Fichamento o Diabo na Água Benta - Leituras
Por: Camila Rosa • 3/12/2019 • Resenha • 521 Palavras (3 Páginas) • 225 Visualizações
Aluna: Camila Rosa
Fichamento do texto: Capítulo 7: Leituras, do livro O Diabo na Água Benta - ou A Arte da Calúnia e da Difamação de Luiz XIV A Napoleão. Autor: Robert Darnton. (p. 101-125)
O autor inicia o capitulo se questionando como seria possível analisar os hábitos de leitores do período trabalhado na presente obra.
“Além disso, os leitores memorizavam passagens inteiras para poderem declamá-las a qualquer um que não tivesse conseguido urna cópia.” (p. 102)
“Os cafés funcionavam como centros nervosos que transmitiam mensagens para toda a população politizada de Paris no século XVIII. Além de servir café, eram polos de divulgação de notícias - na forma de boatos e gazetas, revistas impressas legalmente e chroniques scandaleuses manuscritas.” (p. 102)
“Foi em cima da mesa de um café do Falais-Royal que Camille Desmoulins convocou os parisienses a brandirem armas, culminando na tomada da Bastilha.” (p. 102-103).
Livros eram vendidos em pontos da cidade de Paris.
“Segundo Mercier, eles vendiam de tudo, "até livros recentemente proibidos; e embora tomassem o cuidado de não expô-los a público, mostravam-nos livremente dentro de suas lojas (...)” (p.107)
As descrições da vida cotidiana na Paris pré-revolucionária feitas por Mercier não devem ser levadas muito literalmente, pois ele costumava retocá-las e torná-las mais pitorescas, e não hesitava infundir nelas suas opiniões pessoais.” (p. 107)
“Foi a partir dessa mistura de leituras e falatórios, grande parte incitada por
nouvellistes de variadas estirpes, que se moldou a opinião pública.” (p. 109)
“A leitura como diversão assumia muitas formas, inclusive a que nos é mais familiar hoje: o consumo de ficção despretensiosa, sobretudo romances.” (p. 110)
Outra forma era a charada.
“Quase todas as outras revistas literárias traziam algum tipo de verso ligeiro ou jogo para entreter e divertir os leitores.” (p. 114)
“Quando tais poemas charadistas tratavam de questões atuais, seus versos costumavam ser afiados, mas raramente infligiam danos profundos.” (p. 116)
“Em vista da paixão dos franceses por versos informais e improvisados, não chega a surpreender que amiúde tais poemas comentassem os acontecimentos do dia. O sistema político era capaz de tolerar uma boa dose desse tipo de ataque, desde que nada fosse impresso. Mas havia limites.” (p. 119)
“Entre o choque dos libelos de um lado e o entretenimento das charadas de outro, o espectro de possibilidades de leitura abria espaço para vários outros tipos de experiência (...)” (p. 120)
O autor fecha o texto com o embate das ideias de de Habermas-Condorcet e de Tarde-Mercier sobre os efeitos da leitura.
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