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O Ensino é uma Escolha dos Outros?

Por:   •  6/9/2018  •  Resenha  •  433 Palavras (2 Páginas)  •  177 Visualizações

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O ensino é uma escolha dos outros?

Desde criança, o ser humano é instigado a aprendizagem, e a forma como isso é feito pode ser uma das maiores explicações para o desinteresse e aversão ao processo de ensino. A tirania de impor o que é julgado essencial com a certeza de que será do interesse do indivíduo sem levar em conta as reais necessidades momentâneas e a própria vontade do mesmo.

 Assim, os professores têm a maior parcela de influência no processo do ensino, já que a convivência entre aluno e o professor muitas vezes em muitos casos é maior do que com os próprios familiares. Logo, como disse Hegel “ ser livre não é nada, tornar-se livre é tudo” o professor precisa ter a imagem de que os alunos precisam de seus ensinamentos, para que futuramente sejam independentes e libertos da ignorância primitiva, e possam até mesmo desmentir as verdades impostas de quem os ensinou.

Contudo, segundo Russell “O professor transformou-se, na grande maioria dos casos, num servidor cortês obrigado a executar as ordens de homens que não tem a sua cultura, não dispõem de experiência quanto ao trato da juventude, e cuja única atitude com respeito à educação é a de um propagandista. ” Fica claro que o professor também não é poupado da influência de terceiros, tais como o estado e o regime capitalista que nos cerca, e por isso sua postura frente a isso é fundamental, instigar os alunos ao hábito de investigação das informações de políticos e principalmente do governo, onde a democracia deve sempre reinar.

Na Antigüidade os professores não constituíam uma profissão organizada, não se exercendo controle algum sobre o que ensinavam. É verdade que, com freqüência, eram punidos, depois, pelas suas doutrinas subversivas. Sócrates foi condenado à morte e afirma-se que Platão foi lançado à prisão, mas tais incidentes não interferiram com a divulgação de suas doutrinas.

“O professor é uma espécie de médico cujo propósito é curar o paciente de infantilidade, mas não lhe permitem decidir por si mesmo, baseado em sua experiência, quais os métodos mais apropriados para tal fim.”

É um educador que intervém, possui voz própria e liberdade de ação, cuja função é transmitir o saber no qual foi formado. Ele cuida de seus alunos, não é “apresentador de programa de auditório”, ou consumidor e executor de teses psicopedagógicas elaboradas por gente que nunca adentrou uma sala de aula e pegou num giz. A infantilidade é algo análogo ao estado de minoridade kantiano, a quem o professor deve “curar” no sentido que a eles deve ser apresentados o mundo da cultura e das relações humanas.

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