Fichamento: Politica da Comunicação
Por: stellammeira • 6/2/2018 • Trabalho acadêmico • 746 Palavras (3 Páginas) • 239 Visualizações
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL[pic 1]
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO
FICHA DE LEITURA: Verbetes Políticas de Comunicação dos Regimes Militares e Políticas de Comunicação e Democratização da Mídia no Brasil
Autor: WEBER, Milena; LEIDTKE, Paulo Fernando. Título: Política Cultural e Política Cultural das Minorias. Enciclopédia INTERCOM de comunicação. – São Paulo: Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2010. p.941-944. Palavras-chave: Conceito; Comunicação; Democracia; Política; Ditadura; |
Ideias principais do texto:
O Regime Militar, no Brasil, convive com o avanço do conceito comunicação e das novas profissões desse campo e pela primeira vez, será usado para definir as políticas do regime militar que exercitou sua política de comunicação amparada por eficazes sistemas de censura e coerção. Essas políticas foram definidas e operacionalizadas, especialmente, por três dos generais presidentes:
Desde 1938 a assessoria a governantes foi regulamentada e os jornalistas ocuparam esse lugar. A partir de 1968 esse poder é deslocado para os profissionais de Relações Públicas quando o general Arthur da Costa e Silva (1968-1969) cria a AERP – Assessoria Especial de Relações Públicas. O general Ernesto Geisel (1974-1979) altera a essa política ao criar a AIRP – Assessoria de Imprensa e Relações Públicas. O último período do regime militar atravessa três grandes mudanças:
Em 1967, foi criada a Agência Nacional, que passa a ter autonomia administrativa e financeira, sendo que no governo Figueiredo é transformada em empresa pública. No entanto, em 1981 é devolvida ao Ministério da Justiça. Nesse período foi criada a Radiobrás vinculada ao Poder Executivo e instituiu políticas de exploração de serviço de radiodifusão de emissoras oficiais.
As discussões sobre políticas de comunicação surgem, no Brasil, no início da década 70, a partir de debates promovidos pela UNESCO, sobre uma Nova Ordem Mundial da Informação e da Comunicação. O tema surge em contrariedade à teoria da dependência, provocando rejeições nos países em desenvolvimento ao imperialismo cultural. Grandes conglomerados de rádio e televisão e modernos parques gráficos de jornais e revistas proliferaram monopólios e oligopólios empresariais de comunicação, prevalecendo até 1988 práticas do Coronelismo Eletrônico, distribuição clientelista de concessões de rádio e televisão pelo governo federal para seus aliados, proporcionando um elevado controle político e econômico sobre a mídia nacional. No Brasil o sistema de radiodifusão nasceu privado, semelhante aos Estados Unidos e diferentemente do sistema europeu que nasceu estatal e evoluiu para corporações públicas. No final dos anos 70, surge um movimento reivindicando a democratização da comunicação no Brasil. Em 1984, é criada a Frente Nacional por Políticas Democráticas de Comunicação aglutinando vários segmentos da sociedade civil. O movimento ganhou força em 1991 com a criação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Atualmente várias organizações e centros universitários de pesquisa lutam pela democratização da mídia no sentido de auxiliar o governo na formulação de políticas públicas de comunicação. |
Opinião pessoal sobre o texto: Durante a ditadura militar no Brasil a politica da comunicação foi caracterizada pela censura e repressão. Como consequência de 21 anos de atuação dessa politica, a maior parte da população não tinha consciência da situação do país naquele período, é possível perceber os reflexos disso ainda hoje, visto os movimentos que prepõem a volta dos militares ao poder. Desde os anos 70 existem movimentos que buscam acabar com o monopólio empresarial dentro do campo da comunicação, principalmente por causa do controle politico e econômico que, muitas vezes, divulgam noticias, informações e opiniões apenas por um ângulo, tornando os receptores passivos a atual situação do país, formando pontos de vista rasos e genéricos diante de acontecimentos que influenciam diretamente as suas vivências. É necessário, portanto, que esses movimentos continuem a lutar por uma comunicação mais democrática e menos parcial. Buscando acabar com os monopólios dentro dos meios de comunicação, para que tenhamos indivíduos mais conscientes, empáticos e politizados. |
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