A SÍNTESE O CAPITAL, CAPÍTULO V: PROCESSO E VALORIZAÇÃO DO TRABALHO
Por: SabrinaThiem • 6/6/2022 • Resenha • 829 Palavras (4 Páginas) • 144 Visualizações
SÍNTESE O CAPITAL, CAPÍTULO V: PROCESSO E
VALORIZAÇÃO DO TRABALHO
Para Marx, o trabalho é um processo da relação entre homem e natureza,
em que o homem, por ação própria, faz a mediação dos recursos naturais
apropriando-se da sua matéria e transformando-a em algo que seja útil para sua
subsistência, que satisfaça necessidades humanas e, portanto, tenha valor de
uso. Essa ação de modificação dos recursos naturais em instrumentos e
artefatos para uso, faz com que este desenvolva as habilidades e potências
antes adormecidas na matéria natural e ao fazer isto, o homem transforma a
natureza e também a si mesmo. O trabalho ao qual Marx se refere aqui é restrito
ao homem, pois este diferencia-se das demais espécies por, antes de realizar o
trabalho, idealiza-lo. Sendo assim, o trabalho restrito ao homem é aquele feito a
um fim e para o autor, é isto que diferencia o pior arquiteto da melhor abelha.
Os elementos simples que constituem o processo de trabalho são a força
de trabalho - ou o próprio trabalho -, além de seus objetos e meios.
Os objetos do trabalho são aqueles aos quais o trabalho será realizado,
sendo aqueles que são retirados diretamente da conexão com a terra chamados
de objetos de trabalho preexistentes e aqueles aos quais já foram sujeitos ao
trabalho, nomeados de matéria-prima. Assim, o minério arrancado diretamente
do local onde a natureza o fez é considerado um objeto de trabalho preexistente
na natureza, no entanto, ao ser retirado do local referido pela ação do trabalho
deixa de ser produto natural e ao ser levado para lavagem, chega como sendo
denominado matéria-prima.
Quanto aos meios de trabalho, Marx traz estes como sendo o que o
trabalhador coloca entre si e o objeto de trabalho, podendo ser alguma coisa ou
um complexo de coisas, que conduzem a atividade da transformação do objeto
de trabalho em uma utilidade ao homem. Em outras palavras, são como um
acréscimo ao seu corpo e, portanto, uma forma de potencializar o modo com que
o homem pode trabalhar sobre o objeto de trabalho. Uma pedra lascada por
exemplo, utilizada nas civilizações pré-históricas para a caça, não é o objeto de
trabalho e sim o meio para trabalhar em cima do objeto. Numa análise simplista
e contemporânea, as máquinas agrícolas, por exemplo, são meios de trabalho
pelo qual o homem realiza trabalho nos objetos de trabalho da agricultura.
O processo de trabalho, ou seja, o trabalho efetuado em cima de seu
objeto através de seus meios, só extingue-se quando este último adquire um
valor de uso planejado desde o início e, portanto, torna-se produto. É apropriado
afirmar-se então, pensando nos resultados aos quais meio e objeto de trabalho
geram – ou seja, produtos -, como meios de produção.
Há também aqueles valores de uso que dependem de outros produtos
para existirem, tal como os computadores, tão utilizados no cenário atual. Estes
precisam para serem constituídos precisam de diversas peças às quais já
passaram pelo processo do trabalho e adquiriram caráter de produto e tornaramse matérias-primas para realizarem os computadores. Em suma, produtos de um
processo de trabalho podem ser matéria-prima de outros. Assim, produtos não
são somente o resultado do processo de trabalho mas também condição deste.
Dito dessa forma, observa-se então que o homem com sua força de
trabalho e a natureza com suas matérias bastavam-se. No entanto, surge a figura
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