O público e o privado na Grécia
Por: Vitoria Barroso • 7/1/2017 • Resenha • 505 Palavras (3 Páginas) • 343 Visualizações
THEML, Neyde. O público e o privado na Grécia
p.70
‘’Tanto Tucídides quanto Aristóteles o que nos dizem é que a casa e a família eram uma unidade de reprodução da espécie, do patrimônio, da ordem político religiosa e da ideologia políade, que se fundamentava nos princípios da liberdade, da harmonia, do equilíbrio e da justa medida’’
P. 71
O oikos significava diversas coisas para um ateniense do século V, um espaço que compreendia sua moradia onde guardava todos os seus bens materiais. Essa construção era habitada por um ‘’grupo humano’’ estruturado a partir de relações de poder, formado pela família do cidadão e seus escravos. Além de ser um local reservado para a moradia, também era ocupado pelas atividades de caráter econômico, de produção agro-pastorial, onde o artesanato em alguns casos também estava presente
P,77
Objetivos do casamento ‘’a reprodução, assegurando a descendência, através de filhos legítimos e futuros cidadãos; a conservação ou mesmo ampliação do patrimônio; a manutenção do culto dos ancestrais e de uma certa ordem políade’’
p.78
Em algumas ocasiões as mulheres assumira temporariamente o papel de kúria, como na ausência do marido, viuvez ou guerra
‘’O celibato era condenado com penas de multa, desde a época de Sólon (594-92). O casamento não tinha a finalidade do prazer, mas produzir um terceiro legitimo e apto para perpetuar o culto familiar, o patrimônio e amparar o pai na velhice. Para a mulher toda atividade sexual estava voltada para a relação conjugal, e o marido era parceiro exclusivo’’
P.79
Em Contra Neera, o homem ateniense tem uma esposa para propriar filhos legítimos e administrar seus bens, uma palaké para cuidar dos afazeres cotidiano e uma hetaíria para seu prazer sexual
‘’A gyné como procriadora aparece nos textos metaforizado como a terra cerealífera e a abelha, estando intimamente ligada a Deusa Demeter. A festa anual das Themosphorias publiciza o papel de complementariedade social da esposas tanto no oikos quanto na pólis’’
p. 82
Na documentação escrita a mulher ateniense casada ‘’aparece confinada às paredes da sua casa, administrando-a com autoridade. Permanecia grande parte do dia no gineceu, onde tecia e fiava, só saindo para algumas festas públicas’’
P.83
Em 451, Péricles promulgou uma lei onde só seria alcançada a cidadania mediante a filiação de pai e mão ateniense
p. 86
‘’A virtude da esposa estava em obedecer as ordens e desejos do marido’’ política 1254b. 13-14 ‘’
‘’As relações implantadas no oikos eram de hierarquia e obediência ao Kúrios’’
Direitos do homes: ensinar a esposa a administração do oikos e os valores morais da família; direito de repudiar a mulher por esterilidade e adultério ‘’
P.87
‘’A mulher era um belo e necessário mal’’ Mito de pandora
‘’ A diversidade sexual produziu, no imaginário ateniense, a criação de espaços que o homem e a mulher estabeleciam numa complementariedade, produzindo a unidade do oikos e da pólis’’
P.88
‘’A família tinha que se reproduzir. O nascimento de um filho significava a manutenção do culto doméstico, do patrimônio, da proteção dos pais na velhice, da reprodução da ordem cívica e do equilíbrio entre espaço público e espaço provado’’
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