OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NO ENSINO MÉDIO
Por: noeluciene • 31/3/2017 • Trabalho acadêmico • 7.936 Palavras (32 Páginas) • 226 Visualizações
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
HISTÓRIA – 5º FLEX e 6º SEMESTRES
ANTÔNIO NOÉ DE MORAIS
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III –
5º FLEX e 6º SEMESTRES (REGULAR) – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NO ENSINO MÉDIO
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Lagoa da Prata
2016
ANTÔNIO NOÉ DE MORAIS
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III –
5º FLEX e 6º SEMESTRES (REGULAR) – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NO ENSINO MÉDIO
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Estágio Curricular Obrigatório II – 4º Flex e 5º Semestres (regular) - 150 horas
Orientador: Profa. Aline Vanessa Locastre
Tutor a distância: Mirian Luzia Cardoso
Tutor presencial: Daniel Aparecido Ferreira
Pólo de Apoio Presencial: Lagoa da Prata - MG
Lagoa da Prata
2016
ATIVIDADE 1- ESTUDO DE ARTIGO
O professor Marcos Silva, professor do curso de História da Universidade de São Paulo, coletou, classificou e editou uma coletânea de textos escritos por professores universitários e professores do então ensino de 1º e 2º graus: Repensando a História, ocorrido nos anos 1980, dentro das discussões sobre o ensino de História patrocinadas, entre outras instituições, pela SBPC e pela ANPUH.
Esse livro vem desfazer a concepção de que a universidade produzia conhecimento, e os professores formados por ela reproduziam-no, apenas encontrando novas formas para fazê-lo ou no máximo as reproduzindo. O diálogo proposto por essa obra ia, não na direção da instituição de uma via única para se pensar a respeito do ensino, mas valorizando as diferenças de pontos de vistas teóricos e as várias possibilidades abertas para a sua prática.
O artigo do professor Marcos Silva e da professora Selva Fonseca publicado na RBH em 2010, com o título "Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e perdas" vem buscar para o debate historiográfico a importância de repensar a historicidade do espaço escolar e confirmar que é importante na atual conjuntura da educação brasileira gerar um permanente diálogo reflexivo entre a prática educativa do professor de História e os conteúdos, quando refere-se a consciência histórica. O artigo faz também um exame sobre os rumos do ensino de História evidenciando os seus pontos positivos e negativos desde a década de 1980 até o início do século XXI (2010).
É nas convivências entre alunos e professores, saberes, materiais, fontes e suportes que os currículos são, de fato, refeitos. Devemos assim, valorizar, sempre, na ação curricular, os discursos dos diferentes sujeitos, o diálogo, a observação e o respeito às diferenças, a luta contra a desigualdade e o exercício da cidadania.
ATIVIDADE 2- ANÁLISE DO TEXTO DOS PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO
No final dos anos noventa do século XX, uma reestruturação a nível nacional sugeriu parâmetros, referências e diretrizes curriculares nacionais para todos as divisões de ensino e, especificamente, para as diversas disciplinas escolares, a partir do Ensino Fundamental. No caso da História, os Parâmetros Curriculares Nacionais – tanto de Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Anos Finais; 1998) quanto de Ensino Médio (PCN/99 e PCN+/02) – puseram em questão novas referências para o trabalho em sala de aula.
Os PCNs de História apresentam reflexões importantes sobre as relações existentes entre a historiografia - saber histórico - e o conhecimento transmitido e produzido nas escolas - saber histórico escolar. Fazendo a separação entre esses dois tipos de "saberes", reconhece o aluno como indivíduo ativo no processo de aprendizagem e frisa que as técnicas internas de aprendizagem devem ser respeitadas como parte importante do processo de construção do saber histórico escolar. Além disso, os PCN frisam a importância de se considerar, no ensino de História, as várias dimensões do tempo para assegurar um melhor entendimento histórico pelos alunos e a importância de ter nas aptidões cognitivas um dos objetivos da formação dos alunos. A partir de então, tem-se visto a multiplicação de manuais didáticos e de outros recursos pedagógicos, como CD-roms e livros paradidáticos, por exemplo, ajustado com o rumo das contestações historiográficas contemporâneas e que analisam as especificidades do saber histórico escolar.
Para a produção do trabalho, estudamos os PCNs de História, as circunstâncias de sua elaboração, a sua recomendação de trabalhar a História a partir de eixos temáticos e a ligação entre a História ensinada e a construção da cidadania. Nesse curso, verificamos que os PCNs indicam o ensino de História, a partir de eixos temáticos, empenhado com a prática da cidadania e com a edificação de uma sociedade plural e democrática. Apesar disso, a falta de um maior comprometimento da sociedade na produção do documento tem atrapalhado a realização dessa proposta. O Ensino Médio no Brasil está mudando. A solidificação do Estado democrático, as novas tecnologias e as modificações na produção de bens, serviços e saberes requerem que a escola proporcione aos alunos integrarem-se ao mundo contemporâneo nos princípios fundamentais da cidadania e do trabalho.
Tendo como ponto de partida os princípios definidos na LDB, o Ministério da Educação, num exercício conjunto com educadores de todo o País, chegou a um novo contorno para o currículo, alicerçado em competências básicas para a inserção de nossos jovens na vida adulta. Possuíamos um ensino descontextualizado, compartimentalizado e fundamento no acúmulo de informações. Ao inverso disso, procuramos dar significado ao conhecimento escolar, através da contextualização; fugir da compartimentalização, por meio da interdisciplinaridade; e promovendo o raciocínio e a capacidade de aprender.
Estes Parâmetros desempenham o duplo papel de divulgar os princípios da reforma curricular e guiar o professor, na procura de novas abordagens e metodologias. Ao reparti-los, temos a convicção de contar com a capacidade de nossos mestres e com a sua dedicação no aperfeiçoamento da prática educativa. Por isso, reconhecemos sua construção como um processo contínuo: não só ansiamos que influenciem positivamente a prática do professor, como aguardamos poder, com base nessa prática e no processo de aprendizagem dos alunos, analisá-los e melhorá-los.
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