Direitos Humanos E Violencia Contra A Mulher

As formas de manifestações da violência alcançam um amplo leque de comportamentos, relações e práticas. Essas formas plurais e multifacetadas foram ao longo da história, sendo formuladas e reformuladas, de modo que qualquer compreensão mais abrangente do fenômeno hoje requer uma aproximação com as diferentes correntes teóricas. Aspectos distintos interferem, portanto na dialética da violência: fatores intrapsíquicos, estruturais, culturais, sócio-políticos, éticos e outros. Três tipos de explicação sobre violência são importantes destacar, a primeira é a explicação psicológica onde o fenômeno da violência é explicado como “o emprego desejado da agressividade com fins destrutivos”, seja como uma forma de desrespeito e de negação do outro”, a segunda é a explicação sociológica onde cada sociedade num determinado período histórico produz normas sociais e culturais de relacionamento que servem de parâmetro para a compreensão do fenômeno da violência e segundo Santos (1986) ainda destaca a interferência no mundo atual dos conflitos relacionais que agregam às relações de dominação. A violência nesta perspectiva poderia ainda ser explicada, como “um ato de excesso, qualitativamente distinto, que se verifica no exercício de cada relação de poder presente nas relações sociais de produção social” e a terceira é a explicação antropológica que para a Antropologia, a violência apresenta uma pluralidade de manifestações que precisam ser analiticamente investigadas e nesse sentido, os estudos antropológicos atuais focalizam a atenção no estudo sobre a criminalidade, os conflitos de gerações e a violência institucional. Em relação as dimensões da violência contra a mulher elas se dividem em dimensões econômicas que são formas de violências que se manifestam e se expressam no plano material e da reprodução do homem, dimensões simbólicas que são formas de violências que se expressam no plano do psíquico, da subjetividade, dos afetos, das idéias, dos valores, das relações interpessoais e sociais e dimensões corporais que são formas de violências que se manifestam no plano físico (agressões físicas, estupro, abuso sexual, falta de respeito, sexualidade precoce). No que diz respeito aos fatores de produção de violência está que os fatores estruturais estão relacionados as desigualdades sociais, as disparidades regionais e os indicadores sociais e econômicos tem interferido no aumento da criminalidade urbana; os fatores culturais estão relacionados com a pobreza não tem explicado a perda de referenciais éticos nas interações entre indivíduos e grupos e a imagem, tão bem explorada e comercializada nos meios de comunicação de massas, vem reforçando a cultura do medo e a banalização da violência com isso os valores individualistas tem influenciado no processo de rotinização da violência; e os fatores éticos-políticos estão relacionados com a falta de vontade política para apurar a responsabilidade penal de agressões, agentes do Estado e a falta de controle do aparelho repressivo do Estado por parte da sociedade civil. Falar sobre o islamismo, países muçulmanos, cultura árabe gera vários estereótipos: desde tendas do deserto, dança do ventre, “feiticeiras”, até extremismos e atentados, percebe-se que principalmente vem à tona a situação das mulheres, considerada de extrema submissão, vítimas de “violências

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