A RELAÇÃO FUNDAMENTAL ENTRE TEORIA E A PRÁTICA NO APRENDIZADO DA QUÍMICA
Por: Francielle Carvalho • 4/4/2017 • Artigo • 2.072 Palavras (9 Páginas) • 490 Visualizações
A RELAÇÃO FUNDAMENTAL ENTRE TEORIA E A PRÁTICA NO APRENDIZADO DA QUÍMICA
Antonio Gerffeson Da Silva Freitas
Cassio Alencar Barreto
Francielle Carvalho De Oliveira
Ivan Gustavo Freitas Cavalcante
Resumo
O presente artigo tem como objetivo discutir acerca da construção do conhecimento a partir de aulas teóricas e prática. Para tanto, buscou-se referênciass bibliográficas acerca do assunto, e estabeleceu-se uma relação entre as aulas práticas e teóricas de Química Geral realizada na Instituição de ensino superior da UFERSA, Campus Pau dos Ferros. Conclui-se que a experimentação é uma ferramenta de ensino que contribui para motivação do aprendizado do aluno, que finalmente irá conseguir visualizar o que foi visto em sala nas aulas teóricas, no entanto as escolas vêem dificuldades ao tentar implantar essa metodologia.
Palavras-chave: Ensino. Química. Experimentação.
Introdução
As finalidades básicas do aprendizado na química são consolidadas com as práticas laboratoriais e com isso podemos seguir em frente e aprofundar nossos estudos; relação entre teoria-prática traçam um papel fundamental no que se refere a um aprendizado qualitativo pois unem o conhecimento aprendido em sala de aula e as práticas teóricas no laboratório, abrindo assim uma nova gama de conhecimentos. É necessário que o aluno participe ativamente, durante as aulas práticas, para a construção do conhecimento e que o professor conduza o aluno para a elaboração de ideias através de questionamentos, que os alunos possam buscar soluções para o problema. Em outras palavras, apresenta-se o problema e o aluno necessita usar seus conhecimentos para solucioná-los, pois se entende que o estudo realizado através de descobertas pelo próprio aluno tem mais efcácia. (SOUZA, et al, 2014)
Sendo assim, a relação teoria e prática devem ser valorizadas durante o processo educacional para que a Química seja assimilada de maneira mais rápida, interessante e eficiente. De acordo com os estudos de Veiga et al (2012), para melhorar o processo ensinoaprendizagem, uma alternativa seria aumentar as atividades experimentais em laboratórios, porém, muitas vezes não é possível, pois a maioria das escolas não possui estruturas laboratoriais. No entanto, experimentos de baixos custos, como a confecção de sabão e instrumentos laboratoriais como o destilador caseiro, são alternativas economicamente viáveis e que não exigem estruturas específicas para executá-las, cabendo ao professor explorar os possiveis conteúdos relacionados a essas atividades.
De acordo com o Ministério da Educação (2013), deverão contemplar o desenvolvimento de metodologias para a sistematização do conhecimento, por meio da experimentação, da vivência e da observação, da coleta e análise de dados e da organização das informações a partir da reflexão sobre os resultados alcançados. Pode- se dizer que as aulas práticas laboratoriais tem uma função pedagógica quando auxilia o aluno na compreensão de conceitos e fenômenos químicos, quando o aluno começa a discutir, interpretar e explicar situações experimentais.
2 O atual sistema de ensino da química
Atualmente, o ensino fica subordinado ao mecanicismo de memorizar fórmulas matemáticas e conceitos científicos sem relação alguma com a vida do educando. Ou seja, o saber pronto e acabado que as pesquisas científicas nos trazem, não estimula o raciocínio crítico do aluno (FERNANDES, 2016). O professor segue o livro didático, com foco principal na memorização mecânica dos fatos, sem dar oportunidade para que o aluno faça suas descobertas (SOUZA, et al, 2014). Os livros didáticos podem ser, e são, na maioria das vezes, utilizados como instrumentos educacionais que auxiliam os educadores a organizarem suas ideias, assimilar os conteúdos e proceder à exposição aos alunos, porém, o professor deve evitar utilizar apenas deste recurso didático em suas aulas (LOBATO, 2007 apud VEIGA, et al)
Diante disso, toma-se como referência a importância das aulas práticas para o ensino de ciências naturais, busca-se então, a reflexão acerca da pesquisa e experimentação prática no ensino de Ciências Naturais, tendo em vista a produção de conhecimento, uma vez que para se perceber como um ser integrante do mundo, o aluno deve entendê-lo e interpretar as ações e os fenômenos que observa e vivencia em seu dia-a-dia (SOUZA, et al, 2014).
Em um estudo feito por Romero (2013) comparou-se o rendimento de uma turma d ensino médio entre os anos de 2011 e 2012, no qual no primeiro ano mencionado, a professora nao utilizou a experimentação como ferramenta no ensino aprendizagem dos conteúdos, enquanto que no segundo ano, houve a utilização dessa ferramenta. Como demosntra o gráfico 1, ocorreu um considerável aumento no rendimento acadêmico dos alunos com o uso da experimentação em sala de aula.
GRÁFICO 1- Comparação do rendimento nos anos letivos de 2011 (semexperimentação) e 2012 (com experimentação)
GRÁFICO 1. As colunas em azul presentam os conceitos obtidos no ano de 2011 e as colunas em vermelho representam os conceitos btidosno ano de 2012. O Eixo y representa o conceito obtido (0 a 10) e o Eixo x o número de alunos. A tabela abaixo do gráfco indica o número de alunos/ano que obtiveram os conceitos indicados no Eixo y. Fonte: Romero (2013)[pic 1]
De acordo com os resultados obtidos pelo estudo, no ano de 2012, apenas 1 aluno não atingiu o aproveitamento mínimo. Em 2011, a porcentagem de
alunos com aproveitamento mínimo satisfatório era 90,63%, e essa porcentagem aumentou para 96,88% em 2012.
Outro estudo realizado nessa área indica que somente 58,6% dos 29
professores consultados, afirmam que fazem uso de atividades experimentais. Pontes (2008), autor desse estudo, relata que eles não realizam
as atividades experimentais porque as escolas não
dispõem de laboratório para tal fim. Outros, afirmam que não fazem porque a carga horária da
disciplina é pequena, quando comparada ao excesso de conteúdo teórico. E tem aqueles
professores que mesmo dispondo de todas as condições para exercitarem as práticas no
laboratório, não o fazem porque simplesmente não gostam de fazer experimentos.
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