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Resenha Gerra Civil na França. K.M

Por:   •  1/5/2017  •  Resenha  •  2.073 Palavras (9 Páginas)  •  1.136 Visualizações

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O Despertar para uma nova ordem?

A guerra civil na França. Karl Heinrich Marx (1818-1883). Edição: Ridendo Castigat Mores. Rocket Edition de 1999 a partir de HTML em Fonte Digital: www.jahr.org.

A guerra civil na França foi um livro escrito por Karl Marx em 1871, sendo primeiramente publicado em Londres no formato de folhetim. A introdução é de autoria de Friedrich Engels, o qual foi parceiro, organizador, divulgador e coautor de outras obras de Marx. Este foi o revolucionário e teórico socialista do século XIX, escreveu diversas obras de cunho econômico, politico e principalmente social. É um autor de extrema relevância na análise da ordem social, sua teoria que se realiza na chamada “luta de classes”, influenciou e influencia diversos intelectuais clássicos e contemporâneos.

O discurso que deu origem ao livro em questão foi desenvolvido para o Conselho Geral da Organização Internacional dos Trabalhadores, a qual Marx era prestigiado integrante. O propósito almejado era mostrar a importância da Comuna de Paris, para os trabalhadores mundo afora. Isto porque os fundadores da comuna, ou seja, os operários e camponeses franceses lutaram bravamente por um ideal comum, o fim da exploração do proletariado.

A Introdução é de acordo com Engels, a abordagem dos principais pontos, já que ele estaria reeditando a obra a pedido do Conselho Geral da Internacional. Para tanto, Engels inclui dois outros manifestos referentes à guerra franco- prussiana, a qual é referenciada no segundo manifesto. Com uma visão universal sobre ambos os manifestos ele descreve que as previsões de Marx se concretizaram anos após suas análises. Ademais, ele enfatiza o conteúdo dos manifestos de marxistas, visto que o autor conseguiu discorrer sobre os fatos de uma perspectiva não burguesa.

Dizia ele, que o primeiro manifesto de Marx afirmava que a guerra defensiva da Alemanha contra Luís Bonaparte degeneraria em uma guerra de conquista contra o povo francês; o que de fato se concretizou. Engels faz breves comentários a respeito do resultado dos manifestos sob a Internacional. Ele destaca que o encaminhar da história levaria cedo ou tarde a uma revolução proletária em Paris.

Mais ainda, fez uma descrição dos processos históricos, que foram analisados por Marx como causa direta da ocorrência da comuna. Expõe, em resumo, os processos enfrentados pela comuna pela sua sobrevivência. Revela que passados vinte anos – para ele- da Comuna de Paris, seria necessário acrescentar algo a mais na exposição feita em A guerra civil na França de Karl Marx.

A divisão na comuna ente proundhonianos e blanquistas, mostrava a delegação divida de ações econômicas e politicas da comuna. Sendo a comuna a sepultura da escola socialista proudhoniana e ciente da necessidade de se renovar do antigo poder estatal predominante na França. Assim, a Comuna de Paris faz diversas alterações de cunho administrativo o que é relato que no terceiro capitulo do livro. Ele encerra a introdução com um questionamento àqueles que não compreendem o que seria a intitulada “ditadura do proletariado”, chamando–os a conhecê-la.

O livro inicia com o “Primeiro manifesto geral da Associação Internacional dos Trabalhadores sobre a guerra franco- prussiana”, o qual faz uma critica feroz ao militarismo e a guerra de conquista produto da classe dominante, com o fim de deter e abolir o movimento proletário. Cita o governo de Luís Bonaparte, que usurpa o poder mediante a exploração da chamada guerra de classes. Ademais, Marx exprime as controvérsias da guerra, esta seria nada mais que um modo de dominação, de tal forma que as classes dominantes consentiram um segundo império de Luís Bonaparte. Este conspirava junto com Bismark a aniquilação à oposição popular a ele em seu país, desenvolvendo-se no que para Marx era uma paródia.

O manifesto da Internacional pós o golpe de Luís Bonaparte, teceu a pergunta aos trabalhadores se era justa ou não a guerra, recebendo apoio de numerosos apelos. A resposta possível foi que tal conflito não preza a democracia é puramente uma guerra dinástica. De modo que a Internacional portou-se contrária à guerra, tendo a classe operária inglesa apoiando tanto os operários franceses quanto os alemães, a esses a guerra de modo algum era benéfica. Marx elege a AIT, como pioneira na construção de uma sociedade nova que se funda no ideal de paz.

Na segunda parte da obra está o “Segundo manifesto do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores sobre a guerra franco-prussiana”, este repudia a chamada “velhacaria” bonapartista, e continua a temer que a guerra alemã de caráter defensivo viesse a se tornar uma guerra contra o povo francês. Ocorre que a guerra termina com a rendição de Luís Bonaparte e a proclamação da República em Paris, como forma de conter a insatisfação nacional.

Após isso, como se temia, a guerra transforma-se radicalmente a Prússia opta pela conquista, segundo os prussianos isso se justifica devido ao do imperador da França Luís Bonaparte ter atacado a nação alemã. A qual tinha grande facilidade para invadir a França, visto que tinha posse de territórios estratégicos. Marx critica a ideia militar como princípio de estabelecimento de fronteiras entre as nações. Sob esse ideal contraditoriamente os alemães julgavam-se um povo pacífico, pois para eles garantias materiais, ou seja, territoriais são mecanismos para evitar novas guerras.

A classe operária alemã apoia a guerra posto a impossibilidade de impedi-la, foram eles que integraram as forças armadas, abnegando as condições as quais viviam suas famílias, quando não dizimados na guerra o seriam em suas casas. Essa classe como garantia de seu enorme sacrifício pedem, após sua derrota, a paz com a França e o reconhecimento da república francesa. De forma que o Comitê Central do Partido Operário Social Democrata da Alemanha publica um manifesto insistindo energicamente nesses pedidos, pedem ainda a extradição de Luís Bonaparte para a França. Marx, diz ainda que os operários alemães eram totalmente diferentes dos burgueses daquele país.

O autor diz que a República Francesa não derrubou de vez o trono, apenas ocupou o lugar vago. Foi proclamada, segundo ele como uma medida nacional e não uma conquista social. Ele questiona a exigência de um governo possível, e se esta república seria uma ponte para a monarquia. Marx diz, então que os operários franceses enfrentarão grandes problemas, e para tanto devem cumprir seus deveres como cidadãos sem se esquecer de planejar o futuro. Igualmente, devem ser precursores para a emancipação do

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