A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: elaine2608 • 21/4/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.953 Palavras (8 Páginas) • 272 Visualizações
LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Acadêmico¹
Tutor Externo²
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
A história da humanidade vai de encontro com a história da matemática, ambas sempre caminharam e caminham juntas. A matemática é um saber em constante construção, que vem sendo produzida e aperfeiçoada pelas relações sociais. Ela começou a auxiliar em progressos individuais e coletivos, na possibilidade de busca de soluções das situações-problema em que o ser humano se encontrava, o que contribuiu para o desenvolvimento da história e das ciências para a sua criação e desenvolvimento de forma geral.
Conseguimos perceber que o objetivo central da matemática está no modo de sua utilização, que é constante e diária em nossas vidas, assim como na vivencia de nossas crianças e educandos. Ela aprende, primeiramente as noções e depois, conforme vai crescendo e amadurecendo, os conceitos para melhor aplicar o que já sabe e aprendeu. O que torna o aprendizado leve, pois é constante.
Através de pesquisas bibliográficas fomos capazes de perceber que institivamente a criança se utiliza de várias concepções da matemática nas mais simples brincadeiras. Com o auxílio de alguns escritores como Smole, Kishimoto, Panizza e Halaban constatamos que a maneira mais fácil de ensinar os fundamentos desta disciplina é através do lúdico, das brincadeiras corriqueiras e cotidianas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica onde a criança de zero a cinco anos de idade recebe educação e cuidados em creches e pré-escolas. Esse nível de ensino tem como princípio norteador perceber a criança como cidadã, sujeito de direitos, ativa no processo de construção de conhecimentos. Além disso, o trabalho na Educação Infantil deve ser planejado, pensado e organizado em torno de experiências com as diferentes linguagens.
De acordo com o RCNEI - Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil -documento referencial que guia uma reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais que atuam diretamente na educação infantil, e que vem por sua vez orientar a forma de trabalhar com planejamento direcionado ao trabalho a ser realizado dentro de sala, nos diz que:
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O meio em que a criança está inserida apresenta-se repleto de fenômenos naturais e sociais que se entrelaçam e promovem o despertar da curiosidade. E desde muito pequenas, interagem e aprendem com o seu meio através de perguntas e procurando, por si só, as respostas às suas indagações. Através destas interações, elas têm a oportunidade de vivenciar experiências e interações em um contexto de valores, ideias e conceitos sobre os mais variados temas a que tem acesso em seus dia-a-dia.
Ainda em concordância com o RCNEI (BRASIL, 1998):
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Percebe-se então que cabe ao professor usar este conhecimento nato da criança para fortalecer e ampliar seu saber. Utilizando técnicas e sua instrução acadêmica, o mestre guia sua turma através de brincadeiras e de modo descontraído, para a construção do saber matemático e da linguagem matemática propriamente dita. E vai com ela construindo conceitos básicos e necessário para o aprimoramento desta.
As Diretrizes Curriculares também apresentam como necessidade de garantia de experiências na Educação infantil que:
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Essas experiências são vivenciadas no trabalho com a matemática mediante a exposição de ideias próprias e da escuta da ideia do outro: da formulação e da comunicação de procedimentos para a resolução de problemas; do confronto, da argumentação e da procura pela validação de seu ponto de vista; da antecipação de resultados de experiências não realizadas; da aceitação do erro; da busca por dados que faltam para resolver problemas, entre outras coisas. Deste modo, a criança poderá tomar decisões, agindo como construtora de conhecimento e não apenas executora de instruções.
Halaban (2006, p.13) deixam muito claro em sua obra que é através das brincadeiras que o professor vai ensinando os conceitos matemáticos para a construção de novos saberes. Sendo que o brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o mundo que a cerca a aprende ao interagir com o mesmo. Vemos o lúdico como alicerce, pois está sempre presente, no que quer que a criança esteja fazendo.
Percebe-se que a utilização da matemática pode contribuir na formação de cidadãos autônomos, de plenos poderes de suas faculdades mentais superiores para a resolução de problemas cotidianos. Mantendo esta perspectiva, compreende-se que a continuidade da aprendizagem da matemática não dispensa a intencionalidade e o planejamento, dando importância a atitudes indispensáveis do adulto como reconhecer a potencialidade e a adequação de uma dada situação para a aprendizagem, para tecer comentários, para formular perguntas, para suscitar desafios, para incentivar a verbalização pela criança, etc. Segundo o Referencial, “é preciso considerar o rápido e intenso processo de mudança vivido pelas crianças nessa faixa etária”.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
As crianças desde seu nascimento estão inseridas em um universo no qual os conhecimentos matemáticos são parte complementar. Estas participam de uma série de acontecimentos envolvendo números, relações entre quantidades, noções sobre o espaço. Empregando de seus conhecimentos prévios e adquiridos elas utilizam a contagem e operações para resolver problemas cotidianos, como conferir figurinhas, marcar e controlar os pontos de um jogo, contar com os dedos a sua idade, repartir as balas entre os amigos, manusear o dinheiro e operar com ele etc.
Do mesmo modo que observam e atuam no espaço ao seu redor e, devagar, vão descobrindo caminhos, identificando posições e comparando distâncias, estabelecendo seu sistema de referência. Essa vivência inicial oportuniza a elaboração de conhecimentos matemáticos.
Figura 1: Utilização de jogos para ensinar Matemática
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Fonte: Disponível em <https://www.unasp.br/pesquisa-e-extensao/projeto-de-intervencao-pedagogica-utilizando-jogos-com-criancas-que-apresentam-dificuldades-de-aprendizagem-em-matematica/>. Acesso em: 04 nov. 2019.
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