Um Gerenciamento de Crise

POLÍCIA COMUNITÁRIA¹  

David Reubem, Gabriel Rodrigues da Silva, Murillo Caetano, Paulo Borges Campos Neto, Rogério Luiz Abadia, Vinícius Magalhães Godinho²

1 Resumo expandido apresentado ao curso de Gestão em Segurança Pública orientado pela professora Cassira Lourdes de Alcântra Dias Ramos Jubé.

2 Acadêmicos do Curso de gestão em Segurança pública do Centro Universitário de Goiás Uni-Anhanguera.    

RESUMO:  O presente artigo tem por análise o desenvolvimento do policiamento comunitário dentro do atual modelo exercido pelos profissionais de Segurança Pública. Mediante ao cenário vivido pela sociedade, onde há um crescente número de casos delituosos e desordem física e moral. Diante disso é trabalhado novas práticas para que a polícia possa executar melhor a efetiva proteção e garantia dos direitos humanos dos cidadãos. Constatou-se que o modelo de polícia tradicional não tem surtido os efeito esperados na diminuição dos índices de criminalidade surgindo assim o Policiamento Comunitário, que abre novas portas de atuação para as polícias, buscando a participação da comunidade, pois através dela é que o policiamento comunitário consegue ter ciência dos acontecimentos e fatos no meio público e, portanto, a integração entre polícia e cidadão. A Prevenção é o foco dessa política de segurança pública.

Palavras-chaves: Policiamento comunitário, Polícia tradicional, Polícia militar, Segurança Pública.

1 INTRODUÇÃO

O cenário da segurança pública está marcado pela falência, criando assim o cotidiano manchado pela violência e criminalidade. No Brasil existe à disposição um modelo tradicional que não atende com eficácia ás necessidades preventivas e que não segue uma linha democrática. A segurança nesse padrão rústico não está voltada para a prevenção, desfocando a comunidade que é uma peça principal nesse contexto, criando-se um modelo restrito em que existe um abismo na relação entre polícia e cidadão. Ainda existe um resquício predominante da ideia de segurança nacional dentro das corporações.

A ideia de confiança da comunidade no policial deve ser trabalhada pelo fato de existir contradições que colocam os dois lados em lugares diferentes na hierarquia social. Assim desenvolvendo a necessidade de uma nova forma de policiamento que se aproxime da comunidade e que principalmente mantenha uma linha de confiança para que a manutenção da segurança pública tenha a participação de todos.

  As ações policiais com o apoio e a confiança da comunidade são legitimadas e bem vistas, colocando em pauta a proposta de policiamento comunitário que é uma alternativa para evolução da segurança pública em nosso país. O estudo propõe analisar o estilo de policiamento tradicional e o policiamento comunitário, explorando ambas as partes e colocando na balança os dois temas a serem discutidos.  

 A proposta do policiamento comunitário procura aproximar e introduzir o cidadão na manutenção da segurança pública, rompendo a distância da polícia, originando um serviço mais aberto, participativo e ativo dentro da comunidade. O envolvimento é essencial pois o cidadão local é o detentor das informações claras sobre a criminalidade local.

   Pretende-se mostrar e desenvolver a proposta de policiamento comunitário fugindo da ideia de polícia tradicional e mostrando a importância da participação de todos para um desenvolvimento preventivo a criminalidade.

O policiamento comunitário é uma filosofia de policiamento personalizado de serviço completo, onde o mesmo policial patrulha e trabalha na mesma área ou em uma base permanente, a partir de um local descentralizado, trabalhando em parceria preventiva com o cidadão para identificar e resolver os problemas.

   A nova forma de policiamento segue princípios e contém características que definem claramente, englobando os seguintes itens: Elementos, Definição, Filosofia, Policiamento, Prevenção, Parceria e atenção voltada para a resolução dos problemas.  

2 METODOLOGIA

O estudo quali-quantitativo, que visa apresentar um novo modelo de policiamento baseado na comunidade e parceria de todos, discutindo o modelo tradicional e propondo uma nova ideia de policiamento comunitário. O material foi obtido por meio de pesquisas bibliográficas em artigos específicos, livros, sites eletrônicos, assim como estudos acadêmicos que abordam esse tema, pesquisando também sobre o policiamento comunitário no Estado de Goiás.

3 DISCUSSÃO E RESULTADOS

3.1 Definição de Policiamento Comunitário

 Definir policiamento comunitário palavras é um desafio. Explicar como o fenômeno vem sendo experimentado por vários países, principalmente a partir de quando surgiu a Administração Gerencial, enquanto as práticas tradicionais são seculares. Implantar as mudanças requeridas pelo policiamento comunitário exige uma ruptura com o paradigma existente e a reformulação de conceitos que nem sempre foram plenamente aceitos pelos policiais militares, vez que tiveram sua formação profissional voltada aos métodos repressivos e distanciada do cidadão. A definição de policiamento comunitário, embora não sendo uma tarefa fácil, teve uma aceitação ampla e a convergência ao conceito apresentado por Trojanowicz e Boqueroux: (O policiamento comunitário é uma filosofia de policiamento personalizado de serviço completo, onde o mesmo policial patrulha e trabalha na mesma área numa base permanente, a partir de um local descentralizado, trabalhando numa parceria preventiva com o cidadão para identificar e resolver os problemas).

3.2 Princípios de Policiamento Comunitário

São princípios de Policiamento Comunitário:         

- Filosofia. A filosofia do policiamento comunitário baseia-se na crença de que os desafios contemporâneos requerem que a polícia forneça um serviço de policiamento completo, preventivo e repressivo, envolvendo diretamente a comunidade como parceira no processo de identificação e resolução de problemas, incluindo crime, medo do crime, drogas ilícitas, desordens físicas e sociais e decadência do bairro. Um amplo engajamento do departamento implica em mudanças tanto nas políticas quanto nos procedimentos.

- Personalizado. Com o fornecimento à comunidade do seu próprio policial comunitário, o policiamento comunitário quebra o anonimato de ambos os lados – os policiais do policiamento comunitário e os residentes de área se conhecem a ponto de se tratarem pelo nome.

- Policiamento. O policiamento comunitário mantém um forte enfoque repressivo; os policiais comunitários atendem às chamadas de serviço e realizam prisões como qualquer outro policial, porém, eles se preocupam também com a resolução preventiva dos problemas.