um novo olhar para o processo educativo, que para atender a demanda da atualidade clama por uma cultura de paz, na qual o direito da criança e do adolescente seja respeitado, e por meio da qual haja o enfrentamento das desigualdades sociais.
Na concepção de Noleto (2010, p.11), “a cultura de paz está intrinsecamente relacionada à prevenção e à resolução não violenta dos conflitos. É uma cultura baseada em tolerância e solidariedade, uma cultura que respeita os direitos individuais (...)”. No entanto, a realidade do Brasil está mais voltada para a cultura de guerra, onde o que se vê nos jornais são cenas de exclusão social e violência contra crianças e adolescentes.
Inúmeros são os fatores que contribuem para que se instaure este quadro de tensão vivida pela população brasileira, e que acomete também as nossas escolas. São ações deliberadas por uma elite que dificultam a oferta de serviços sociais à classe menos favorecida. Políticas públicas para formação de professores que não condizem com as reais necessidades do alunado das escolas públicas. Além de uma cultura escolar que privilegia sempre a criança branca, de classe alta e/ou média, desmerecendo a grande massa que são aqueles que não atendem a esses requisitos.
Contudo, a educação para atender a uma minoria da população, já não é viável. Mas ao contrário, esta entidade precisa exercer um novo papel, no qual a escola deve ser vista como um espaço sociocultural, que precisa trabalhar na perspectiva de garantir a justiça social para todos. Posto que, nos espaços escolares, não se aprende só a ler e escrever, mas a desenvolver relações sociais a partir da interação solidária com o outro, pois, as experiências culturais e educativas se dão em todos os âmbitos e no decorrer de toda a vida do sujeito, de modo a interferir diretamente nos resultados obtidos na escola.
Todavia, grande é o desafio encontrado pelo professor, dado que, a intolerância, a ausência de parâmetros que orientem a convivência pacífica e a falta de habilidade para resolver os conflitos são algumas das principais dificuldades detectadas no ambiente escolar. Diante dessa situação tão corriqueira nas instituições de ensino Chalita (2008) enfatiza que a escola não tem cumprido bem o seu papel, pois:
Uma escola é ou deveria ser um espaço de paz, um local em que se aprende a ser, a conviver, a conhecer e a fazer. Uma escola é ou deveria ser um encontro, em que mestres e aprendizes trabalham, juntos, para transformar sonhos em realidade. A educação é o passaporte da liberdade, da autonomia, da promessa de futuro.
Desse feito, a educação pode contribuir para uma cultura de paz se for pautada na busca pela sensibilização dos educandos para um aprendizado interdisciplinar e global, no tocante a questões culturais, sociais e ambientais. Nesse sentido, Santos (2011, p.37) salienta que ”a educação ambiental tem por objetivo sensibilizar as pessoas, buscando transformá-las em indivíduos críticos, (...) exercendo desse modo o direito à cidadania, instrumento indispensável no processo de sustentabilidade socioambiental”.
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