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AS FACES DA VIOLÊNCIA

Por:   •  22/6/2017  •  Seminário  •  1.044 Palavras (5 Páginas)  •  369 Visualizações

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Diego Gasparini, Ester, Gabriella Helena, Hellen, Quézia e Mariana.

       Capítulo 22: As Faces da Violência

  1. Agressividade e Violência: O Enfoque Psicológico
  • O ser humano é agressivo;
  • Avalia-se a agressividade exclusivamente por suas manifestações: o comportamento;
  • A pessoa considerada “boazinha” é considerada como não agressiva, como não tendo nenhuma hostilidade dentro de si.
  • Precisamos entender que a agressividade é impulso que pode voltar-se para fora ou ara dentro do próprio indivíduo.
  • Agressividade sempre está relacionada com as atividades de pensamento, imaginação ou a ação verbal e não verbal;
  • Uma pessoa muito “boazinha” pode ter fantasias altamente destrutivas, sua agressividade pode ser manifestada pela ironia, pela omissão de ajuda, o que quer dizer que a agressividade não caracteriza exclusivamente pela humilhação, constrangimento ou destruição do outro;
  • A educação e os mecanismos sociais da lei e da tradição buscam a subordinação e o controle dessa agressividade;
  • Para a Psicanálise, afirma-se que a agressividade é construtiva do ser humano e, ao mesmo tempo afirma a importância da cultura, da vida social, como reguladores dos impulsos destrutivos.
  • A violência é o uso desejado da agressividade, como fins destrutivos, pode ser:
  • Voluntário (intencional), racional (premeditado e com objetivo “adequado” da agressividade) e consciente;
  • Involuntário, irracional (a violência destina-se a um objeto substituto, por exemplo, por ódio ao chefe, o indivíduo bate no filho) e inconsciente.

A violência está presente também quanto às condições de vida social, como o uso de drogas, o alcoolismo, o suicídio.

  1. A Violência e Suas Modalidades
  • Nesses últimos tempos, a violência invadiu todo o espaço, é como o processo tecnológico, o desenvolvimento da civilização, ao invés de proporcionar bem-estar para os indivíduos.
  • A violência cresce e, aparentemente descontrolada, mobiliza em todos nós a agressividade enquanto destrutividade: a destruição do outro e de nós próprios.
  • Pellegrino diz que: “Se não naturalizamos a violência, podemos descobri-la em suas mais diferentes, sutis e grosseiras expressões em nosso cotidiano”.
  1. A Violência na Família
  • Há em nossa sociedade, de um modelo de família que se caracteriza pela autoridade paterna e, portanto, pela submissão dos filhos e da mulher a essa autoridade, e pela repressão da sexualidade, principalmente a feminina.
  • Existem muitas outras violências além da física e sexual, ou seja, o abandono, a negligência, a violência psicológica, isto é, condições que comprometem o desenvolvimento saudável da criança e do jovem.
  • A primeira violência seria a negação do afeto para a criança, que depende disso para sua sobrevivência psíquica, assim como depende de cuidados e de alimentação para sua sobrevivência física.
  • É grande o número de crianças maltratadas pelos pais, e até mesmo assassinadas, e as vezes que os pais agem como se tivessem o direito essas práticas.
  1. Violência na Escola
  • A escola tende a dar continuidade do processo de socialização iniciado na família.
  • A maior violência exercida na escola é quando ela usa de seu poder sobre as crianças e os jovens para impedi-los de pensar, de expressar suas capacidades e os leva a se tornarem reprodutores de conhecimento.
  • Sobre a violência na escola, também é importante destacar as crianças e jovens das camadas populares, que acabam virando trabalhadores muito cedo, e não tem um desempenho esperado no ensino.
  • O preconceito leva à discriminação de grupos e à violência contra eles.
  1. A Violência na Rua
  • A violência nas ruas é um problema que afeta, particularmente os maiores centros urbanos.
  • A rua em si, no espaço social, da convivência torna-se o espaço da insegurança, do medo, da violência pelo “bandido”, pela política e até mesmo pelo cidadão comum.
  • Vemos todos os dias nos jornais, vários tipos de violência  a todo momento, tiroteio, briga em casas, briga no trânsito.
  • Existem relatos de pessoas que contam que antes quando passavam por crianças na rua, passava a mão na cabeça, hoje se vê uma criança tem medo, o que traz insegurança para toda a população.
  1. Violência e as Drogas
  • As drogas podem ser entendidas como um processo autodestruição do indivíduo, ela vem para preencher um “vazio”, que de outra forma, a sociedade não preenche.
  • Os “buracos” afetivos, a insegurança, a não comunicação com o mundo dos adultos sãos os principais responsáveis pelo engajamento do jovem nesse processo de destruição de si próprio.
  1. Violência e Criminalidade

São três aspectos ou conceitos ligados a questão:

  • O TRANSGRESSOR: O homem vive em grupos sociais. Para todos os grupos sociais, são estipula regras para serem cumpridas. Sempre que o transgressor ultrapassa esse limite/regra, é imposta uma consequência.
  • O INFRATOR: É o que transgrediu a norma ou alguma lei, é o que cometeu o ato, infração, que será punido. Essa pena pode ser aplicada de várias formas, como multa, cassação de direitos ou pena de reclusão.
  • O DELINQUENTE: É a identidade atribuída e internalizada pelo indivíduo a partir da prática de um ou várias delitos (crimes).  Investigam a história de vida, e a partir disso começa os estudos, leva à descoberta de impulsos, tendências, sentimentos e vivências anteriores que indiquem a finalidade do indivíduo com o delito.
  1. Projeto de Morte e o Projeto de Vida

Entre as várias faces que a violência demonstra, existem ainda dois aspectos importantes a serem destacados.

  • O primeiro é a destruição planejada, irresponsável da Natureza, isto é, poluição dos rios por produtos químicos, à devastação das grandes florestas, à poluição do ar. O homem tem característica fundamental é a capacidade de transformar a Natureza em seu próprio benefício.
  • O segundo é a ausência de cuidados que a sociedade demonstra em relação a milhões de crianças e jovens de baixas condições, isso acarreta em meninos e meninas que vivem na rua à sua própria sorte e no ingresso precoce de crianças no mercado de trabalho, como forma de garantia de sua própria sobrevivência, e também de sua família.

É importante considerar que a caracterização da situação de violência em que vivemos denuncia uma tendência para a autodestruição quer pela ação direta das forças destrutivas presentes no homem, quer pela omissão que leva amplos setores da sociedade a serem espectadores passivos desse espetáculo tanático. Romper com esse destino significa estabelecer uma nova ética de cidadão, em que os valores da vida prevaleçam sobre os da morte. Construir essa nova ética e um projeto de vida são tarefas para a juventude de hoje considerando os dados da história.

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