Gestao escolar
Por: Leila Jesus • 6/7/2015 • Monografia • 7.169 Palavras (29 Páginas) • 282 Visualizações
RESUMO
Este trabalho trata-se de uma análise dos cuidados de Enfermagem com os pacientes em hemodiálise não soroconvertidos após esquema de vacinação contra Hepatite “B”. Numa Unidade de Hemodiálise a prevalência do vírus da Hepatite “B” (HBV) é devido a imuno depressão de seus pacientes, os quais sofrem alterações fisiológicas em seu sistema imunológico. Estes por sinal pertencem ao grupo de risco da HBV pelo déficit de imunidade. A partir desta análise, identifica-se a necessidade do monitoramento sistemático dos controles sorológicos e imunização contra a HBV. A vacinação é a principal forma de prevenção contra a Hepatite “B” em usuários do serviço de hemodiálise, no entanto, alguns pacientes não correspondem de forma adequada ao sistema vacinal, tornando-se necessário um esquema especial de imunização e maior vigilância quanto à sorologia. Tornou-se importante realizar leitura de autores como Ausiello e Goldman (2008), Guyton (1998) e Brunner e Suddarth (2006), os quais abordam a temática, além de observações e visitas a uma clínica particular de hemodiálise e coleta de dados dos prontuários dos pacientes. Desta maneira, percebeu-se que os pacientes da hemodiálise carecem de constantes controles sorológicos, identificando a necessidade de se repetir esquema de vacina. Entre as medidas adotadas nestes casos estão: o teste sorológico de 1 a 2 meses após a última dose; dose dupla em relação a recomendação para a mesma idade; reteste anual; reforço para os que apresentam títulos menores que 10 Ul/ml na retestagem; além de ações interpessoais do profissional da Enfermagem como a transmissão de confiança, clareza da necessidade desses procedimentos, seus benefícios e a observação sistemática dos fatores associados que interferem na soroconversão.
Palavras-Chave: Enfermagem; Hemodiálise; Hepatite B; Pacientes não soroconvertidos.
- INTRODUÇÃO
Em razão do nosso trabalho, técnicos de enfermagem do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) conhecemos um pouco da realidade de nossos pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) e suas complicações, sendo uma delas a alteração no sistema imunológico o que pode provocar a não soroconversão em pacientes vacinados contra a Hepatite “B”.
Numa Unidade de Hemodiálise (HD) é alta a prevalência do vírus da Hepatite “B” (HBV), o que tornou necessário a implantação de medidas usando a prevenção da sua transmissão como precaução padrão e esquemas de vacinação com a finalidade de reduzir essa prevalência (GOLDMAN; AUSIELLO, 2008).
Foi durante varias visitas a uma clinica particular de hemodiálise que esse questionamento foi ganhando força e nos estimulando a procura de respostas as indagações: se existe diferença no tratamento dispensado ao paciente onde apesar de fazer o esquema vacinal como preconiza a legislação esses pacientes não adquirem a imunização esperada. Qual a preocupação dos profissionais envolvidos nessa terapia renal em proporcionar um tratamento livre de riscos.
E o usuário do serviço de hemodiálise qual o nível de conhecimento e como avaliar se as informações fornecidas são respeitadas, se as medidas profiláticas são adequadas e como proceder no insucesso das informações dadas e com relação ao cuidado ético se a autonomia do paciente frente as suas duvidas e ate mesmo a falta de entendimento por falta da família facilita a relação enfermeiro paciente na utilização de medidas profiláticas.
Doença Renal Crônica consiste em uma deterioração progressiva e irreversível da função renal, em que a capacidade do rim para manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico falha, resultando em uremia – retenção de uréia e outras substâncias nitrogenadas no sangue (BARROS et al, 2006).
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é complexa e variada. De acordo com o grau de perda renal, os néfrons restantes não são capazes de recuperar as funções fisiológicas dos rins. O resultado é perda a da função excretora elevando as taxas de produtos nitrogenados pelos rins, acarretando múltiplos sinais e sintomas associados a incapacidade do rim em manter o equilíbrio interno (síndrome urêmica) (GUYTON, 2002; RIELLA, 2003; DAUGIRDAS, 2003).
No que tange a hemodiálise sabe-se que essa terapêutica encontra-se distante de substituir toda a fisiologia renal, sobretudo seu papel endócrino, metabólico ou de síntese, e que envolve uma interação complexa entre o usuário e as dimensões estruturais, processuais e de resultados do tratamento dialítico, como: qualidade da água utilizada, composição do banho de diálise, características do dialisador e membrana dialítica, anticoagulação, acesso vascular, máquinas de proporção, controle eficaz do regime terapêutico, informatização dos dados, relações pessoais e ético-legais (CARVALHO, 1998).
Os doentes renais crônicos têm expectativa de vida menor que a população em geral, devido à alta taxa de complicações cardiovasculares (infarto, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico).
Observa-se que diante de tantas limitações desencadeadas pela doença o paciente ainda tem de se submeter a viver com o fantasma de torna-se um portador do vírus da hepatite B (HBV), pois existe a preocupação quanto a atividade sexual, hemotransfusão devido a anemia preocupação essa se estende a todos envolvidos a no tratamento dialítico.
Apesar das diferenças na progressão da insuficiência renal crônica, o resultado final são múltiplos sinais e sintomas comuns decorrentes da incapacidade do rim de manter a hemostasia interna (RIELLA, 2003).
Para Brunner e Suddarth (2002) a hemodiálise:
É um processo empregado para a remoção de líquidos e dos produtos de degradação urêmicos do corpo quando os rins são incapazes de fazê-lo. Ela pode ser usada no tratamento de pacientes com edema intratável (não responsivo ao tratamento), coma hepático, hipercalemia, hipertensão e uremia. Os métodos de terapia incluem hemodiálise, terapia de substituição renal contínua e vária formas de diálise peritoneal.
Hemodiálise consiste em extrair as substâncias nitrogenadas tóxicas do sangue e remover o excesso de água. Na hemodiálise, o sangue, carregado de toxinas e resíduos nitrogenados é desviado do paciente para um aparelho, um dialisador, em que é limpo e, em seguida, devolvido ao paciente (BRUNNER; SUDDARTH, 2006).
O tratamento conservador pode retardar o progresso da IRC mediante as intervenções terapêuticas e o cuidado dietético, isto é, promovendo nutrição adequada (restrição de proteínas, fósforo, sódio, potássio), uso adequado de medicamentos (diuréticos, hipotensores, vitaminas, antianêmicos) e controle da pressão.
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