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O Fichamento Programas de Educação Moral

Por:   •  8/5/2017  •  Resenha  •  515 Palavras (3 Páginas)  •  1.073 Visualizações

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Aluna: Francilaine Dalmagre Mozer        Polo: Itapemirim

Professor: Eder Lira        Disciplina: Bases Filosóficas da Educação

ATIVIDADE DE ENVIO

Fichamento do texto “Programas de Educação Moral” (ARANHA, p. 175 - 179) sobre os principais tipos de ensino moral, comentário e análise crítica sobre os modelos cuja aplicação tem predominado segundo minha experiência pessoal.

Os programas de educação moral descritos no texto dividem-se em dois modos básicos, o heterônomico (não autônomo) e o autônomo.

Dentro do modo heterônomico temos a educação moral com vertente religiosa, “com valores eternos e imutáveis”; a dos hábitos virtuosos de Aristóteles, “onde o educador que expõe modelos a serem seguidos”; e temos ainda a visão de Émile Durkhein, que “reduz a educação moral a um processo de socialização”. Em ambos os programas heterônomicos a ideia central é agir de acordo com as leis/regras da sociedade e não ouse questioná-las, uma educação onde o educador diz e o educando deve tomar como verdade independente do seu “eu” como individuo.

Já na visão autônoma, temos a “educação moral cognitiva e evolutiva, baseada no desenvolvimento do juízo moral, sob o enfoque da construção de personalidades autônomas”. Trazendo uma parodoxo em relação ao modo heterônomico, Piaget e Kohlberg defendem que “a ética não é descoberta, mas construída”. Para a construção de pessoas éticas é preciso “criar condições para que as pessoas alcancem por si próprios os estágios mais altos da moralidade”. Segundo a visão de Kohlberg o educador deve utilizar dilemas morais para que o educando consiga construir a moralidade passando pelos diversos níveis, pré-convencional, convencional e algumas vezes chegando ao pós- convencional. Aplicando no contexto escolar o projeto “comunidades justas”, com encontros semanais de professores e alunos para debater problemas em conjunto e assim construir uma comunidade democrática. Puig, seguindo esta linha de estudo desenvolveu a prática moral, que utiliza de assembléias, onde “se pode avaliar o que se passou e elaborar projetos de trabalho e normas de convivência”.

No decorrer do estudo dos materiais pude ver a discrepância entre o que se tem de melhor no ensino de moral e o que temos hoje nas escolas. Infelizmente ainda temos muitos educadores que seguem o modo heterônomico de ensinar, alguns seguem inclusive a linha religiosa, onde impõem doutrinas e crenças próprias para os educando como sendo uma verdade única e absoluta, um exemplo é a forma como é trabalhada a páscoa nas escolas, em sua grande maioria apenas com a visão cristã. Há uma corrente forte por parte de secretarias de educação para a utilização do ensino de hábitos virtuosos, tendo em vista o Estado laico, mas por vezes é entrelaçado com a visão religiosa do educador.

Sendo justa, há sim educadores que seguem o modo autônomo de ensino da moral, alguns inclusive usam a ideia de Puig das assembléias como ferramenta de construção do conhecimento e a participação dos educandos é enriquecedora, quando se trabalha problemas que os envolve, saber sua capacidade de resolução faz com que quando novos problemas surjam, eles não sejam barreiras para o agir ético, pois a vivência ética foi construída por eles mesmos.

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