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As Tendência de Ensino no Brasil

Por:   •  18/5/2021  •  Abstract  •  820 Palavras (4 Páginas)  •  180 Visualizações

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Resumo Artigo

FIORENTINI, Dario. Alguns modos de ver e conceber o ensino da Matemática no Brasil. Revista Zetetikê Ano3-nº4/1995

Alguns modos de ver e conceber o ensino da Matemática no Brasil-Dario Fiorentini

Dario Fiorentini, no estudo intitulado “Alguns modos de ver e conceber o ensino de Matemática no Brasil”, identifica e descreve seis tendências pedagógicas: a formalista clássica, a empírico-ativista, a formalista moderna, a tecnicista e suas variações, a construtivista e a socioetnoculturalista.

A fim de identificar e explicitar as diferentes tendências pedagógicas do ensino da matemática, historicamente produzidos no Brasil, o estudo considerou as seguintes categorias descritivas: a concepção de matemática; a concepção do modo como se processa a produção do conhecimento matemático; os fins e os valores atribuídos ao ensino de matemática;  as concepções de ensino e de aprendizagem; a visão de mundo subjacente;  a proposta de relação professor/aluno/conhecimento matemático;  a perspectiva de estudo/pesquisa visando à melhoria do ensino da Matemática.

Segundo Fiorentini (1995) a tendência formalista clássica foi acentuadamente livresca, centrada no professor e a aprendizagem do aluno era passiva, de memorização e reprodução dos raciocínios e procedimentos ditados pelo professor ou pelo livro didático. 

Observa-se ainda que essa tendência enfatiza as ideias e formas da Matemática clássica, principalmente o modelo euclidiano, ou seja, a sistematização lógica do conhecimento a partir de elementos primitivos como: definições, axiomas, postulados.  Também destaca uma concepção platônica, na qual os conhecimentos preexistem e não são construídos pelo homem, cabendo ao professor conhecer o que irá ensinar e passar os conteúdos “prontos” e “acabados” e ao aluno resta “copiar” e “repetir”.

Outra tendência trazida por Fiorentini (1995) é a empírico-ativista, onde o aluno passa a ser considerado o centro da aprendizagem e o professor torna-se um facilitador ou um orientador da aprendizagem. Pode-se afirmar que esta tendência desloca o eixo da questão pedagógica do intelecto para a espontaneidade.

Segundo o autor o surgimento da pedagogia ativa ocorre como negação ou oposição à escola clássica, buscando atender à natureza da criança. Epistemologicamente, a tendência empírico-ativista não rompe com a concepção idealista de conhecimento, uma vez que acredita que o conhecimento se dá pela descoberta, a diferença é que essas ideias preexistem não no mundo ideal, mas no mundo natural e material que vivemos. Assim, valoriza os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.

Além das tendências já citadas, Fiorentini (1995) apresenta a tendência formalista moderna com as seguintes observações, trata-se de uma tendência que será influenciada pelo movimento da Matemática Moderna, este movimento promoveria um retorno pedagógico ao formalismo matemático. Assim, a proposta pedagógica continua centrada no professor e o aluno continua sendo considerado passivo, salvo poucas experiências alternativas como por exemplo: “método de estudo dirigido" e outras experiências "inovadoras" realizadas pelos ginásios vocacionais.

O ensino proposto na formalista moderna fundamenta-se em organizar o conhecimento matemático e enfatiza a Teoria dos Conjuntos, as Estruturas Algébricas e Relações e Funções, acentuando a abordagem internalista da matemática, enfatiza-se o uso preciso da linguagem matemática, o rigor e as justificativas das transformações algébricas pelas propriedades estruturais.

A seguir o artigo explicita a tendência tecnicista e suas variações, estas tinham como finalidade integrar o indivíduo à sociedade, tornando-o capaz e útil a mesma. O método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas, não existia preocupação em fundamentar ou justificar o conteúdo ensinado. A pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no educando, mas nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino (FIORENTINI, 1995).

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