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O DEPARTAMENTO CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

Por:   •  8/12/2022  •  Seminário  •  576 Palavras (3 Páginas)  •  99 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA-UEFS

DEPARTAMENTO CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

COLEGIADO DE HISTÓRIA

Curso de Licenciatura em História. 

História Moderna I - CHF 190 - Semestre: 2022.1 Prof. Rodrigo Osório Pereira – Aluna/aluno: Lancastele Vieira da Silva

Fichamento: O Homem do século XVI

FEBVRE, Lucien: O Homem do século XVI.

O trabalho consiste na linha dos annales, uma escola que tenta buscar uma nova maneira de ler, analisar, estudar e fazer história durante o tempo, escola ela que quebra a ideia positivista, em que a história é uma ciência linear, onde as grandes datas e as pessoas ricas são o que importa dentro da história. Já os annales pensam de uma maneira bem diferente, tentando quebrar esses paradigmas e mostrar que a história vai muito além disso, é algo que vem com uma perspectiva bem mais abrangente.

Olhando para o texto vemos que o autor tenta colocar o homem como o centro de uma história aberta, fazendo com que ele conviva e viva através dos tempos, fazendo comparações entre o século XVI e século XX, onde o homem acaba se diferenciando em cada época em questão, fazer uma análise em que o homem no século XVI tinha uma liberdade de conhecimento muito maior do que no século XX, pois a busca por informações era bem mais escassa e isso fazia com que ele interagisse muito mais com a natureza, Ferbvre tenta quebrar a ideia do cristianismo, em que eles colocavam o homem como o centro e dono de tudo, trazendo para o ponto historiográfico onde o homem faz parte do meio. Ou seja, ele faz parte da natureza e deve conviver como igual com cada ser que aqui habita, então essa intriga entre a religião e a história vai crescendo através desse embate feito por o autor.

O autor tenta impor uma dúvida ao leitor, mostrando sempre o homem através do tempo e faz um questionamento, “o homem é sempre o mesmo?”. A resposta em questão fica em aberto, mas não acredito que o homem seja sempre o mesmo, isso no texto vai sendo mostrado em alguns pontos:

Hoje, mesmo em se tratando de um ignorante, pelo simples fato de viver êle num mundo inteiramente "matematizado", homem se sente impregnado desta matemática que penetra satura o nosso mundo. No século XVI, não. (pg. 12)

Uma citação como essa, pode responder um pouco essa pergunta, pois a mesma difere o homem de ambos os séculos, mostrando que no século XVI o homem não tinha o saber matemático tão escancarado como no século XX, ele não se deparava com a matemática sempre que queria, era uma questão muito mais complexa para ambos, então notamos que existe uma diferença, e que as mudanças de tempo e ambientes pode sim diferenciar o homem na história, e responder se ele realmente pode ou não ser o mesmo. O filosofo Heráclito tinha uma ideia que penso que pode caber nessa pergunta, que é nós nunca tomamos banho no mesmo rio porque tudo vai mudando conforme o tempo, então não, o homem não vai ser sempre o mesmo.

O autor constrói esse texto com uma ideia de estudo do homem ao longo do tempo, principalmente o homem do século XVI, mas também conclui que o estudo é muito complicado e que existe bastante dificuldades nessa pesquisa, apesar de que analisando até o pouco do século XXI, podemos ter uma ideia muito maior e muito mais estudos para nos guiar nessa ideia das mentalidades. E entender todo o navegar do homem no tempo.

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