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Apreciação Critica Livro

Por:   •  4/10/2018  •  Artigo  •  658 Palavras (3 Páginas)  •  1.615 Visualizações

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Bom dia. Hoje farei a minha apresentação do livro “Se isto é um Homem” de Primo Levi com o intuito de vos incentivar à leitura do mesmo uma vez que é uma obra incrível.

“Se Isto é um Homem” é o relato impressionante, na primeira pessoa, da estadia num campo de concentração. Na minha opinião, este livro deve ser lido por qualquer pessoa pois é bastante enriquecedor. Gostei muito de o ler, tendo a necessidade de saber o que iria sempre acontecer nos próximos momentos.

Na minha perspetiva, é um livro de fácil leitura pois tem vocabulário simples e de fácil compreensão, fazendo também várias descrições pormenorizadas, “ O lavatório é um local pouco convidativo. Está mal iluminado, cheio de correntes de ar, e o chão de tijoleira está coberto por uma camada de lama.”.

O relato desta história é bastante emotivo e enfatiza a verdadeira dor que estas pessoas sentiam, dor que pensamos conhecer, porém por mais descrições que existam, na minha perspetiva, não é possível compreender o sofrimento sentido, “Depois de cinquenta passos, estou no limite do que se costuma chamar a normal suportação: os joelhos dobram-se, o ombro dói como se estivesse apertado num torno, o equilíbrio está em perigo. A cada passo sinto os sapatos chupados pela lama faminta, por esta lama polaca omnipresente cujo horror monótono preenche os nossos dias.”.

Apesar de todo este sofrimento são capazes de dar muita importância às coisas simples da vida oferecidas pela Natureza, o que eu considero surpreendente, dado que é algo que a humanidade em situações de vida normal é, muitas vezes, incapaz de o fazer, “É um sol polaco, frio, branco e longínquo, e não consegue aquecer para além da epiderme; mas, quando se libertou das últimas neblinas, um murmúrio percorreu a massa decorada que somos, e quando eu também senti a tepidez através da roupa, compreendi como se pode adorar o Sol.”

É descrito também o frio que passam, as condições desumanas a que são postos à prova e, a meu ver, por mais frio que tenhamos nos dias de Inverno nunca será um frio tão terrível como este, “Quem não morrer, irá sofrer minuto após minuto, em cada dia, todos os dias: desde antes do amanhecer até à distribuição da sopa da noite, deverá ter constantemente os músculos tensos, dançar de um pé para o outro, bater os braços debaixo das axilas para resistir ao frio.”

Além de todo o árduo trabalho, do frio ainda existe a fome e as descrições que o autor faz levam a uma introspeção interior de o que é afinal a dor, “Agora cada um está a raspar cuidadosamente com a colher o fundo da marmita para tirar os últimos restos de sopa, o que provoca um ruído metálico que significa que o dia acabou.”.

Por último, a meu ver, as interrogações retóricas feitas ao longo da narração conferem também riqueza ao texto, “Mas a nós isto não foi concedido, porque éramos muitos e o tempo era pouco, e afinal de que nos deveríamos arrepender, e de que devíamos ser perdoados?” / “Tenho de lhe dizer que a camisa já não vai fazer falta?”.

Assim, concluo a minha apresentação. Este livro é arrepiante, deixando as emoções à flor da pele. Para mim, a leitura desta obra foi marcante e, por isso, aconselho-vos sem dúvida alguma, realçando o testemunho valioso que é dado.

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