A DANÇA E A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: moninha111 • 26/8/2018 • Artigo • 6.161 Palavras (25 Páginas) • 284 Visualizações
A DANÇA E A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Creusa Alves Pinto Soares¹
Orientador (a): Heury Alex Sander Neves²
RESUMO: O presente artigo aborda sobre a importância do estímulo da música e da dança durante a infância. O objetivo é estudar o desenvolvimento da criança a partir de suas habilidades motoras, contribuindo dessa maneira para seu desenvolvimento integral. Este trabalho está voltado para os aspectos específicos de que a dança e a música apresentam na Educação Infantil, como formas de expressões fundamentais para o desenvolvimento motor e psicomotor da criança, uma vez que a dança está necessariamente controlando e coordenando seus movimentos corporais associados ao pensamento, promovendo a autoestima e a criatividade ao proporcionar um trabalho de consciência corporal. Destacar-se-á a importância que a música possui como instrumento de interação na Educação infantil e também como grande fator de contribuição na formação integral da criança, uma vez que esta é uma forte ferramenta pedagógica na Educação Infantil.
Palavras-chave: Dança. Música. Educação.
Cabreúva
2018
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- Licenciada em Pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) ano de 2012, pós-graduanda em Educação Infantil pela Gênio Sistema Educacional. E-mail: creusa.asoares@bol.com.br
- Pedagogo Especialista em EAD. E-mail:creusa.asoares@bol.com.br
1 INTRODUÇÃO
A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL-LDB(1996), outorga que seu objetivo principal é desenvolver integralmente a criança até seis anos de idade, a fim de complementar a ação da família e da comunidade. Este documento também define que a educação infantil deverá ser oferecida em creches ou institutos semelhantes e em pré-escolas. Com relação ao desenvolvimento integral infantil, o Plano Nacional para Educação (2000) afirma que o potencial humano deve ser explorado por profissionais capacitados a fim de promover o seu desenvolvimento sem desperdiçar suas habilidades. Neste sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais/PCN de Arte (1997) afirmam que o educador deve influir na forma como o cérebro será ativado ao executar funções em áreas como a linguagem, a música e a dança.
Levando-se em conta que o ensino de Arte se tornou obrigatório por meio da Lei de Diretrizes e Bases/ LDB (1996), os PCN – Arte (1997) – orientam que seu ensino explore as quatro linguagens artísticas: dança música, teatro e artes plásticas. Este conhecimento amplia as formas de expressão e linguagens das crianças (PILLOTTO; MOGNOL,2003).
Sob um ponto de vista mais específico da nossa área de atuação, a dança, o seu ensino em creches e pré-escolas visa proporcionar o desenvolvimento físico, social e emocional, além de promover os valores artístico-culturais.
De acordo com Santos, Lucarevski e Silva (2005)|:
Devido aos métodos e processos livres utilizados por estas disciplinas, as crianças têm a possibilidade de aprender, pelas experiências do próprio corpo, a agirem livremente no espaço em que vivem interagirem com as pessoas que as cercam, além de expressarem sentimentos e pensamentos através de formas diferentes de comunicação corporal (p.1 2).
As experiências corporais são diretamente exploradas e desenvolvidas na dança, que ainda podem integrar as habilidades criativas e intelectuais dos alunos, proporcionando-lhes o uso da imaginação e do corpo para dar sentido às experiências sensório-motoras. Diante disso, a dança na educação infantil deve permitir que as crianças compreendam suas ações particulares e coletivas através da linguagem corporal, visto que a exteriorização dos sentimentos humanos também se dá pelo movimento.
É notório, entretanto que, nesta faixa etária, o trabalho corporal em dança não deve priorizar uma técnica padronizada por limitar os movimentos das crianças. (SILVEIRA; LEVANDOSKI; CARDOSO, 2008).
Assim como as outras artes, a dança também possui conteúdos teórico-práticos específicos. Uma maneira de alcançar bons resultados na construção destes conhecimentos e no desenvolvimento social, corporal, afetivo e cognitivo da criança é através da adoção do lúdico como recurso pedagógico, devido ao seu caráter dinâmico, criativo e atraente. Segundo Beatriz Kulisz (2006, p. 93), a “educação lúdica”, além de proporcionar a formação da identidade e da personalidade da criança, favorece a percepção crítica e o equilíbrio emocional, promovendo a interação entre o ‘eu’ e o ‘outro’ e estimulando a inteligência.
Seu auxílio na aprendizagem pode tornar o processo educacional prazeroso, o que abre possibilidades para a criança aprender sem notar que está aprendendo, adquirindo conceitos ao imaginar (-se) novas situações e impulsionando sua curiosidade para buscar novos conhecimentos.
Não há como negar a importância e a necessidade das artes na educação infantil. Frisamos aqui neste artigo que unir a dança com aspectos lúdicos pode proporcionar às crianças desenvolvimento e aprendizagem integral, envolvendo cognição e experiências sensório-motoras através de brincadeiras e atividades prazerosas. Assim, constroem-se espaços para que as crianças vivenciem o conhecimento da dança como arte, com o objetivo de conhecê-la, apreciá-la e valorizá-la.
Dança e ludicidade se articularam para promover a construção do conhecimento em cultura e arte. Por isso é importante incentivar as relações intersociais e intra-sociais, desenvolvimento motor e noções espaciais e temporais dos participantes.
A GARDNER (2002), define que a primeira inteligência humana demonstrada na vida social é a inteligência musical, pois ao sair do útero materno a criança descobre o mundo através do som da voz da mãe e demais familiares, e através disto a Educação utiliza a música como estímulo ao desenvolvimento de várias habilidades e competências humanas, a dança é fundamental tanto para sua formação artística quanto para sua integração social. Elas desenvolvem os estímulos tátil, visual, auditivo, afetivo, cognitivo e motor.
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