Contxtualizçao na pratica de ensino
Por: Nãna Asatsuma • 21/9/2015 • Resenha • 1.610 Palavras (7 Páginas) • 276 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ICS – CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS)
Aluno(a): Claudiane Alves de Souza Asatsuma
Matrícula: RA –B88645-5 Turma: EF1B68 Turno: Matutino
1. Tema: Movimento Humano: Um objeto de estudos para o esporte
Disciplinas: O tema sobre Movimento Humano, visto como objeto de estudos para o esporte, está diretamente relacionado com a disciplina Motricidade Humana através dos movimentos corporais. Além disso, envolve também a relação Homem e Sociedade com o mundo esportivo através da cultura social.
Objetivo:
O objetivo deste trabalho é estudar e analisar os assuntos e temas relevantes que abrangem as áreas curriculares da Educação Física e o mundo que a norteia. A análise deste trabalho se baseia em textos teóricos e argumentativos que foram elaborados por alguns especialistas, que acompanham as atividades empíricas relacionadas entre a Motricidade Humana e a Educação Física. Seguindo esse contexto, a escolha não poderia ser diferente, se aqui não mencionar as bases de estudos que envolvem a ação do movimento popular. Assim, corpo, cultura e a movimentação popular como precursores do esporte serão analisados dentro de uma unicidade, ou seja, o Movimento Cultural como precursor das práticas esportivas.
Além disso, em face de alguns questionamentos como:- Por que algumas habilidades sobressaem mais em alguns países do que em outros? Será que a prática determina a cultura de um povo, ou a cultura local estabelece paradigmas esportivos? Nessa linha de raciocínio e de forma específica, segue o embasamento sobre o texto do periódico das autoras Mendes e Nóbrega (2009) - Revista Brasileira de Educação - para obtermos algumas respostas sobre tais assuntos.
Desse modo, o desenvolvimento do trabalho relaciona-se com algumas áreas específicas: social, cultural, esportiva e, principalmente, com a Cinesiologia¹ Humana. Portanto, o tema proposto destaca-se pela contextualização dos movimentos antropológicos, e ainda assim, proporciona possíveis estudos sobre o Ser Humano e a sua Movimentação social.
2. Desenvolvimento
De acordo com Mendes e Nóbrega (2009), o corpo humano é formado por uma dinâmica molecular, que vai se organizando e reorganizando mediante as provocações advindas do ambiente, da interação entre pessoas e da sociedade, com as quais convivemos e modificamos. Assim, o corpo possui uma historicidade tanto na estrutura orgânica, quanto na interação com a cultura em que se convive. Assim, o ser humano constrói-se historicamente, mediante as suas experiências de vida.
A cultura e os gestos do movimento são compreendidos como uma proposição epistemológica, ou seja, são conhecimentos cultivados e aplicados por uma sociedade.
“(…) ao considerar o ser humano que realiza o movimento, essa proposta passa a reconhecer as significações culturais e a intencionalidade do movimento humano”. (Mendes e Nóbrega, 2009, p.1). Desse modo, conforme as autoras mencionadas, os movimentos culturais dos seres humanos são constituídos por conteúdos simbólicos e significantes, criados pela comunidade e encontrados de formas específicas nos jogos, nas danças, em teatros e nas competições esportivas, “Todos os povos se movimentam caminham, correm, saltam ou praticam esportes (...)”. (Mendes e Nóbrega, 2009, p.2).
Com isso, segue-se um pressuposto de que a forma de movimento cultural influencia na conduta e nas práticas esportivas. Tomam como exemplo, as práticas esportivas de uma cultura asiática que mesmo absorvendo normas ocidentais serão descritas e jogadas de formas, possivelmente, diferente das que praticamos.
Sobretudo, de acordo com as autoras acima, a noção de comportamento corporal caracteriza-se por efeitos às explanações e das relações de movimentos e relações culturais. Os gestos expressam símbolos e formam a linguagem do corpo no sentido tanto coletivo quanto individual:
“Observando-se, por exemplo, um festival de danças folclóricas vê-se com clareza as diferenças entre sociedades por meio dos movimentos corporais ritmados, a formação do grupo no palco, a postura dos dançarinos, a rigidez ou a soltura de movimentos. Assistindo-se a uma copa do mundo de futebol, também pode-se diferenciar com nitidez uma seleção de outra, a despeito de todas jogarem seguindo as mesmas regras e apesar de os esquemas táticos atuais tentarem nivelar todas as seleções privilegiando o preparo físico dos jogadores. É notória, por exemplo, a diferença entre expressão corporal da seleção brasileira de futebol e a seleção alemã. Fala-se com propriedade que elas possuem estilos diferentes.” (DAOLIO, 2005, p.39)
Desse modo, sobre as expressões culturais, Mendes e Nóbrega (2009) declaram que os esportes além de possuírem profundas relações com a linguagem cultural e com o funcionamento orgânico, também estão sujeitos às mudanças conforme as interpretações educacionais, ou seja, os jogos esportivos vão sofrendo influências culturais ao longo do tempo, e com isso recriam-se.
Sobretudo, os jogos esportivos vão sendo recriados de forma contundente, ou não. Pois, entende-se que esses novos movimentos (esportivos) buscam seus objetivos e que acabam sendo sucumbidos, por entre outros apelos, aos ditames da economia de mercado e da espetacularização*. Nessa definição, as práticas esportivas são vistas como manifestações culturais, e assim, segundo Mendes e Nóbrega (2009), as criações são transmitidas por gerações em diferentes grupos e épocas. Essas criações são advindas da educação e da prática. Entretanto, sofrem alterações dependendo da troca cultural e até mesmo de questões econômicas. Desse modo, os espetáculos traduzem valores econômicos, e que podem influenciar certas práticas esportivas entre os povos. "Os sujeitos, ao se reunirem para vivenciar ou apreciar uma prática corporal contribuem com a construção do espaço social. Espaço esse que vai sendo construído individual e coletivamente." (Mendes e Nóbrega, 2009, p. 5).
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