Fundamentos Filosóficos que Permeiam na Educação Brasileira
Por: gr30 • 22/5/2017 • Trabalho acadêmico • 4.348 Palavras (18 Páginas) • 360 Visualizações
SUMÁRIO
Introdução .........................................................................................................................3
- Aspectos que Abrangem a Filosofia como Ciências..................................................4
- Contexto da Educação do Século XXI.....................................................................7
- Indústria Cultural Conseqüências na Educação..........................................................8
- A Visão Pierre Bourdieu e as Desigualdades do Sistema Educacional....................10
- Considerações Finais...............................................................................................11
- Referências Biográficas.........................................................................................14
Fundamentos Filosóficos que Permeiam na Educação Brasileira
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INTRODUÇÃO
A Filosofia é uma condição necessária para uma compreensão fecunda do seu ensino que a leva ao trabalho de pensar, refletir, raciocinar e, assim, despertar o senso crítico e, conseqüentemente, ajudar a construir uma nova visão de sociedade, onde se pressupõe que a educação é a principal responsável pelas transformações.
Quando analisarmos o contexto educacional atual, percebemos que é comum ouvir que a educação está em crise. Sendo que na verdade, a crise não é novidade. No decorrer de toda a história da Educação é possível constatar educadores que escreveram sobre as crise. Ela não se deve somente ao fator econômico, e sim, à qualidade educacional apresentada. Podemos ver que a educação vem sofrendo modificações, que por sua vez, visam torná-la mais adequada à realidade. Contudo, a Filosofia afirma que é a partir do convívio e da ação do homem sobre a realidade, que ele se forma e estrutura. Sendo assim, constata-se que o senso comum a respeito da educação é o de uma formação fragmentária, incoerente, desarticulada, por fim, totalmente sem recursos. Por enquanto na consciência filosófica acontece o contrário mas, é uma concepção com total coerência, unidade e articulação. Embora fornece à educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada.
Contudo, compreende-se que a educação está aberta a questionamentos. Em razão, acredita que a Filosofia é uma das muitas alternativas para se tentar pensar a educação como instrumento de transformação social. A filosofia sempre esteve presente na educação, com direcionamentos por meio de seus pressupostos e influenciados as práticas exercidas pelos professores, dizem os pensadores da educação que, ao criticá-la, propiciam que ela avance no sentido de buscar a transformação da sociedade. Logo, cabe a escola desde cedo influenciar na vida do ser humano, tentando o despertar do sono, para acordar, construir e fazer parte de uma sociedade livre para pensar e agir.
1- ASPECTOS QUE ABRANGEM A FILOSOFIA COMO CIÊNCIA
Uns dos elementos que caracterizam a filosofia é a argumentação. Este é o elemento essencial da filosofia, sem duvida não seria possível discutir os problemas e argumentar se é não ou mais nem menos do que aquilo que fazemos todos os dias, de uma maneira ou de outra. Por umas das vantagens de se argumentar, não é apenas das pessoas, a partir de perspectivas e opiniões diferentes, chegarem a um consenso, ou o de evitar a violência física quando existem desacordos, mas principalmente eliminar muitos dos nossos preconceitos, como de idéias erradas sobre a realidade e que não estamos interessados em modificar. Pela argumentação é possível melhorar as nossas idéias, onde a crítica argumentativa que os outros nos dirigem exerce aqui um papel fundamental, e dado que as nossas decisões e ações se baseiam naquilo que pensamos, nesse caso a argumentação que é essencial para nos ajudar a tomar melhores decisões e agir. Podemos perceber que afinal a filosofia sempre serve para alguma coisa. Por outro lado, os problemas que a filosofia coloca ajudam-nos a compreender melhor o mundo que nos rodeia e a tomar uma atitude crítica em relação às respostas ou soluções que vão sendo apresentadas para os problemas da sociedade, com vista a poderem ser melhoradas, com o objetivo de alcançarmos um mundo cada vez melhor para todos. O professor de filosofia perante o desafio de ensinar filosofia e mais ainda para adolescente que não estão educados para leitura e muitos menos a pensar e refletir com um pensamento crítico. Eles já se encontram em crise como começar a ensinar a filosofia, já é tão complexo. Ele deve usar a realidade, a cultura de seu aluno que seria matéria suficiente para um começo. Sendo que isso facilitaria para o professor que fizesse essa ponte de ensino aprendizagem, do senso comum para o crítico. Que ele deve encarar esse desafio como já falou o grande educador segundo Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia. “aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e aventura do espírito”. A filosofia é algo novo para os alunos, e o novo já incomoda, ela vai além desse novo, pois incentiva a investigação, que logo não obtém resultado imediato e isso faz ser um problema para a sociedade do imediatismo,essa dificuldade deve ser quebrada, a filosofia se torna a esperança, porém não a solução como alguns pensaram, mas que ela exerça seu papel de levar o aluno a uma reflexão crítica, a sua dignidade. Ensinar filosofia é ensinar os problemas, teorias e argumentos. Mas não é apenas isso. O estudante tem de compreender os problemas, teorias e argumentos da filosofia, tal como surgem ao longo da história da disciplina. Porem tem também de saber discutir por si os problemas, ou seja, tem que saber filosofar. Ensinar a filosofar implica em estimular o estudante a filosofar, fazendo perguntas filosóficas e não meramente interpretativas ou de compreensão. Fornecer ao estudante os instrumentos para poder filosofar. Por isso que em algumas instituições de ensino da filosofia nunca se fazem tais perguntas aos estudantes ninguém lhes pergunta se há livre-arbítrio ou se Deus existe ou o que é a arte ou o conhecimento. O que pede ao estudante é que comente textos de filósofos que procuram responder a esses mesmíssimos problemas, que o estudante, no entanto não tem o direito de discutir diretamente. Sem instrumentos filosóficos adequados, o estudante fica reduzido à mera erudição histórica ou à opinião de senso comum. E chegamos ao aspecto central da atividade filosófica: a argumentação. Os argumentos sustentam as teorias. Isto não acontece apenas em filosofia; todas as teorias, sejam científicas, históricas ou filosóficas, se sustentam em argumentos. A diferença é que os argumentos científicos que sustentam as teorias da ciência têm tendência para desaparecer de vista, por causa dos dois aspectos que discutimos no início. Observa mos o que diz o Filósofo e Educador Matthew Lipman: Para mim, a coisa mais interessante do mundo é o pensamento. Eu sei que uma porção de coisas também são muito importantes e maravilhosas, como a eletricidade, o magnetismo e a força da gravidade. Porém, embora a gente compreenda essas coisas, elas não podem nos compreender. No entanto, o pensamento deve ser uma coisa muito especial. Se pensamos sobre a eletricidade, podemos compreendê-la melhor, mas quando pensamos sobre o pensar, parece que compreendemos melhor a nós mesmo.A Reflexão Filosófica não é qualquer reflexão, ela tem suas exigências. Três exigências apontada por Dermeval Saviani para que possamos caracterizar uma reflexão como filosófica.
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