DESAFIO PROFISSIONAL: Brinquedoteca e o Elemento lúdico
Por: jomacario • 1/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.777 Palavras (12 Páginas) • 997 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
UNIDADE: Faculdade Anhanguera de Indaiatuba
CURSO: Pedagogia
DISCIPLINAS NORTEADORAS: Organização e Metodologia em Educação Infantil; Brinquedoteca e o Elemento Lúdico; Didática de Contar Histórias; Literatura Infanto-juvenil e Multímeios Aplicados a Educação.
DESAFIO PROFISSIONAL: Brinquedoteca e o Elemento lúdico
INTRODUÇÃO
Vivemos numa época em que a criança não tem mais liberdade de brincar como antigamente nas ruas, nas praças, seja por falta de espaços, ou por falta de seguranças nos espaços disponíveis. O fato é que as crianças de hoje passaram a brincar menos, pois gastam grande parte de seu tempo na escola ,ou com o do deslocamento de casa para a escola. Percebe-se, que a brincadeira voltou-se para o individualismo e a competitividade. Enquadram-se neste grupo de brinquedos, os eletrônicos com isso o brinquedo industrializado e a televisão passaram a disputar a atenção das crianças.
O presente trabalho tem por objetivo mostrar a importância da brinquedoteca na prática pedagógica e a sua importância no processo de desenvolvimento infantil.
O brincar é uma das formas mais comuns do comportamento humano, principalmente durante a infância. Infelizmente ate há relativamente pouco tempo, o brincar era desvalorizado e menosprezado, destituído de valor a nível educativo.
Com o evoluir do tempo, a uma mudança na forma como se percepciona o brincar, e a sua importância no processo de desenvolvimento.
Mais do que uma “ferramenta”, o brincar é uma condição essencial para o desenvolvimento da criança. Através do brincar, ela pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação. Ao brincar, exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual estão inseridas, interiorizando-as e, ao mesmo tempo, questionando as regras e papéis sociais. O brincar potencia o desenvolvimento, já que assim aprende a conhecer, aprende a fazer, a conviver, e, sobretudo aprende a ser. Para além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção.
PASSO 1
É de estrema importância que o professor conheça todas as fases do desenvolvimento, pois a teoria piagetiana tem muito a contribuir no trabalho do professor em sala de aula. Primeiro no sentido de mostrar quem é essa criança que aprende, e como se desenvolve. Segundo, em oferecer ao professor estratégias que possam permitir a criança uma ação autônoma, embora mediada pelo professor, na construção de seus conhecimentos, ou seja, o professor percebe que o estudante é capaz de construir e aprender mesmo estando no primeiro estágio de seu desenvolvimento, onde a inteligência ainda é primitiva e prática.
A infância é o período fundamental para a formação na vida do ser humano. A criança pequena precisa de um meio para se desenvolver em seus aspectos sócio-emocional, afetivo, motor e cognitivo, sendo a principal aquisição da criança neste período, a linguagem. Ao final do 3º ano de vida, a criança já domina o corpo, é autônoma na locomoção e têm as bases da fala formadas, sendo a maior preocupação nesta fase, “absorver o mundo”.
O desenvolvimento da criança é uma evolução gradativa, no qual a criança vai se capacitando em níveis cada vez mais complexos do conhecimento, seguindo uma seqüência lógica. O desenvolvimento resulta das ações e interações do sujeito com o ambiente onde vive. Todo o conhecimento é uma construção que vai sendo elaborados desde a infância, através de interações do sujeito com os objetos que procura conhecer, seja eles do mundo físico ou cultural.
A teoria de Piaget sobre o desenvolvimento cognitivo classifica o desenvolvimento em quatro etapas que são Sensório-motor (0 - 2 anos), Pré-operatório (2 – 7 anos), Operatório concreto (7 - 11 anos), Operações formais (11 – 15 anos), e comprovam que os seres humanos passam por uma série de mudanças previsíveis e ordenadas.
Estágio sensório-motor – A criança baseia-se basicamente em percepções sensoriais, e em esquemas motores para resolver seus problemas que são essencialmente práticos. Embora a criança já tenha uma conduta inteligente, considera-se que ela não possui pensamento, pois nessa idade não dispõe da capacidade de representar eventos, de evocar o passado e de referir-se ao futuro. Os esquemas sensório-motor são construídos a partir de reflexos inatos, usados pelo bebe para lidar com o ambiente, a partir das contribuições de esquemas pela transformação da sua atividade sobre o meio, a criança vai construindo e organizando noções, neste mesmo período, as concepções de espaço, tempo, causalidade, começam a ser construídas possibilitando a criança novas formas de ação prática para lidar com o meio.
Estágio pré-operatório – Marcado pelo aparecimento da linguagem oral, a qual da possibilidade da criança construir esquemas de ação interiorizados, chamados de esquemas representativos ou simbólicos. Nessa fase a criança pode substituir objetos, ações, situações e pessoas por símbolos, que são as palavras. Recebe também o nome de pensamento egocêntrico, que é um pensamento não flexível, o ponto de referencia é a própria criança. Outra característica dessa etapa é o animismo, que é a atribuição de sentimentos as coisas e animais. As ações embora internalizadas não ainda reversíveis, a criança ainda não é capaz de perceber que é possível retornar mentalmente ao ponto de partida.
Estágio operatório concreto – O pensamento lógico e objetivo adquire preponderância, ao longo dela, as ações interiorizadas vão se tornando cada vez mais reversíveis, portanto móveis e flexíveis, o pensamento torna-se menos egocêntrico, e a criança torna-se capaz de construir um conhecimento mais compatível com o mundo que a rodeia, o real e o fantástico não mais se misturam em sua percepção.
Estágio operações formais – O pensamento se torna livres das limitações da realidade concreta, a partir dos 12 anos de idade a criança se torna capaz de raciocinar logicamente, ocorrendo a libertação do pensamento das amarras do mundo concreto, permitindo ao adolescente pensar e trabalhar não só com a realidade concreta, mas também com a realidade possível.
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