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A SOCIEDADE DE RISCO E RISCO EPIDEMIOLOGICO

Por:   •  17/11/2022  •  Ensaio  •  405 Palavras (2 Páginas)  •  95 Visualizações

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O conceito de risco envolve uma ampla discussão, variando de uma abordagem mais geral, buscando contextualizá-lo na dinâmica da sociedade mudar, para uma abordagem mais específica no campo de saúde, particularmente em estudos epidemiológicos sobre associações. O termo "risco" apareceu com frequência crescente em revistas médicas nas últimas três décadas, mas o fenômeno é não exclusivo da saúde e é permeado pela diversidade de uma noção que esconde um conceito Gap = Vão. Dada essa diversidade, o presente trabalho começa com uma revisão da literatura para sistematizar a discussão de risco. O resultado está organizado em três seções: 1) uma visão geral da discussão no risco no debate sobre a mudança social na a transição da modernidade para uma nova fase de organização social; 2) um resumo de várias usos da noção de risco no conhecimento em saúde; e 3) o estabelecimento do conceito epidemiológico de risco e sua ligação à medicina clínica. Risco é um termo bastante recente e essencialmente moderno. Ele é reflexo da reorientação das relações das pessoas com eventos futuros, numa espécie de “domesticação dos eventos vindouros”. Outra característica da sociedade de risco é o fato de que a informação prescinde, em grande parte, da educação institucionalizada e passa a ser um processo contínuo, capilar, que se difunde através das várias tecnologias de informação. risco epidemiológico pode ser definido como a probabilidade de ocorrência de um determinado evento relacionado à saúde, estimado a partir do que ocorreu no passado recente. Deste modo, com a generalização dos riscos da modernização, é criada uma dinâmica social, a qual não pode ser envolvida e imaginada em termos de classe. Logo, propriedade de uns provoca a privação de propriedade para outros e, em consequência, numa relação de tensão e problemática social, na qual se podem criar e reforçar identidades sociais em ininterrupta reciprocidade. Destarte, os conflitos que brotam em torno dos riscos da modernização inflamam-se a partir de causas sistemáticas próprias com o motor do progresso e do lucro. Elas interagem à dimensão e ao alcance das ameaças e das respectivas demandas oriundas por reparação e/ou por mudança geral de curso. Avaliando-as trata-se da questão sobre se é cabível prosseguir com a dilapidação da natureza e, por conseguinte, se os conceitos de progresso, bem estar, crescimento econômico e racionalidade científica ainda são válidos. Assim sendo, os conflitos emergentes ostentam o caráter de disputas religiosas de vertente civilizacional em torno do caminho apropriado para a modernidade.

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