A Cidade de São Paulo
Por: Felipe Bizeti • 1/7/2019 • Trabalho acadêmico • 3.412 Palavras (14 Páginas) • 221 Visualizações
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TRABALHO SUBSTITUTO REFERENTE AO CAMPO DE SÃO PAULO
Felipe Bizeti [1]
- Introdução
O estudo em questão explora a cidade de São Paulo junto com aspectos estudados em sala de aula, como se encontra no livro do Correa, O Espaço Urbano. Com isso pode se fazer uma relação entre o Campo e o que foi trabalhado dentro de classe, buscando acontecimentos que ocorrem na realidade da grande metrópole de São Paulo, que se explicam através de conceitos estudados na Geografia Urbana.
- Localização da Área
Localização do Município de São Paulo
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Fonte: Google Fotos
- Objetivos
O objetivo principal do trabalho, seria relacionar e compreender a cidade de São Paulo junto com os conceitos abordados no livro do Correa, O Espaço Urbano. Trazendo o estudo desses conceitos para a realidade existente em São Paulo.
- Desenvolvimento
- O Espaço Urbano/Produtores do Espaço Urbano:
Estudos da cidade interessa por ser ela onde vive parcela crescente da população, onde os investimentos de capitais são maiores, e ser o principal lugar dos conflitos.
O geógrafo considera a cidade como um ou vários núcleos de uma região ou país. O estudo considera mapas de pequena escala, ou a cidade é considerada como espaço urbano, considerando grande escala.
O que é o espaço urbano?
O uso da Terra define as áreas, é a organização espacial da cidade o espaço urbano é primeiro fragmentado cada uma de suas a partes mantém relações com as demais (mesmo com intensidade variável), também é segundo articulado, do capitalismo e através das relações espaciais que são de natureza social tendo como matriz a própria sociedade. Terceiro momento, apreensões do espaço urbano, reflexo da sociedade. Por esses fatores o espaço urbano é desigual e também mutável. Quarto momento, condicionante da sociedade se dá através do papel do homem e suas condições de produção e reprodução.
É um conjunto de símbolos e campos de lutas. Uma sociedade materializada nas formas espaciais.
Quem produz o espaço urbano?
O espaço urbano capitalista é um produto social resultado de ações acumuladoras através do tempo.
Agentes sociais que fazem/ refazem a cidade:
a) proprietários dos meios de produção
b) proprietários fundiários
c) promotores imobiliários
d) estado
e) grupos sociais excluídos
Os proprietários dos meios de produção: possuidores da terra urbana com duplo papel (suporte físico e o de expressar diferentes requisitos locacionais). A retenção de terras cria uma escassez de oferta e o aumento do seu preço possibilitando-lhes ampliar a renda da terra.
Os proprietários fundiários: atua no sentido de obterem a maior renda fundiária. Interessados na conversão de terra Rural para Terra Urbana (expansão da cidade), pois esta vale mais que a Rural. Terra de Periferia destinados a lazer, população de status, publicidade, infra-estrutura.
Os promotores Imobiliários: conjunto de Agentes que realizam parcial ou totalmente:
a) incorporação gestão capital/dinheiro na transformação da mercadoria em imóvel
b) financiamento: compra do terreno, construção de imóvel
c) estudo técnico: Verifica a viabilidade técnica da obra
d) construção: força de trabalho vinculado a firmas
e) comercialização ou transformação de capital- mercadorias em capital- dinheiro
O Estado: organização espacial das cidades, o estado capitalista atua diretamente como grande Industrial consumidor do espaço: através da implantação de serviços públicos. Dispõe de um conjunto de instrumentos: direito de desapropriação, prioridade na compra de terras controle e delimitação dos preços das terras, regulamento do solo, entre outros.
Ação marcada pelos conflitos de interesses dos diferentes membros da sociedade de classes. Três níveis de poder político administrativo: Municipal, Estadual, Federal Sua atuação visa criar condições de realização e cada produção da sociedade capitalista.
- Relação entre proprietários do meio de produção e o Estado
Os grandes proprietários industriais e de grandes empresas comerciais são, em razão da dimensão de suas atividades, grandes consumidores de espaço. Necessitam de terrenos com grande extensão e baratos que satisfaçam requisitos locacionais favoráveis às atividades de suas empresas, ou seja, próximo aos portos, às vias férreas ou em locais de ampla acessibilidade à população etc.
Com isso existe a relação proprietário do meio de produção e o proprietário fundiário. Mas as relações entre proprietários dos meios de produção e a terra urbana são mais complexas. A ação fundiária, que faz o aumento do preço da terra, tem duplo efeito sobre as suas atividades. De um lado carrega os custos de expansão na medida em que esta pressupõe terrenos grandes e baratos. De outro, o aumento do preço dos imóveis, resultante do aumento do preço da terra, atinge os salários da força de trabalho: se faz assim uma pressão dos trabalhadores visando salários mais elevados, os quais atingirão sobre a taxa de lucro das grandes empresas, as diminuindo.
A relação dos proprietários do meio de produção e o Estado vem quando, ocorre a retenção de terras dos proprietários fundiários, que cria uma escassez de oferta e o aumento de seu preço, possibilitando-lhes ampliar a renda da terra. Esta prática gera um enfrentamento entre proprietários industriais e fundiários . Os conflitos que aparecem tendem a ser, em princípio, resolvidos em favor dos proprietários dos meios de produção, que, no capitalismo, tomam conta da vida econômica e política. A solução desses conflitos se faz através de pressões junto ao Estado para realizar desapropriações de terras, instalação de infra-estrutura necessária às suas atividades e para a criação de facilidades com a construção de casas baratas para a força de trabalho.
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