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A OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

Por:   •  1/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  8.463 Palavras (34 Páginas)  •  273 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

HISTÓRIA – 5º e 6º SEMESTRES

VANESSA DA SILVA PANICHEK

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO –

5º E 6º SEMESTRES – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

        

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Wenceslau Braz

2015

VANESSA DA SILVA PANICHEK

        

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO –

5º E 6º SEMESTRES – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina  Estágio Curricular Obrigatório III – 5º e 6º Semestres (150 horas)

Orientador: Profa. Taise F. da C. Nishikawa

Tutor eletrônico: Walmir Jeronimo de Mello Ferreira Junior

Tutor de sala: Diego Augusto Sasaki Gusmão Marcelli

Pólo de Apoio Presencial: Polo de Wenceslau Braz

Wenceslau Braz

2015

ESTUDO DE ARTIGO

ENSINO DE HISTÓRIA HOJE: ERRÂNCIAS, CONQUISTAS E PERDAS.

O ensino de História em sala de aula mudou e evoluiu muito com o passar no tempo. No artigo “Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e perdas” o autor Marcos Antônio da Silva analisa algumas dessas mudanças ao longo das últimas décadas e sua importância para um ensino de história mais eficiente e amplo.

Desde a ditatura civil-militar brasileira o ensino de história tem sido fonte de grande discussão e reflexão. Começamos combatendo a disciplina de Estudos Sociais, que desvalorizava o estudo da História e de outras disciplinas, pois o conhecimento era transmitido aos alunos de forma confusa e pouco clara, fragmentando o ensino em algo difuso e sem objetivo. Também foi muito discutida a existência de Licenciaturas Curtas.

A partir da década de 1990, passamos a ver grande crescimento da indústria editorial e das escolas privadas, juntamente com o recuo de sindicatos e perda de lutas coletivas. Ao mesmo tempo, passamos a ver uma grande valorização da pesquisa cientifica e das práticas educacionais, discutindo-se cada vez mais o uso de um sistema de ensino integrado entre as disciplinas. Ainda nessa época, deu-se dois importantes eventos para a área de ensino da história: o “Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História” e o “Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História”, que passaram a ser realizados a cada dois anos, tornando-se fonte de trocas de experiências cientificas, didáticas e formação continuada.

É importante refletirmos sobre qual o papel e a importância da História na educação fundamental. Precisamos, então, analisar antigos e atuais temas, percursos e documentos, frutos dos inúmeros estudos realizados na área nas últimas décadas. Esses estudos refletem diretamente no que é o ensino da História na atualidade, uma vez que eles passaram a definir a organização e seleção curricular, livros didáticos e paradidáticos e metodologias de ensino.

Ao longo da história da educação no Brasil, podemos notar a preocupação do Estado com o ensino da História. Entre os anos 1841 e 1851, ocorreram dezoito programas de Ensino relativos as reformas curriculares para o ensino de História. Esses programas juntamente com mudanças de ensino mais recentes (como a LDB e os PCNs) nos remetem as perguntas básicas em relação ao ensino de História: Tudo é História? Se tudo é História, por que as instituições de Ensino Fundamental têm conteúdo específicos elaborados em diferentes lugares de produção? Por que na realidade cotidiana outros conhecimentos são selecionados e ensinados nas escolas? De que formas os currículos de História operam-no sentido de selecionador para que, o que e como ensinar História?

Certamente, não é fácil responder essas questões, pois dependem de posições políticas e escolhas teóricas e metodológicas dos professores e pesquisadores.

Precisamos então analisar como são escolhidos os temas a serem ensinados em sala de aula. Sabemos bem que a história ensinada é fruto de um “recorte” temporal, histórico. É importante pensamos que o currículo de história é algo em permanente (re)construção, um campo de lutas, de processos inacabados. A escola dos conteúdos didáticos depende diretamente de escolhas de alguém ou um grupo que tem o poder de fazer e dizer. Estes expressam visões, escolhas, revelam tensões, conflitos, acordos, consensos, aproximações e distanciamentos.

Neste sentido, a História está intimamente imbricada as intencionalidades educativas expressas na política educacional, no contexto político de globalização da economia, criação de novas tecnologias e consolidação da democracia no Brasil. Tal lugar deriva de grandes mudanças na política educacional conquistadas durante a década de 1980 e a promulgação da Constituição de 1988. As mudanças mais relevantes a se destacar incluem o fim das disciplinas de Educação Moral e Cívica, Organização Social de Política e Estudos dos Problemas Brasileiros, além do fim dos cursos de Licenciatura Curta em Estudos Sociais e a avaliação dos livros didáticos dos quatro anos iniciais do ensino fundamental. Esse processo de mudanças no ensino foi ainda ampliado de forma sistemática em governos posteriores. Vale também destacar as mudanças apresentadas nos Parametros Curriculares Nacionais, de 1997, que validam oficialmente a separação das disciplinas “História e Geografia” e o fim dos Estudos Sociais como componente curricular.

O texto da LDB, Lei 9.3945 apontou diretrizes que podem se apresentar como respostas do Estado as perguntas anteriormente apresentadas. Em forma de Lei, ele expressa oficialmente o que deve ser ensinado obrigatoriamente na disciplina de História. O texto da ênfase ao estudo da História do Brasil e da tríade “as matrizes indígena, africana e europeia na formação do povo brasileiro”. Quanto aos PCNs, estes respondem-nos a perguntam de o que ensinar, tendo nos quatro anos do Ensino Fundamental os dois eixos temáticos: I) Historia local e do cotidiano e II) História das organizações populacionais. Quanto aos anos finais do Ensino Fundamental, os PCNs também apresentam dois eixos temáticos: II) História das relações sociais, da cultura e do trabalho e II) História das representações e das relações de poder.

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