Liberalismo
Por: cliss • 30/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.590 Palavras (7 Páginas) • 2.277 Visualizações
CUSTO PADRÃO
O custo padrão objetiva fixar base de comparação com o que ocorreu e o que deveria ter ocorrido, destacando ineficiências na linha de produção e contribuindo, de forma eficaz, no planejamento e controle de custos.
Este capítulo tem o objetivo de apresentar o conceito de custo padrão e demonstrar como pode ser realizada a sua aplicação na empresa.
Competências adquiridas com a leitura do capítulo:
› Compreender o conceito de custo padrão.
› Saber desenvolver e aplicar esse conceito para a melhor gestão empresarial.
› Possibilitar a formulação do custo padrão para o acompanhamento e o controle empresarial.
O custo padrão consiste em atribuir um custo considerado “ideal”, conforme análise de um processo produtivo ou de oferta de um serviço. Esse custo padrão é utilizado para a análise e o acompanhamento dos resultados, portanto trata-se de um procedimento gerencial.
O custo padrão é uma meta que deve buscada. Se a empresa operar em plena eficiência e máximo rendimento, deverá atingir esse custo predeterminado.
Portanto, o custo padrão deve ser com base em valor (R$) e em quantidade (unidades e quilos). A sua utilização exige mais trabalho por parte da empresa, uma vez que deverá ocorrer a comparação entre o custo real e as análises nas variações ocorridas. Sua implantação somente será bem-sucedida se existir um bom sistema de custo real e com revisões periódicas.
CUSTO PADRÃO
O conceito de custo padrão ideal seria a utilização dos melhores materiais, com a mão de obra mais eficiente e com 100% da capacidade instalada. Seria uma meta de longo prazo, sendo extremamente restrita. Pressupõe-se que não deveria haver nenhuma ineficiência. Porém, é importante observar que podem ocorrer variáveis externas (greves, falta de energia elétrica, enchentes e outras, ou mesmo ineficiência decorrente do processo).
No conceito de custo padrão corrente, a empresa fixa como meta para o próximo período, para um determinado produto ou serviço, levando em consideração possíveis limitações que envolvem o processo. Não é impossível de ser alcançado, mas é considerado bem difícil.
A elaboração de um custo padrão corrente parte do pressuposto de que algumas ineficiências são inevitáveis.
Ao trabalhar com o custo estimado, simplesmente utilizam-se registros históricos, baseando-se em médias passadas, enquanto no custo padrão corrente a metodologia é mais apurada e refinada, verificando-se, por exemplo, o consumo de energia elétrica e lubrificantes em cada máquina, considerando suas características técnicas e averiguando, assim, o volume possível de produção.
O custo padrão não deixa de ser considerado, também, uma espécie de orçamento, e supõe melhorias de aproveitamento nos processos, fatores e desempenhos de produção. Portanto, em relação ao custo padrão, observa-se que:
› atende aos preceitos da contabilidade gerencial;
› é útil para ser utilizado nas fases de planejamento, execução, controle e programação;
› cabe à área de contabilidade de custos apurar as variações; e
› é aplicado ao custeio variável, absorção, ABC e pleno; sendo sinônimo de custo predeterminado; devendo ser comparado com o custo histórico.
Normalmente, a fixação de horas de mão de obra, quantidade de materiais, horas-máquina, consumo de kWh e outros é feita pela engenharia de produção, que, junto com a contabilidade de custos, fixará o custo padrão de cada bem ou serviço produzido.
Uma das dificuldades é manter padrões para um determinado período, uma vez que podem ocorrer processos inflacionários de um lado, e, por outro lado, o processo pode ser melhorado com a aquisição de novas tecnologias de processos.
As variações ocorridas deverão ser analisadas e tomadas as devidas providências de adequação. Contabilmente, a análise entre padrão e real deverá ter as variações adequadamente registradas, dentro dos princípios que norteiam a contabilidade, já que serão distribuídas aos estoques e nos custos dos produtos vendidos.
O NPC 2 – Pronunciamento do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON no 2, de 30/04/1999, considera que o custo padrão é aceitável, mas deve ser periodicamente revisto e ajustado, conforme descrito a seguir:
37 – Custos padrão são também aceitáveis se revisados e reajustados periodicamente, sempre que ocorrerem alterações significativas nos custos dos materiais, dos salários, ou no próprio processo de fabricação, de forma a refletir as condições correntes. Na data do balanço, o custo padrão deve ser ajustado ao real.
CUSTO PADRÃO – ANÁLISE DAS VARIAÇÕES DE MATERIAIS E MÃO DE OBRA
A seguir, situação hipotética:
Custo padrão = R$ 375,00
Custo real = R$ 425,00
Percebe-se uma variação desfavorável (real maior que padrão) de R$ 50,00. A análise se inicia com a decomposição desses valores:
| Custo padrão | Custo real | Variação total | |
Mat.-prima | (M.D.) | 200,00 | 210,00 | 10,00 |
M.O.D. | 100,00 | 115,00 | 15,00 | |
CUSTOS INDIRETOS | 75,00 | 100,00 | 25,00 | |
TOTAIS | 375,00 | 425,00 | 50,00 |
CUSTO PADRÃO – VARIAÇÃO DE MATERIAIS DIRETOS
O primeiro detalhamento deve verificar a composição de todo material direto, em quantidades físicas e valores em R$, comparando a matéria-prima e a embalagem, entre o real (área de compras/valor R$) e padrão (área de produção, quantidade e valor R$ imputado).
As variações ocorrem por inúmeras razões, e provavelmente as respostas da área de produção seriam:
a. máquinas mal reguladas ou mal preparadas, que estragaram a matéria-prima;
b. baixa qualidade da matéria-prima utilizada, provocando maior consumo;
c. baixa qualidade ou imperícia da mão de obra, aumentando o consumo;
d. acondicionamento inadequado e/ou problemas técnicos etc.;
e. prazo curtíssimo para entrega, resultando em compra urgente, em valor maior;
f. compra inadequada pelo departamento de compras;
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