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FICHAMENTO: “AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: TEORIA E PRÁTICA”, DE ALESSANDRA DEL RÉ

Por:   •  9/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.148 Palavras (5 Páginas)  •  459 Visualizações

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O livro “Aquisição da Linguagem: Uma Abordagem Psicolinguística”, tendo como organizadora Alessandra Del Ré, foi publicado em 2006 pela Editora Contexto. Levando em consideração que não é de hoje que a linguagem da criança vem intrigando linguísticas e interessados na questão, o primeiro capítulo tem como propósito, no primeiro momento, realizar um breve percurso histórico, buscando estabelecer a Psicolinguística e a Aquisição da Linguagem nos estudos linguísticos, examinando seus campos de atuação questionando as metodologias envolvidas. Foi apresentado também os resultados da pesquisa efetuada com crianças entre 3 – 6 anos, associada a Linguística, de modo geral, e ao âmbito educacional. Em seguida a obra realiza uma descrição histórica sobre o inicio dos estudos sobre a aquisição da linguagem. Ressaltando que nessa época o objeto de estudo linguístico não tinha ainda sido determinado, sendo assim não havia, portanto um método definido. O primeiro registro data do século XX, momento da Linguística Histórica e Gramática comparada, passa por Saussure e Bloomfield na primeira metade do século XX, e, em seguida, defronta-se com Chomsky e a Teoria Gerativa Transformacional, assim sendo a linguística passa a ser reconhecida como ciência descritiva e explicativa.

Posteriormente, o texto relata que de acordo com Maingueneau, a Psicolinguística poderia ser considerada atualmente como a ciência da linguagem que analisa o processamento psicológico implicados na aprendizagem e no uso da linguagem, mesmo ciente que nem sempre foi uma tarefa fácil defini-la. Portanto, logo após seu surgimento, no final dos anos 1950, por não possuir seus próprios objetos e métodos, a Psicolinguista sentiu-se na obrigação de tomar algumas posições relacionadas a Psicologia e a Linguística: afinal a quem ela pertencia ou estava ligada? Havia de um lado os psicólogos desejando entender como funciona a linguagem para posteriormente compreender a mente humana; e do outro lado os linguísticos questionando a relação pensamento/linguagem ou ainda a ligação entre a ação de falar e pensar, e se as referidas ações podia ou não serem separadas, se a linguagem era necessária ou não ao pensamento.

Embora tenha ocorrido vários questionamentos e depois de atravessar por varias etapas, é nesse “encontro” da Psicologia com a Linguística que ocorre a junção das experiencias do indivíduo ao falar, ao escrever, ao ouvir, ao ler e etc.

Segundo Maingueneau, a psicolinguística trata-se de uma área de pesquisas variadas, em que o investigador pode optar entre diferentes possibilidades de recorde, onde o texto irá destacar algumas delas, veja a seguir: a produção de enunciados, a interpretação de enunciados, a memorização, o plurilinguismo, as patologias da linguagem e a aquisição da linguagem.

O texto ressalta alguns questionamentos feitos relacionados a aquisição da linguagem na busca para entender de que modo a criança aprende tão rapidamente a língua que dominara pouco tempo depois, e se há um período critico (idade máxima) para essa aquisição; se existe uma relação entre a produção e a percepção da linguagem ou, ainda, entre a aquisição normal e a aquisição por crianças com algum tipo de desvio, e se existe algum elemento da linguagem (fonologia, morfologia, sintaxe, etc) que adquirido antes do outro, perante tantas indagações de alguma maneira acabou conduzindo a própria Aquisição da Linguagem a ganhar uma certa autonomia nos últimos anos, originando assim três (sub)áreas de pesquisas, são elas: aquisição de língua materna, aquisição de segunda língua e aquisição da escrita.

No que diz respeito a questão da metodologia surgiu alguns problemas em decorrência do caráter interdisciplinar nos estudos que abrangem tanto a Psicolinguista quanto a Aquisição de Linguagem, problemas esses citados pela autora como: dificuldade de haver um consenso quanto ao estabelecimento de uma metodologia definitiva e a impossibilidade de se iniciar uma pesquisa dessa natureza sem uma metodologia.

A autora ressalta que na verdade é de grande valia que ocorra uma postura teórica, pois é a mesma que vai nortear a metodologia e a seleção de dados, segundo a autora essa talvez seja a parte mais difícil da pesquisa, mas sem dúvida é também essencial porque dela depende o direcionamento do trabalho, e começar uma coleta de dados sem ter ao menos um ponto de partida metodológica é considerado pela autora impossível.

Em seguida, o texto apresenta uma visão geral das teorias que procuravam e ainda procuram

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