A GESTÃO ESCOLAR EM UMA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA
Por: Thais Sabrine • 18/3/2019 • Trabalho acadêmico • 4.293 Palavras (18 Páginas) • 314 Visualizações
GESTÃO ESCOLAR EM UMA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA
Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar as formas de participação da comunidade na gestão escolar em uma perspectiva democrática através de investigação bibliográfica a partir de referências teóricas elaboradas sobre o tema, como por exemplo, as argumentações de: Arroyo (2000); Cury (1997); Ferreira (2011); Gadotti (1994); Luck (2010); Morgan (1996); Paro (2007); Romão e Padilha (1997); Veiga (2010), com base na gestão escolar democrática prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 9394/96 e também, com o suporte de textos virtuais. Gestão democrática é gerir contando com o envolvimento mais efetivo por parte de pedagogos, professores, funcionários, pais, alunos e comunidade para, juntos promoverem o desenvolvimento da escola priorizando resultados com eficácia na consecução dos objetivos traçados. Nota-se a importância de criar o sentimento de pertencimento nos envolvidos, ou seja, cada um é parte da instituição e, portanto deve administrá-la diligentemente. Num país tão rico em diversidade cultural como o Brasil perceber e aceitar as diferenças do outro é mais um ponto primordial. A gestão é uma área de grande relevância na educação e neste contexto a mudança de paradigmas se faz necessária visando à formação do educando com espírito crítico e competências significativas que lhe dê condição de superar os desafios da atualidade - este é um dos fatores que justificam a escolha deste tema. A competência da gestão escolar se manifesta na ação diretiva democrática, onde as responsabilidades são divididas, onde as habilidades pessoais são colocadas à disposição e são exploradas em prol do bem comum.
Palavras-chave: Gestão escolar. Perspectiva democrática.
1 INTRODUÇÃO
- Natureza do Trabalho
Este estudo foi realizado através de investigação bibliográfica e a partir de referências teóricas publicadas em livros, na LDB n.º 9.394/96 e também, com o suporte de textos virtuais, visando proporcionar maior familiaridade com o tema, buscando conhecer e analisar as contribuições dos autores e da lei, compilando informações e conhecimentos prévios que venham explicitar o tema escolhido e o questionamento feito.
A pesquisa bibliográfica foi o suporte de todas as fases do projeto. Ela auxiliou na definição do tema, na determinação dos objetivos, na construção dos questionamentos, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final.
O objetivo principal deste artigo é analisar as possíveis formas de participação da comunidade na vida escolar, percebendo a importância de quebrar paradigmas antigos sobre a figura gestora, através da análise de algumas reflexões teóricas elaboradas com o olhar na gestão educacional democrática da escola.
O atual quadro da política brasileira, inclusive na educação, aponta grandes transformações. A escola encontra-se inserida no contexto de num mundo globalizado, e deverá atuar frente a desafios que o gestor do século XXI terá que enfrentar, onde é fundamental a aquisição de novos conhecimentos, como também, nova maneira de gerir.
Dentro deste aspecto, a ação diretiva democrática tem sido muito discutida, pois a conjuntura da sociedade que vivemos exige um novo caminho para a transformação no sistema atual de ensino, articulando mudanças em direção à descentralização do poder, tendo como base um trabalho executado com participação de toda comunidade escolar, envolvendo a sociedade como um todo.
A LDB, no Título II, Art. 3º, Inciso VIII, determina “gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino”. Diante disso, o presente trabalho tem como objeto de estudo a “Gestão escolar em uma perspectiva democrática” e seu problema de estudo é “Como enfrentar os desafios da gestão democrática no contexto de uma sociedade que se democratiza e se transforma”?
É necessário a existência de uma gestão mais democrática, que gere interesse e envolvimento diante dos fatos ligados ao trabalho pedagógico como também, de tomada de decisões em acontecimentos que exerçam influência no funcionamento da escola num processo de reestruturação, onde cada um se compromete a fazer um trabalho coletivo visando obter resultados concisos e eficazes.
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No contexto de uma sociedade que rege sobre os princípios da democracia, que busca transformação as probabilidades de atingir os objetivos propostos são bem maiores quando a instituição de ensino é gerida democraticamente. Quando há envolvimento passa a existir responsabilidade e o estímulo é maior, daí a importância desta pesquisa, que contribui para um maior conhecimento sobre gestão democrática e para o surgimento de uma sociedade cada vez mais justa e participativa dentro da escola.
A gestão escolar democráticavem com a deliberação de substituir o paradigma autoritário pelo democrático, pois a verdadeira democracia se revela na participação ativa de todos, na solução de problemas cotidianos; dando oportunidade de cada envolvido mostrar o seu potencial, seus dons e sua capacidade de criar. Buscando organizar, mobilizar e articular toda estrutura da escola: material, humana e tecnológica, que são vitais para garantir o desenvolvimento do sistema sócio educacional das instituições de ensino, proporcionando condições reais de aprendizagem aos educandos para que sejam capazes de encarar com obstinação os desafios da atual sociedade globalizada e da economia voltada para o conhecimento e para a criatividade.
Por outro lado, para que os alunos sintam-se parte integrante deste processo e permaneça na escola é preciso buscar um novo formato de ensino, onde o conhecimento é o foco principal, em que se estimule e motive o educando a um pensar crítico, através de atos claros e conscientes. A escola precisa ser vista como um lugar de livre produção de ideias e nesta conjuntura presença de grêmios estudantis é um excelente estímulo.
É obvio que os desafios são muitos e diante dessa constatação, o gestor precisa suscitar situações que possam sucumbir às dificuldades existentes entre a teoria e a prática, repensando sua administração,valorizando as habilidades individuais, dando a todos a oportunidade democrática de participar deste processo, opinando com ideias coerentes à vista das questões discutidas na escola.
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