Fichamento sobre redação e leitura
Por: babypother • 11/4/2018 • Trabalho acadêmico • 1.725 Palavras (7 Páginas) • 240 Visualizações
Faculdade independente do Nordeste – Fainor
1° semestre de Farmácia- Matutino- Turma P2
Discente: Flávio Amaral Gusmão
Docente: Paula Barreto
SANTAELLA, L. Redação e Leitura: guia para o ensino. São Paulo:
Cengage Learning, 2013, p. 71-95
1. Redação e Leitura
1.1 O que é leitura?
1.1.1 Na Grécia antiga, em Roma e por toda a idade média, a leitura silenciosa era quase desconhecida. O texto escrito, despido de intervalos entre as palavras e de pontuações, precisava ser lido em voz alta para ser compreendido. Platão elogiava a clareza, perfeição e seriedade da comunicação oral para fins de instrução e de gravação na alma como o verdadeiro modo de escrever.
1.2.1 Foi só com a chegada dos tipos móveis de Gutenberg, por volta de 1440, e da impressão escaneada das palavras que a leitura silenciosa se transformou em regra, graças à rápida difusão por toda a Europa e, depois, para o resto do mundo.
1.3.1 A escrita vividamente acompanha a vida interior e exterior do ser humano, dando-lhe objetividade ela encoraja o pensamento racional e permite a construção de complicados edifícios mentais.
1.2 O ato de ler, o significado e a compreensão
1.2.1 A leitura é sempre alguma coisa espantoso: passamos a vida a decifrar, de algum modo, o mundo através das letras, dos livros. É por esse tateio que tentamos reconhecer o mundo que nos cerca e a nossa própria face nesse vasto mundo.
1.3.1 O ato de ler sempre cria uma situação de perplexidade que só aumentava quanto mais complexo é o texto. Ler é, de todo modo, uma forma específica de busca, demanda e investigação.
1.4.1 Ler é buscar significados, pois é o significado que nos leva à compreensão daquilo que o texto quer dizer, buscar referenda cognitivamente de certos conteúdos por meio das palavras.
1.5.1 Não se faz uma fotocópia mental quando se lê, mas sim, processam-se informações de modo pessoal. Que exige também uma contextualização cognitiva dependente a própria organização dos conhecimentos e experiências pessoais.
1.6.1 “Ler não é fenômeno idiossincrático, anárquico. Mas também não é um processo monolítico, unitário, no qual apenas um significado está correto. Trata-se de um progresso generativo que reflete a tentativa disciplinada do leitor de construir um ou mais sentidos dentro das regras da linguagem.”
1.7.1 Ler é a integração ativa de conhecimentos prévios e textuais que gera uma dada interpretação. A leitura é, assim, um processo geral “para um conjunto de atividades interativas e cognitivas em parte dirigidas pelo texto e em parte orientadas pelo leitor”.
- A leitura com aprendizagem
- Cumpre determinar qual estratégia de leitura que está sendo escolhida em função de sua eficácia para a situação em que se insere. Segundo Silva.
1.4.1 A metodologia de leitura decorre do trabalho com o texto, considerando- se, em primeiro lugar, seus diferentes tipos, pois ele pode abrigar formas variadas de expressão; depois a adequação do leitor.
1.5.1 Os mecanismos pelos quais a ideologia se torna se torna evidente, resulta de espessos processos de produção de sentido, historicamente determinados. Os sentidos são criados, não nascem “são construídos em confrontos de relações que são sócio-historicamente fundadas e permeadas pelas relações de poder com seus jogos imaginários.
1.6.1 Segundo Orlandi “na produção da linguagem o que temos não é a transmissão da formação, mas efeito de sentido entre locutores. Daí decorre o que se pode chamar de efeito-leitor”. “o modo de constituição desse efeito e a forma como atuam os princípios de coerência, consistência, não contradição, progressão e unidade na leitura.
2. Níveis e graus da leitura
2.1.2 A leitura extensiva, pretende desenvolver os três graus de competência implicados pela leitura – compreensão, interpretação e diálogos-, tem por objetivo textos longos. Que da a leitura passagens gradativas e crescentes em complexidade que vão do compreender ao interpretar e deste para o diálogo crítico e criativo.
2.2.2 variáveis da leitura
2.3.2 Tanto a leitura intensiva quanto a extensiva possuem o controle de alguns pressupostos que tem de ser levados seriamente em consideração para evitar que o ensino fique limitado.
2.4.2 É preciso lembrar que, quando o texto é muito fácil, ele produz enfado. Mas, quando está além do repertório de competência dos autores, ele irá produzir frustração.
2.5.2 condições da leitura
2.6.2 Além dos pressupostos anteriormente, há condições que circundam o ato de ler e que se aplicam às atividades de leitura tanto intensiva quanto extensiva. Para a leitura o pressuposto quer dizer, ser falante de uma língua, que envolve o ato de ler.
2.7.2 A coerência textual não se confunde om a coesão superficial, pois a coerência temática se constrói não apenas na produção do texto, mas também no ato da leitura. Isso quer dizer que mesmo um texto coerente pode ser lido de modo incoerente.
3. Leitura intensiva
3.1.3 Apresenta três níveis articulados, tendo como elementos temáticos, quais sejam, a seleção lexical, os movimentos da progressão textual, fazendo parte do texto: o título, os parágrafos, os articuladores discursivos, os organizadores metaenunciativos, as relações do eixo paradigmático e sintagmático. E por fim variações que determinam a ordem global do texto com descrição, narração e dissertação.
3.2.3 A leitura intensiva esta voltadas para a observação e internalização que comandam a organização de um texto tanto no nível micro quanto no intermediário. As indicações dadas tomam como pressuposto. O que isso significa? Aprender a apreciar o modo particular, marcado por um perfil próprio, que define o estilo inconfundível de cada autor; uma certa maneira de escolher as palavras, um certo tom, sério ou chistoso, finamente irônico ou sutilmente dramático, solene ou leve, que ocorre subjacente às palavras.
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